terça-feira, 18 de junho de 2013

Do carreteiro à paella


 Coluna do Notícias do Dia em 18/06/2013
Luiz Mendes/Arte ND
Estou surpreso com a reação dos torcedores que foram ao carreteiro do Figueirense em comemoração aos 92 anos do clube. Não pela vaia em si, mas pelo momento e pelo local escolhidos para a manifestação de desagrado com o trabalho dos atuais dirigentes e do presidente Wilfredo Brillinger. Normalmente isso acontece durante um jogo, nas arquibancadas, como já vi e ouvi na Ressacada, no Scarpelli e em vários estádios.  Durante uma festa de aniversário é novidade, quem sabe uma inspiração agora vinda das ruas pela agitação dos últimos dias. Nelson Rodrigues já disse, brasileiro vaia até minuto de silêncio. Consolem-se, portanto, dona Dilma, seu Blatter e seu Wilfredo.

Alguém leve essa informação brasileiríssima para aquele homenzinho sinistro da FIFA. Aqui se faz aqui se paga, nada de respeito ou fair-play para quem desagrada os mais prosaicos interesses do torcedor, do povo, enfim. E o Felipão que se cuide, porque os japoneses, cansados ou sei lá o quê, deram sua tripla cota de colaboração para que a tolerância se fizesse presente na estreia da seleção brasileira. Amanhã, talvez seja diferente, embora o México que vimos não meta medo em uma equipe que se preze e que tenha bons valores como a nossa. Em todo o caso, touca é touca, e já vestimos algumas vezes a colorida indumentária a nós oferecida pelos mexicanos.
Sem trocar o idioma vamos aos favoritos para levar o título da Copa das Confederações, única conquista ainda inédita para a “Fúria” espanhola. Assisti maravilhado o primeiro tempo contra os aparvalhados uruguaios, o melhor desempenho da era do técnico Vicente del Bosque, estão dizendo os jornalistas de lá. Curiosamente no segundo tempo aconteceu o inverso e o Uruguai salvou-se de uma tragédia. O jogo acabou decepcionante e sonolento. Como não golear parece ser característica da seleção espanhola, vão poupar os amadores do Taiti e confraternizar com eles em torno de uma paella?

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