sexta-feira, 30 de julho de 2021

ACEITAR O NOVO RESPEITANDO O TRADICIONAL, EXEMPLO PARA OS JOGOS ABERTOS REJUVENESCEREM

 (O lANCE) - Anos atrás, o Comitê Olímpico Internacional percebeu o óbvio: a audiência dos Jogos Olimpicos vinha envelhecendo a cada edição. Decidiu-se, então, incluir no programa esportes mais atraentes para jovens, sem abrir mão das modalidades mais tradicionais e que construíram a história do evento. Um primeiro movimento havia acontecido em 2008, com a inclusão das corridas de BMX. Mas no Rio, em 2016, foi tomada a decisão mais ousada: incluir o surfe e o skate, além da escalada. Houve reclamações dos mais puristas, mas, após cinco anos, aplausos para o COI: foi uma decisão certeira. Com as disputas de surfe e de skate street encerradas - ainda há skate park na semana que vem -, é certo afirmar que as duas modalidades funcionaram. E não poderia haver simbolismo maior do que ver a disputa feminina de street com o pódio mais jovem da história dos Jogos, e incluindo aí Rayssa Leal, novo xodó do Brasil, com a prata. A Olimpíada está se conectando aos tempos atuais sem abrir mão das disputas que a fizeram ser o que é, como atletismo, natação e ginástica. A caminhada não para por aí. Daqui a três anos, Paris verá pela primeira vez a competição de breaking, gênero de dança surgido em Nova York na década de 1970 e que hoje ganhou status de esporte, além do evidente caráter artístico. A sinalização do comitê olímpico ao novo e o respeito ao tradicional vão garantir que o evento, secular em sua versão moderna, siga relevante por muito tempo

quinta-feira, 29 de julho de 2021

EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSCA

 O Ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga, perdeu boa oportunidade de ficar calado. Bolsonaro, não foi, não é, e nunca será o responsável pelo sucesso (?) da vacinação contra a Covid no Brasil. O presidente pode ser responsabilizado, isto sim, pela resistência criminosa no combate à pandemia e pelas ações suspeitas do ministério que deveria cuidar da saúde dos brasileiros em momento tão grave. O pronunciamento do Ministro em rede nacional foi descabida e inoportuna, desonrando profissão com formação humanista e tão nobre. O "Juramento de Hipócrates" foi pelo ralo junto com suas palavras na manifestação de quarta (28) à noite.

quarta-feira, 28 de julho de 2021

PÚBLICO NOS ESTÁDIOS, A DISCUSSÃO DO MOMENTO

 (O LANCE) - Há uma semana, o Flamengo fez o primeiro jogo com público no Brasil desde que as arquibancadas ficaram vazias por causa da pandemia. Ontem, em Belo Horizonte, a Prefeitura anunciou o retorno parcial do público, com 30% da ocupação a partir do dia 18 de agosto, jogo entre Atlético e River Plate, pela Libertadores. Era inevitável que, mesmo com ainda milhares de casos e mais de mil mortes diárias por Covid-19, o avanço da vacina apressasse o retorno. Ainda que não pareça o momento ideal, algo já apontado neste espaço algumas vezes nos últimos meses, é inevitável que ocorra. Clubes, muitos deles, têm pressa e querem vender ingressos o quanto antes. E, se vai acontecer, é fundamental então que se discuta um padrão. Claro que cada cidade terá mais ou menos público de acordo com a situação, levando-se em conta número de casos e ocupação de UTI, por exemplo. Mas é preciso que haja uma situação única entre CBF e Conmebol - além, claro, de governos municipais, estaduais e federal. Não pode ocorrer liberação para torneios sul-a americanos e proibição interna. Para que casos como o do Flamengo não voltem a acontecer: times saindo de suas cidades para buscar praças onde possam disputar seus jogos com público. O plano precisa ser cuidadoso, além de bem organizado. Um sonho difícil quando se trata de Brasil. Mas está na hora de levar a sério uma estratégia que torne o mais segura possível a volta dos torcedores aos estádios de futebol. Para que isso não gere ainda mais riscos do que naturalmente já vai gerar.


sexta-feira, 16 de julho de 2021

CHEGOU O DIA

 Lançamento neste sábado (17 )no Multi Shopping do Rio Tavares, das 10 às 15 horas, Café Cultura. É o presente que estou me dando no dia do meu aniversário e pretendo compartilhar com os amigos. Pela editora Insular, com editoração gráfica do César Valente e capa do cartunista e ilustrador Edgar Vasques. A venda no site https://insular.com.br/produto/o-menino-que-corria-atras-das-noticias/






 

PENDENGA DESNECESSÁRIA

Terminou nesta sexta-feira (16) minha segunda passagem pelo Conselho Estadual de Esportes. Foram quatro mandatos de dois anos cada como representante da Associação dos Cronistas Esportivos de Santa Catarina (Acesc). Tive bons e maus embates e ganhei experiência como legislador do sistema esportivo catarinense. Por isso mesmo não entendo a resolução criada há pouco tempo - e discordei dela com veemência - determinando que os novos Conselheiros, já a partir do próximo mandato, devem ter curso superior.

