Bandeira branca
Uma campanha pela paz nos estádios está começando no Rio de Janeiro envolvendo duas carismáticas figuras de dois dos maiores e mais populares clubes brasileiros. O movimento é natural e espontâneo e tem as participações de Zico, hoje treinador desempregado, e de Roberto Dinamite, recém eleito presidente vascaíno. Pelo lado do Flamengo surge também o polêmico Márcio Braga, que no momento parece ter deixado a vaidade de lado para assumir um papel importante nessa luta pela volta da civilidade aos campos de futebol. Os presidentes de Vasco e Flamengo assistiram juntos na tribuna do Maracanã ao clássico de domingo. Zico e Dinamite têm participado lado a lado de entrevistas as emissoras de rádio e tevê, trocando gentilezas e elogios, revivendo suas glórias passadas e mostrando quem são no presente, uma espécie de lenitivo à convivência pacífica entre as torcidas. Como está fazendo bem ao futebol brasileiro a aposentadoria compulsória de uma figura sinistra como a de Eurico Miranda. Ainda tem muita gente nessa fila que precisa andar rápido, inclusive em Santa Catarina.
Brincando com o perigo
Sorte do Silas que o Ministério Público, Polícia Militar e dirigentes mal orientados não gostam de arquibancadas coloridas e cheias de torcedores. Caso contrário o treinador do Avaí passaria por mais uma sessão de vaias sábado em Criciúma. Como o torcedor do seu time não pôde ir ao jogo por causa da estapafúrdia decisão das autoridades e cartolas proibindo o azul no estádio Heriberto Hulse, Silas escapou de novos protestos. Ele parece não saber, talvez por falta de experiência no comando, que a voz das arquibancadas, apesar de passional, é sábia e sensível aos eventuais desvios de rota. Tanto que mesmo com a boa campanha a torcida do Avaí já emitira os primeiros sinais de descontentamento na partida com o Juventude. Contra o Criciúma montou um esquema medroso com a troca de um atacante por um zagueiro trapalhão. O time jogou recuado e tremendo diante de um adversário pedindo pra perder. Silas não aceita críticas nem as vaias, esquenta a cabeça e ameaça entregar o cargo. Antes que o caldo entorne seria melhor o técnico avaiano rever algumas de suas posições. É um método simples e indolor, com efeitos práticos e imediatos, que podem acalmar o torcedor já a partir do jogo contra o Gama esta noite na Ressacada.
Bravíssimo Diarinho
Sou do tempo das receitas de bolo substituindo matérias censuradas, de muita porrada no povo que ousasse ir às ruas protestar, da conversa cuidadosa pelos cantos nos corredores da PUC em Porto Alegre, das coberturas jornalísticas cheias de medo e desconfiança, de policiais militares nas redações de O Estado, em Florianópolis, com pranchetas para o editor dar o ciente da proibição disto e daquilo. Pensei que tudo isso era passado, especialmente para políticos que se apresentam como defensores da democracia, como combatentes de tudo o que vivemos com a ditadura. Bando de mentirosos. E pior: colegas de profissão assinando em baixo do “caça às bruxas” versão século vinte e um. Bravo Diarinho.
Bagunça olímpica
Estamos bem perto da Olimpíada e a seleção brasileira de futebol ainda não deu o ar da graça. Em matéria de preparação estamos reduzidos a dois amistosos ridículos e programados às pressas, combinados com a polêmica convocação de Ronaldinho Gaúcho pelo presidente da CBF. Diante dessa realidade Dunga já deveria ter tirado o time de campo, no mínimo para preservar sua imagem como o grande capitão brasileiro que foi na Copa de 1994. Carlos Alberto Parreira, que em 2006 se omitiu diante da bagunça generalizada que tomou conta da turma brasileira naquele Mundial, reclama da falta de um projeto olímpico e pergunta quantos partidas essa seleção jogou. Colocação oportuna, pena que feita por pessoa não muito gabaritada em função do ocorrido na Alemanha. Pena, também, que a mídia mais poderosa e próxima dos acontecimentos continue em silêncio.
