O brasileiro virou a semana dividido entre a rua e as arquibancadas. O
noticiário sobre a Copa das Confederações perdeu espaço e quase ficou
em segundo plano. Não fossem as coberturas especiais nem a seleção
brasileira se salvaria, ainda mais nesse período de transição e
incertezas em que vive, tal qual a nação como um todo.
A presença no Brasil de jornalistas de todo o mundo certamente vai
ampliar a repercussão dos acontecimentos e da movimentação popular fora
dos estádios. Por enquanto o torcedor ainda não se manifestou durante os
jogos, o que pode acontecer com o envolvimento cada vez maior do
cidadão – agora não só os jovens – que pede mudanças radicais no país.
Quem sabe em Fortaleza, no jogo do Brasil, também apareça a força do
clamor popular.
Queria falar só de futebol, do time do Felipão, das seleções que nos
visitam, do carisma dos taitianos, da polêmica sobre a eficiência do
campeoníssimo futebol espanhol, da tristeza que significa a
aposentadoria de um craque como o italiano Pilro, dos favoritos, das
possíveis zebras, e até dos nossos assuntos domésticos.
Impossível. Enquanto escrevo, feito um polvo midiático, a atenção
fica dividida entre a tevê ligada em algum canal, o rádio sintonizado
com notícias do país inteiro, e as manchetes dos jornais fartamente
reproduzidas em sites diversos. O assunto é um só, seja qual for o tipo
de mídia.
Haja cérebro e concentração para pensar no que pode acontecer no jogo
desta quarta quando o Brasil terá a chance de garantir sua
classificação antecipada. Basta derrotar o México e seremos
semifinalistas da Copa das Confederações. Não fossem os acontecimentos
dos últimos dias minha atenção estaria voltada somente para o futebol.
Peço desculpas, então, às tietes que não deixam o menino Neymar e o galã
Fred em paz. Tenho a pretensão de achar que só elas reclamam do foco um
pouco desviado da seleção brasileira e seus ídolos.
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