quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Quinta-feira

A fonte da juventude

Desde que entrou para a série A do Brasileiro o Figueirense tem alcançado sucesso com a recuperação e aproveitamento de jogadores trintões. Marginalizados ou simplesmente rodando pelo País, os “velhinhos” chegam ao Orlando Scarpelli, tomam o soro rejuvenescedor, viram estrelas do time e queridinhos da torcida. Assim foi com Cleber, Evair - o único que saiu brigado com os torcedores -, Edmundo, Sérgio Manoel e César Prates. Seguindo a trilha da fonte chegou Rodrigo Fabri, 32 anos, também com boa quilometragem e a nova aposta do Figueirense e sua receita regeneradora.

Sem festa

Alguém conhece uma tribo que goste mais de samba, pagode e assemelhados do que jogador de futebol? Por suposto não se pode imaginar essa turma fora do Carnaval, seja na rua simplesmente batendo uma latinha ou, como geralmente acontece, desfilando em até mais de uma escola de samba. Vale para qualquer canto do nosso imenso país. Lembrem, por exemplo, do Rio, de Recife, da Bahia e, por que não, de Floripa e adjacências. Pois a cartolagem se encarregou de estragar a festa desse povo, graças às suas fórmulas mirabolantes e o aperto do calendário. Só para se ter uma idéia da maluquice e falta de sensibilidade, o jogo entre Figueirense e Criciúma estava programado para a noite do sábado de carnaval. “Corrigiram” em tempo, mudando para domingo à tarde. Mas não livraram a boleirada das concentrações, aquelas que não têm nada a ver com o espaço destinado ao esquenta das escolas.

Isso é que é

Desorganização. Como é que se define um campeonato cuja tabela é norteada pelos asteriscos? Tem jogo quase todo o dia, tem clube que já disputou cinco rodadas, outros apenas três.

Unanimidade

Fosse eu o único a enxergar o árbitro José Nazareno com um físico de lutador de sumô, poderiam dizer na sede mais linda do sul do País que é implicância deste escriba. Conferi, só por cisma, outras colunas, alguns programas esportivos e comentários pós jogo de Brusque. A opinião é geral de que o cara está mesmo fora das medidas e do peso recomendáveis para um árbitro de futebol.

Idem

E para não dizerem que só falo mal do nosso campeonato, passo uma curtinha sobre os cariocas. Eles também inovaram - e pioraram - o deles,, aumentando o número de clubes e fazendo com que os grandes Vasco, Flamengo, Botafogo e Fluminense só enfrentem os pequenos no Maracanã ou no Engenhão. Desfiguraram a competição e mataram a combatividade dos times que ganham força quando jogam em suas seus diminutos estádios.

Desconfio

O inglês David Beckham esteve em Natal lançando um empreendimento tipo resort em um dos lugares mais lindos e ainda pouco explorados daquela capital. Talvez para não despertar a desconfiança ou a ira dos defensores do meio ambiente, o jogador anunciou que junto aos interesses imobiliários estarão os sociais, com a construção de um estádio para 10 mil pessoas e escolinhas de futebol. O projeto prevê também um campo de golfe. Isso é o que se chama inclusão social em alto estilo.

Patacoada

Os jornais gaúchos estão com as caixas de e-mail entupidas com críticas ao excessivo espaço reservado aos primeiros passos de Alexandre Pato na Itália. Os jornalistas do estado vizinho se defendem alegando que os diários italianos não deixam passar um dia sem alguma matéria alusiva ao paranaense revelado pelo Inter. Uma pela outra, ninguém supera nossos narradores e comentaristas televisivos. E quarta-feira tem a seleção em Dublin.

Via crucis

Nilmar segue seu calvário provocado por lesões. Primeiro foram os joelhos, agora é a musculatura. Se não tiver metade da força de Ronaldo Nazário, que também passou por lesões graves, o fim da carreira para Nilmar virá mais cedo do que se espera, o que não desejam os fãs do futebol e de um atacante de exceção como ele é.

Falta de assunto

A grande polêmica instalada no Rio de Janeiro é sobre o esquema adotado por Renato Gaúcho no Fluminense. Dois ou três atacantes? Quem vai para o banco? Leandro Machado, Washington ou Dodô? Conversa fora

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