Uma campanha pela paz nos estádios está começando no Rio de Janeiro envolvendo duas carismáticas figuras de dois dos maiores e mais populares clubes brasileiros. O movimento é natural e espontâneo e tem as participações de Zico, hoje treinador desempregado, e de Roberto Dinamite, recém eleito presidente vascaíno. Pelo lado do Flamengo surge também o polêmico Márcio Braga, que no momento parece ter deixado a vaidade de lado para assumir um papel importante nessa luta pela volta da civilidade aos campos de futebol. Os presidentes de Vasco e Flamengo assistiram juntos na tribuna do Maracanã ao clássico de domingo. Zico e Dinamite têm participado lado a lado de entrevistas as emissoras de rádio e tevê, trocando gentilezas e elogios, revivendo suas glórias passadas e mostrando quem são no presente, uma espécie de lenitivo à convivência pacífica entre as torcidas. Como está fazendo bem ao futebol brasileiro a aposentadoria compulsória de uma figura sinistra como a de Eurico Miranda. Ainda tem muita gente nessa fila que precisa andar rápido, inclusive em Santa Catarina.
Brincando com o perigo
Sorte do Silas que o Ministério Público, Polícia Militar e dirigentes mal orientados não gostam de arquibancadas coloridas e cheias de torcedores. Caso contrário o treinador do Avaí passaria por mais uma sessão de vaias sábado em Criciúma. Como o torcedor do seu time não pôde ir ao jogo por causa da estapafúrdia decisão das autoridades e cartolas proibindo o azul no estádio Heriberto Hulse, Silas escapou de novos protestos. Ele parece não saber, talvez por falta de experiência no comando, que a voz das arquibancadas, apesar de passional, é sábia e sensível aos eventuais desvios de rota. Tanto que mesmo com a boa campanha a torcida do Avaí já emitira os primeiros sinais de descontentamento na partida com o Juventude. Contra o Criciúma montou um esquema medroso com a troca de um atacante por um zagueiro trapalhão. O time jogou recuado e tremendo diante de um adversário pedindo pra perder. Silas não aceita críticas nem as vaias, esquenta a cabeça e ameaça entregar o cargo. Antes que o caldo entorne seria melhor o técnico avaiano rever algumas de suas posições. É um método simples e indolor, com efeitos práticos e imediatos, que podem acalmar o torcedor já a partir do jogo contra o Gama esta noite na Ressacada.
Bravíssimo Diarinho
Sou do tempo das receitas de bolo substituindo matérias censuradas, de muita porrada no povo que ousasse ir às ruas protestar, da conversa cuidadosa pelos cantos nos corredores da PUC em Porto Alegre, das coberturas jornalísticas cheias de medo e desconfiança, de policiais militares nas redações de O Estado, em Florianópolis, com pranchetas para o editor dar o ciente da proibição disto e daquilo. Pensei que tudo isso era passado, especialmente para políticos que se apresentam como defensores da democracia, como combatentes de tudo o que vivemos com a ditadura. Bando de mentirosos. E pior: colegas de profissão assinando em baixo do “caça às bruxas” versão século vinte e um. Bravo Diarinho.
Bagunça olímpica
Estamos bem perto da Olimpíada e a seleção brasileira de futebol ainda não deu o ar da graça. Em matéria de preparação estamos reduzidos a dois amistosos ridículos e programados às pressas, combinados com a polêmica convocação de Ronaldinho Gaúcho pelo presidente da CBF. Diante dessa realidade Dunga já deveria ter tirado o time de campo, no mínimo para preservar sua imagem como o grande capitão brasileiro que foi na Copa de 1994. Carlos Alberto Parreira, que em 2006 se omitiu diante da bagunça generalizada que tomou conta da turma brasileira naquele Mundial, reclama da falta de um projeto olímpico e pergunta quantos partidas essa seleção jogou. Colocação oportuna, pena que feita por pessoa não muito gabaritada em função do ocorrido na Alemanha. Pena, também, que a mídia mais poderosa e próxima dos acontecimentos continue em silêncio.
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