A alegação de legislação, a qual não se sustenta, não dá legitimidade à exigência doméstica, uma vez que o próprio STF, via Ministro Gilmar Mendes, derrubou a exigência do diploma para a profissão de jornalista, tornando sem sentido qualquer ação como esta do Conselho. Negada por comissão específica criada na instituição catarinense, a indicação para a vaga da Acesc será discutida na justiça, uma pendenga jurídica desnecessária. Meu substituto seria o jornalista Roberto Dias Borba, de Joinville, profissional conhecido, com grande experiência no segmento esportivo e com trabalhos importantes não só no futebol. E não foi o diploma, estupidamente execrado pelo STF, mas incoerente cavalo de batalha do nosso Conselho, que gabaritou o Roberto para ser o excelente jornalista que é.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

NASCEU

 Está nas mãos do Nelson "Insular" Rolim, faltando só cinco dias para o lançamento. Curioso eu? Bobagem. Dia 17, sábado, das 10 às 15 horas no Multi Shopping do Rio Tavares



Mário Medaglia transforma em livro 

seus 50 anos de jornalismo


“O Menino que corria atrás da notícia” é o título do livro que o jornalista Mário Medaglia vai lançar no próximo dia 17 de julho, no Café Cultura do Multi Open Shopping, no Rio Tavares. Em tempos de pandemia e para evitar aglomeração, o autor fará um verdadeiro plantão de autógrafos no local, das 10 às 15 horas, quando receberá os amigos e os colegas amealhados em 50 anos de jornalismo. Mais do que uma autobiografia, o livro reúne causos do escritor e uma coleção de textos de quem trabalhou ao seu lado nos campos, quadras e pistas das diversas modalidades esportivas. O resultado dessa integração está nas mais de 200 páginas cuidadosamente arte-finalizadas pelo jornalista César Valente, com capa do cartunista Edgar Vasques e a edição de Nelson Rolin, da Editora Insular. 


“Sempre que indagado sobre o futuro, minha resposta era a mesma: ‘quero ser jornalista’. Em pensamento me imaginava correndo atrás da notícia, escrevendo. Sempre fui bom em redação, herança de um excelente professor de português nos tempos de escola, que nos fazia escrever em aula e como dever de casa, além de recomendar muita leitura”. A imaginação de Medaglia se tornou realidade e hoje está impressa nas páginas dos jornais e revistas onde trabalhou, como Zero Hora, Jornal de Santa Catarina, O Estado, Placar, Correio do Povo e Diário Catarinense, além das inserções nas rádios CBN e Guarujá, assim como nas antigas TV Cultura e RBS de Santa Catarina, sem esquecer das assessorias por onde andou. Além do futebol, ele fez matéria de muitos outros esportes e traz no currículo a cobertura e participação em pelo menos 30 edições dos Jogos Abertos de Santa Catarina, o maior evento esportivo do estado.  


Tudo isso e muito mais agora está devidamente registrado no livro, que também estará disponível para a compra no site da editora:

https://insular.com.br/produto/o-menino-que-corria-atras-das-noticias/

O CIRCO NOS GRAMADOS

 Assistindo a Eurocopa percebi o quanto temos que ensinar aos europeus. As técnicas do "mise en scéne" e do antijogo, por exemplo, com shows de saltos e rolamentos. É uma matéria adaptada dos belos espetáculos circenses, onde o jogador brasileiro tem doutorado, contando sempre com a tolerância das arbitragens e dos sábios ensinamentos passados pelos "professores" já nos bancos escolares das divisões de base. O paraninfo de todas as turmas tem sido o Neymar, que acaba de inaugurar um cursinho rápido sobre "como enganar público e mídia com lágrimas de crocodilo".

Pode ser uma ilustração de crocodilo
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segunda-feira, 5 de julho de 2021

MUTISMO CONVENIENTE

As polêmicas com as decisões dos árbitros, bandeiras e do responsável pelo VAR nos nossos campeonatos diminuiriam bastante se fossem obrigados, quando necessário, a dar entrevistas, assim como técnicos e jogadores o fazem após os jogos. Além de dar a eles a chance de se defenderem, de eliminar certas discussões inócuas e repetitivas, a transparência evitaria mal entendidos e suspeições incabíveis. Com a proibição de entrevistas podemos concluir que tal censura se deve ao medo dos dirigentes do setor na CBF de que alguns árbitros exponham sua falta de preparo técnico, psicológico e intelectual. Como existe em qualquer profissão gente mal preparada,, a incompetência acaba em seleção natural e descarte daqueles incapazes de exercer seu ofício com eficiência. Blindar a arbitragem não é o melhor caminho nem a solução para tantos problemas que se repetem a cada rodada. Estudo, boa orientação, preparo psicológico e técnico colocariam em campo a profissionalização que tanto desejamos. Quem sabe isso seja necessário, também, para aqueles que na CBF têm a responsabilidade de ensinar o beabá do árbitro, eles próprios mal alfabetizados.

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quinta-feira, 1 de julho de 2021

CARPIDEIRAS DE PLANTÃO

O Beira Rio, de majestoso e intimidador, virou a Casa da Mãe Joana. Com a colaboração dos últimos treinadores que passaram por lá - exceção e com algumas restrições feitas ao Abel -que teimam em "inventar" escalações. Pelo andar desta carroça de rodas quebradas chamada futebol gaúcho, Inter e Grêmio - sem vitória em seis jogos - lutarão para ficar alguns degraus acima da zona do rebaixamento. Ainda é começo de campeonato, mas a luz do fim do túnel, que já é de pomboca, pode virar iluminação de velório. As carpideiras estão a postos para atender colorados e gremistas (ilustração caderno gráfico)