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Um dos melhores produtos do jornalismo esportivo é oferecido hoje pela Sportv. Prova disso foi o programa comemorativo à conquista da Copa de 58, gravado e apresentado ontem pela manhã no Redação Sportv, no primeiro bloco da sua edição normal. A produção caprichou, a começar pelo traje da época do apresentador Marcelo Barreto e seu cabelo “abrilhantinado”, passando por um rádio bem antigo colocado sobre a bancada, em substituição ao computador portátil. Como convidados participaram o cineasta e produtor Luis Carlos Barreto, fotógrafo da revista “O Cruzeiro” na cobertura daquela Copa, mais os veteranos jornalistas Teixeira Heizer e Sérgio Noronha, testemunhas da vitória brasileira na Suécia. Pena que o acesso a esse tipo de programa seja limitado aos assinantes de tevê a cabo e disponível em horários em que a grande maioria dos interessados está fora de casa trabalhando.
Casa grande e senzala
Além das abordagens normais envolvendo lances dos jogos, Garrincha, Pelé & Cia, ficou no ar uma revelação séria de Luís Carlos Barreto. O cineasta disse, com todos os efes e erres, que por determinação de um “alto prócer” da então CBD, jogador negro não teria vez na seleção. Eles não sabem se comportar em hotéis, são saudosistas até em relação à comida, bate o banzo por qualquer coisa, enfim, a determinação era escalar somente branquelos. A exceção era Didi, “um negro de alma branca”, na reprodução antecipada desta máxima horrorosa criada por algum rancoroso com a Princesa Izabel. Os negros entraram no time a partir de uma determinação do chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, contrariado com o racismo e com a burrice que deixava fora da seleção os melhores jogadores.
Castanholas
A Alemanha chega em quase todas, é verdade, mas também gosta de um vice como ninguém. Desta vez parou na Espanha, que demorou 44 anos para ganhar outra Eurocopa. E com o brasileiro naturalizado espanhol, Marcos Sena (encaixaria na nossa seleção, não é mesmo?) escolhido como um dos melhores da competição.
Atenção
Jogada de efeito é punida com porrada. Desmoraliza, dizem os mal humorados de plantão e os sem talento. Como a paradinha na cobrança de pênalti virou mania nacional aposto que vem proibição por aí.
Papo furado
O futebol brasileiro, visível para os olhos do mundo a partir da década de 50 e exatamente por causa daquele desastre diante dos uruguaios no Maracanã, deve ser examinado por períodos, inviabilizando discussões e comparações tolas como as que se repetem enfadonhamente pelo país. Tivemos os anos 50 e 60, os craques da época. Vieram mais duas décadas semelhantes, a transformação do futebol em um grande negócio, o grande êxodo brasileiro, e tudo o mais que desautoriza hoje abordagens e discussões supérfluas sobre o que foi bom e o que é ruim.
Lesões de ocasião
Impressiona o número de jogadores que freqüenta o departamento médico em véspera de determinados jogos. Carne de pescoço, muitas vezes fora de casa, ninguém costa de comer. O Figueirense viveu esse drama nas últimas semanas com Gallo e depois Macuglia. Teve gente machucada exatamente no período em que o próximo adversário representava algum risco ou a negociação estava em andamento. Negócio fechado, passado o perigo, lesão curada.
Barbas de molho
Ainda faltam 30 jogos para o final do Campeonato Brasileiro na série B. Mas os matemáticos já se apressam em apresentar suas estatísticas, a última delas colocando o Avaí com 83% de chances de chegar à série A. Como o passado condena os avaianos é bom evitar euforia extemporânea.
Clássicos
Os clássicos mostraram a força de clubes candidatos mais sérios ao título da série A. Fico com o jogo do Mineirão entre Cruzeiro e São Paulo. Acho que sai dali o campeão brasileiro de 2008. O Palmeiras corre por fora. O Grenal foi como todos os grenais, placar minguado, futebol feio e violência, com o Inter pela enésima vez neste ano tendo um jogador expulso. E o Grêmio mostrando suas limitações. O Atletiba foi parecido, Flu x Botafogo não conta.
