Luiz Mendes/Arte ND
Felipão acusa de jogar contra a seleção quem discorda ou critica. Depois de mostrar uma pequena estatística com números favoráveis ao seu time fez as reclamações de sempre. Mesmo sem citar nomes a mensagem foi clara, todo mundo entendeu. A bronca era com a ESPN Brasil.
Turrão, azedo e rotineiramente mal humorado – a não ser quando toma chimarrão com jornalistas gaúchos, o único amargo que suporta – Felipão segue cheio de lamúrias e confundindo as funções, as dele e as dos repórteres e comentaristas. Não somos seus assessores nem da entidade que paga seus polpudos salários e dos companheiros da comissão técnica, muito menos de jogadores regiamente remunerados.
É um comportamento ditatorial e, acima de tudo, antipático, talvez inspirado na célebre expressão do jornalista, escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues, “A pátria de chuteiras”. O que Felipão não sabe é que Nelson, ao se expressar assim, ironizava os ditadores de plantão que usavam o futebol para mascarar uma situação de horror vivida pela população nas décadas de 60 e 70. Garrastazu Médici e seu radinho de pilha colado ao ouvido compunham a imagem perfeita da época.
A tal família Scolari e o esporte amado pelos brasileiros não precisam disso. Os torcedores podem cantar o hino, incentivar a seleção, colorir de amarelo as arquibancadas. Nada mais além. E os jornalistas são pagos para perguntar, o Felipão para responder. O elogio é consequência do trabalho bem feito, como, ao contrário, a crítica. Simples assim. Aos que pensam e agem diferente concedemos o Troféu Limão.
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