terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Terça-feira

Os donos das federações


O caderno de esportes de O Estado de São Paulo trouxe sábado um levantamento completo das federações estaduais, seus presidentes e suas traquinagens. Notícia velha. Estamos todos cansados de saber quem são e o que fazem esses senhores. A novidade surgiu com a divulgação das manobras executadas (mudança de estatuto) pelos aplicados alunos de Ricardo Teixeira para se perpetuarem no poder, usando como pretexto o Mundial de 2014 no Brasil. Delfim Peixoto Filho está em terceiro lugar no ranking montado pelo Estadão, completando no ano seguinte à copa brasileira, 29 anos de dedicados serviços prestados ao futebol catarinense como presidente da nossa (dele) Federação. O segundo colocado é Antônio Lopes, do Acre, com 31 anos. O campeão, que promete ficar só até 2011, é José Gama Xaud, de Roraima. Até agora oito presidentes de federações estenderam seus mandatos, imitando o chefe Teixeira. Emociona ler as justificativas e as queixas por tanta abnegação: “Ser presidente há tanto tempo cansa...” “É preciso gostar muito de futebol...” O doutor Delfim, que em outubro do ano passado estendeu o seu mandato, disse ao jornal paulista que lamenta não ter oposição. “Eu gostaria de ter alguém com quem concorrer. Mas, infelizmente...” Juro que não inventei isso. Está lá, com todas as letras, no Estadão do último sábado.


Fora de rota


Segue normal o campeonato catarinense, apesar da programação estapafúrdia de alguns jogos. Domingo, 20h30, por exemplo. Fora mesmo do contexto estão a Chapecoense, campeã de 2007 hoje lanterna junto com o Cidade Azul. E dá para dizer, com segurança, que o Marcílio Dias é a grande decepção deste início de campeonato.


A bela e a fera

Heloísa Martinello, apenas 21 anos, é a nova atração da arbitragem catarinense. Trabalhou domingo no trio de Brusque com o gorducho José Nazareno, que está mais para lutador de sumô. Com barriguinha e tudo.


E agora?

Como vai se comportar José Carlos Bezerra, homem forte da Comissão de Arbitragem, depois das críticas contundentes do Figueirense ao seu filho Paulo Henrique, depois da partida com o Guarani? E qual será a reação do presidente da Federação, Delfim Peixoto, sempre tão próximo ao clube do Estreito? No Figueirense falou-se até em veto ao Bezerra filho.


Inexplicável

Gostaria de saber que critérios foram utilizados para considerar como seguro o estádio Augusto Bauer, do Brusque, e que também está sendo servindo ao Metropolitano. No jogo com o Avaí, domingo, apareceu aquele tipo de arquibancada que ano passado feriu torcedores com o desabamento de alguns degraus. Deu para notar, também, torcedores pendurados em uma parte do alambrado que balançava mais que trapézio de circo.


Mais um

Os juvenis do Figueirense completaram domingo, em São Paulo, uma série invejável de títulos conquistados pelas categorias de base. Depois dos estaduais no infantil, juvenil e juniores, veio a Copa São Paulo e, por último, a Copa Internacioal de Futebol Juvenil. Além de aumentar a galeria de troféus e ganhar visibilidade nacional, o Figueirense tem a expectativa de um futuro com bom aproveitamento de jogadores formados em casa. É o retorno de um investimento que muita gente boa não leva a sério no futebol brasileiro.


Bundões

O técnico Luís Felipe Scolari avisou que jogador baladeiro, que não cuida da forma física e deixa a bunda crescer, não tem vez no seu time. Felipão quer uma seleção de Portugal esbelta, com jogadores fininhos, parecidos com modelos de passarela. Vale mais que nunca, nesse caso, aquele ditado do macaco que nunca olha para o seu rabo. Quando zagueiro, Felipão ostentava um “derriére” fora das medidas, digamos, aceitáveis.


Patriotadas

Pato fez os dois gols na vitória do Milan sobre o Genoa e voltou a ser muito aplaudido pelos torcedores e incensado por determinados jornalistas. Mais difícil do que agüentar a dura marcação adversária deve ser driblar os exageros de setores da mídia esportiva brasileira, principalmente narradores e comentaristas de tevê.

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