Liberou geral
O coronel Eliéser Rodrigues, comandante geral da Polícia Militar, acaba de entregar à Federação Catarinense de Futebol um relatório sobre as vistorias realizadas nos estádios catarinenses. Foram detectados alguns problemas, mas estranhamente o coronel Eliésio vetou o acesso da imprensa a estas informações, bem como se negou a tornar público o nome dos estádios que merecem reparos. “Nada que afete a segurança do torcedor”, garante o policial com a autoridade que lhe confere a experiência de muitos anos lidando com futebol. Errado, coronel. Até para resguardo da instituição sob seu comando, os estádios com problemas, graves ou não, devem ser identificados por quem participou das vistorias. Não entendo as razões para tanto mistério, ao mesmo tempo em que coloco sob suspeita essa relação de cumplicidade com a entidade responsável pela organização do campeonato estadual. Afinal, quem determina a execução de melhorias visando a segurança nas praças esportivas? Mais tarde, diante de qualquer ocorrência, quem será responsabilizado? O presidente da Federação, que costuma amaciar com seus filiados e eleitores, ou a Polícia Militar e outras entidades envolvidas com o assunto? Porta arrombada vem o jogo de empurra.
Lições não aprendidas
A euforia do regime militar encobriu os efeitos das obras faraônicas que transformaram grandes estádios em verdadeiros elefantes brancos. Em algumas capitais do norte e nordeste a capacidade destes monumentos ao desperdício abrigaria mais da metade da população. Por razões óbvias, não houve contestação. Um questionamento primário revelaria o gigantismo e os custos absurdos da manutenção de cada um destes monstros criados pela ditadura, carga pesada para a maioria dos estados e municípios beneficiados com a generosidade do regime da época. Só agora, passadas quase quatro décadas, e depois da morte de sete torcedores e a condenação da Fonte Nova, a realidade começa a vir à tona, com a desoladora constatação de que tudo apodreceu. A casa está desabando, mas a CBF, Ricardo Teixeira e seus pares querem a Copa de 2014 no Brasil. Não convém esquecer que os equipamentos – ginásios, estádios, pistas e piscinas, entre outros - construídos para os Jogos Pan-Americanos custaram uma fortuna para os cofres públicos e estão sem uso. São caros e não há eventos que comportem suas grandiosidades. Estamos repetindo, sem as imposições de uma ditadura militar, os mesmos grandes erros do passado.
Gastança
Depois do Pan-Americano e da Copa 2014 vem aí o Rio Olímpico 2016. A um custo estimado – por enquanto – de R$ 5 bilhões.
Nada a declarar
A Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) escolheu Dunga como o melhor treinador de 2007. Não existe no Brasil profissional mais vigiado e criticado do que o técnico da seleção brasileira e Dunga não tem fugido à regra. No entanto, sua indicação acabou concretizada por 148 votos de membros da entidade em 93 países. Grande parte da mídia esportiva brasileira está surpresa, mas não há o que dizer. A força dos números é irrefutável.
Esperança
Depois de Dunga ser eleito o melhor do mundo em 2007, o torcedor exige uma seleção brasileira nos padrões do seu técnico.
Portunhol
O mercado futebolístico brasileiro está cheio de cheio de gringos, repatriados da Europa ou trazidos de seus próprios países, de acordo com as condições oferecidas por nossa moeda e a estrutura financeira dos nossos clubes. Tem para todos os gostos, desde os vizinhos paraguaios, argentinos e uruguaios, até colombianos, chilenos e mexicanos. Corinthians, Vasco, Inter, Flamengo, Botafogo, e acreditem, os pequenos Madureira e Rezende, são os importadores do momento.
Mordomia
Li no Diarinho que o futebol de areia foi deslocado da praia central de Balneário Camboriú para a Barra Sul por força das exigências dos organizadores. A turma queria um bufê com cerveja, água e salgadinhos. É pouco. Faltou pedir limusines, massagistas e banheiras de ofurô.