Um dos melhores produtos do jornalismo esportivo é oferecido hoje pela Sportv. Prova disso foi o programa comemorativo à conquista da Copa de 58, gravado e apresentado ontem pela manhã no Redação Sportv, no primeiro bloco da sua edição normal. A produção caprichou, a começar pelo traje da época do apresentador Marcelo Barreto e seu cabelo “abrilhantinado”, passando por um rádio bem antigo colocado sobre a bancada, em substituição ao computador portátil. Como convidados participaram o cineasta e produtor Luis Carlos Barreto, fotógrafo da revista “O Cruzeiro” na cobertura daquela Copa, mais os veteranos jornalistas Teixeira Heizer e Sérgio Noronha, testemunhas da vitória brasileira na Suécia. Pena que o acesso a esse tipo de programa seja limitado aos assinantes de tevê a cabo e disponível em horários em que a grande maioria dos interessados está fora de casa trabalhando.
Casa grande e senzala
Além das abordagens normais envolvendo lances dos jogos, Garrincha, Pelé & Cia, ficou no ar uma revelação séria de Luís Carlos Barreto. O cineasta disse, com todos os efes e erres, que por determinação de um “alto prócer” da então CBD, jogador negro não teria vez na seleção. Eles não sabem se comportar em hotéis, são saudosistas até em relação à comida, bate o banzo por qualquer coisa, enfim, a determinação era escalar somente branquelos. A exceção era Didi, “um negro de alma branca”, na reprodução antecipada desta máxima horrorosa criada por algum rancoroso com a Princesa Izabel. Os negros entraram no time a partir de uma determinação do chefe da delegação, Paulo Machado de Carvalho, contrariado com o racismo e com a burrice que deixava fora da seleção os melhores jogadores.
Castanholas
A Alemanha chega em quase todas, é verdade, mas também gosta de um vice como ninguém. Desta vez parou na Espanha, que demorou 44 anos para ganhar outra Eurocopa. E com o brasileiro naturalizado espanhol, Marcos Sena (encaixaria na nossa seleção, não é mesmo?) escolhido como um dos melhores da competição.
Atenção
Jogada de efeito é punida com porrada. Desmoraliza, dizem os mal humorados de plantão e os sem talento. Como a paradinha na cobrança de pênalti virou mania nacional aposto que vem proibição por aí.
Papo furado
O futebol brasileiro, visível para os olhos do mundo a partir da década de 50 e exatamente por causa daquele desastre diante dos uruguaios no Maracanã, deve ser examinado por períodos, inviabilizando discussões e comparações tolas como as que se repetem enfadonhamente pelo país. Tivemos os anos 50 e 60, os craques da época. Vieram mais duas décadas semelhantes, a transformação do futebol em um grande negócio, o grande êxodo brasileiro, e tudo o mais que desautoriza hoje abordagens e discussões supérfluas sobre o que foi bom e o que é ruim.
Lesões de ocasião
Impressiona o número de jogadores que freqüenta o departamento médico em véspera de determinados jogos. Carne de pescoço, muitas vezes fora de casa, ninguém costa de comer. O Figueirense viveu esse drama nas últimas semanas com Gallo e depois Macuglia. Teve gente machucada exatamente no período em que o próximo adversário representava algum risco ou a negociação estava em andamento. Negócio fechado, passado o perigo, lesão curada.
Barbas de molho
Ainda faltam 30 jogos para o final do Campeonato Brasileiro na série B. Mas os matemáticos já se apressam em apresentar suas estatísticas, a última delas colocando o Avaí com 83% de chances de chegar à série A. Como o passado condena os avaianos é bom evitar euforia extemporânea.
Clássicos
Os clássicos mostraram a força de clubes candidatos mais sérios ao título da série A. Fico com o jogo do Mineirão entre Cruzeiro e São Paulo. Acho que sai dali o campeão brasileiro de 2008. O Palmeiras corre por fora. O Grenal foi como todos os grenais, placar minguado, futebol feio e violência, com o Inter pela enésima vez neste ano tendo um jogador expulso. E o Grêmio mostrando suas limitações. O Atletiba foi parecido, Flu x Botafogo não conta.
Mário:
ResponderExcluirescrevi um post a respeito do jogo Brasil X Suécia em 1958, falei de você e do Brito. Dei o link para ver o jogo completo! Veja lá no meu blog: http://aluizioamorim.blogspot.com]
Abração do
Aluízio Amorim