Coluna no Notícias do Dia em 17/06/2013
Neymar fez um lindo gol, Oscar arrancou do meio de campo e deu um
passe magistral para Jô fechar o placar contra o Japão. Foi um começo
razoável do time brasileiro na Copa das Confederações contra um
adversário nocauteado por dois gols no início de cada tempo. É o resumo
do que de mais importante aconteceu na estreia da nossa seleção.
O Brasil chutou pouco e conseguiu ser eficiente, sem estrelismo, como
pedi na primeira coluna. Ficou evidente que Neymar e Oscar são os
protagonistas deste time montado por Felipão e que – faça-se justiça –
tem muito do Mano Menezes, pelo menos em termos de nomes. Foi o Mano
quem descobriu Luiz Gustavo e o contestado Hulk. Scolari trocou algumas
convocações, caso de Ramires, mas os ingredientes para o produto final
são os mesmos. O melhor de tudo, com ou sem treinos secretos, é que já
se sabe o time que vai entrar em campo na quarta-feira contra o México.
Enquanto isso outro jogo está sendo jogado no país, junto e misturado
com a Copa das Confederações. O povo foi às ruas protestar, no primeiro
tempo contra a qualidade do transporte coletivo e o volume de
investimentos públicos na construção dos estádios. O pontapé inicial
dado em algumas das principais cidades brasileiras serviu para um
lançamento primoroso que teve sequência nas jogadas da torcida no
entorno do estádio Mané Garrincha. E lá dentro nas vaias ao presidente
da FIFA, Joseph Blatter e à presidente Dilma Rousseff.
Depois do intervalo, após as primeiras manifestações e com o final do
pequeno evento-teste que estamos tocando em algumas das sedes da Copa
do Mundo, vamos saber se a população ficou satisfeita com o resultado.
Ou se vai fazer apenas o tempo passar, ao invés de ampliar a sua pauta
de reivindicações em busca de um placar mais elástico. Dentro do campo,
por enquanto, vamos bem, obrigado, embora São Tomé esteja atuando como
santo protetor de boa parte da torcida e da mídia.
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