O coronel Eliéser Rodrigues, comandante geral da Polícia Militar, acaba de entregar à Federação Catarinense de Futebol um relatório sobre as vistorias realizadas nos estádios catarinenses. Foram detectados alguns problemas, mas estranhamente o coronel Eliésio vetou o acesso da imprensa a estas informações, bem como se negou a tornar público o nome dos estádios que merecem reparos. “Nada que afete a segurança do torcedor”, garante o policial com a autoridade que lhe confere a experiência de muitos anos lidando com futebol. Errado, coronel. Até para resguardo da instituição sob seu comando, os estádios com problemas, graves ou não, devem ser identificados por quem participou das vistorias. Não entendo as razões para tanto mistério, ao mesmo tempo em que coloco sob suspeita essa relação de cumplicidade com a entidade responsável pela organização do campeonato estadual. Afinal, quem determina a execução de melhorias visando a segurança nas praças esportivas? Mais tarde, diante de qualquer ocorrência, quem será responsabilizado? O presidente da Federação, que costuma amaciar com seus filiados e eleitores, ou a Polícia Militar e outras entidades envolvidas com o assunto? Porta arrombada vem o jogo de empurra.
Lições não aprendidas
A euforia do regime militar encobriu os efeitos das obras faraônicas que transformaram grandes estádios em verdadeiros elefantes brancos. Em algumas capitais do norte e nordeste a capacidade destes monumentos ao desperdício abrigaria mais da metade da população. Por razões óbvias, não houve contestação. Um questionamento primário revelaria o gigantismo e os custos absurdos da manutenção de cada um destes monstros criados pela ditadura, carga pesada para a maioria dos estados e municípios beneficiados com a generosidade do regime da época. Só agora, passadas quase quatro décadas, e depois da morte de sete torcedores e a condenação da Fonte Nova, a realidade começa a vir à tona, com a desoladora constatação de que tudo apodreceu. A casa está desabando, mas a CBF, Ricardo Teixeira e seus pares querem a Copa de 2014 no Brasil. Não convém esquecer que os equipamentos – ginásios, estádios, pistas e piscinas, entre outros - construídos para os Jogos Pan-Americanos custaram uma fortuna para os cofres públicos e estão sem uso. São caros e não há eventos que comportem suas grandiosidades. Estamos repetindo, sem as imposições de uma ditadura militar, os mesmos grandes erros do passado.
Gastança
Depois do Pan-Americano e da Copa 2014 vem aí o Rio Olímpico 2016. A um custo estimado – por enquanto – de R$ 5 bilhões.
Nada a declarar
A Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) escolheu Dunga como o melhor treinador de 2007. Não existe no Brasil profissional mais vigiado e criticado do que o técnico da seleção brasileira e Dunga não tem fugido à regra. No entanto, sua indicação acabou concretizada por 148 votos de membros da entidade em 93 países. Grande parte da mídia esportiva brasileira está surpresa, mas não há o que dizer. A força dos números é irrefutável.
Esperança
Depois de Dunga ser eleito o melhor do mundo em 2007, o torcedor exige uma seleção brasileira nos padrões do seu técnico.
Portunhol
O mercado futebolístico brasileiro está cheio de cheio de gringos, repatriados da Europa ou trazidos de seus próprios países, de acordo com as condições oferecidas por nossa moeda e a estrutura financeira dos nossos clubes. Tem para todos os gostos, desde os vizinhos paraguaios, argentinos e uruguaios, até colombianos, chilenos e mexicanos. Corinthians, Vasco, Inter, Flamengo, Botafogo, e acreditem, os pequenos Madureira e Rezende, são os importadores do momento.
Mordomia
Li no Diarinho que o futebol de areia foi deslocado da praia central de Balneário Camboriú para a Barra Sul por força das exigências dos organizadores. A turma queria um bufê com cerveja, água e salgadinhos. É pouco. Faltou pedir limusines, massagistas e banheiras de ofurô.
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