quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Quinta-feira

Os reis

O personagem ostenta uma barbicha bem tratada e tem pose de presidente. Ele é mesmo presidente, mas de uma federação de futebol. Gordo como a maioria dos presidentes de federações, certamente por ceder com freqüência às tentações da boa mesa, possivelmente apreciador de um bom uísque, talvez também de bons charutos e, inegavelmente, beneficiário de ótimas hospedagens, sempre à custa da entidade que dirige por vários mandatos. Porque é poderoso e manipulador. Tem sempre clubes e ligas sob controle, e por isso não perde eleições. Dependendo da idade - que varia de acordo com o período em que despertou para as delícias do cargo – a obesidade pode acarretar alguns problemas. Como não depende do SUS, terá sempre do bom e do melhor em matéria de atendimento médico-hospitalar durante sua longa e profícua gestão. Com a benção de Ricardo Teixeira.

A corte

Uma vistoria séria, feita pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura de Alagoas – CREA – e Corpo de Bombeiros, determinou a interdição do estádio Rei Pelé, uma das opções oferecidas pelo estado para a Copa de 2014 no Brasil. A outra, chamada de Arena Zagalo, ainda é projeto. Ou promessa, como queiram. O fato é que a situação do estádio interditado poderia repetir a tragédia da Fonte Nova, o que não vai acontecer pela intervenção de gente responsável e que não faz parte de nenhuma comissão criada nos bastidores para simular vistorias e atender interesses do eleitorado. Cansados de pagar o pato, polícia militar, bombeiros e conselhos de engenharia resolveram levar adiante suas determinações através da interdição de praças esportivas que representem algum tipo de risco para seus freqüentadores. No estádio de Maceió, lá estava o gordo e barbudo presidente da Federação Alagoana, misturado à turma que vistoriou o Rei Pelé e fazendo promessas de muito rigor na liberação de estádios para o campeonato estadual.

Os vassalos

Como aqui ainda não morreu ninguém, o jogo de cena continua. Todo início de temporada são anunciadas vistorias nos estádios catarinenses com participação da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e, de uns tempos pra cá, dos tais conselhos de engenharia e arquitetura. Começa o campeonato estadual, vamos aos estádios ver que pouca coisa mudou. Dá para constatar que na grande maioria das nossas praças esportivas o torcedor e a mídia continuam desprotegidos e sem conforto. Até os responsáveis pelo policiamento sofrem com a falta de estrutura. Não existem banheiros limpos, bares com alimentação confiável, estacionamentos seguros e locais dignos para o trabalho da imprensa. Pior que isso é que ainda tem clube sem estádio utilizando casa alheia – sem condições até para seus donos – como sede de seus jogos. É um problema de décadas, mas a vassalagem segue baixando a cabeça e dizendo amém para os palacianos. Apesar de alguns alertas já terem soado em vários estádios de Santa Catarina.

Fôlego

Ao conquistar a Copa Dubai esta semana, o Internacional quebrou alguns paradigmas das pré-temporadas, tão em moda no planeta futebol. Com apenas uma semana de treinamento, os gaúchos venceram o Sttutgard, atual campeão alemão, e a Inter de Milão, bicampeão italiano, ambos em plena temporada européia. Assim é que não houve espaço para as tradicionais queixas de pouco tempo para preparação física e técnica, fuso horário, cansaço da viagem, coisa e tal. Um milhão de eurosl, o prêmio pelo título, e o prestígio internacional, enchem de gás qualquer equipe.

Noves fora

Além de ganhar de dois dos principais times europeus, o Internacional confirmou a recuperação de Nilmar para o futebol brasileiro. Resta agora saber de Dunga qual o camisa nove que será descartado.

Rio 40 graus

O Figueirense, sempre cauteloso com sua programação de pré-temporada, levou sua turma para o calor insuportável de Foz de Iguaçu nesta época do ano. Como a cariocada é que manda, a temperatura da cidade paranaense é refresco. Só que, quem precisa realmente perder uns quilinhos, ficou em Floripa à beira mar.









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