domingo, 28 de junho de 2009

É melhor entrar pelos fundos


Foi preciso que um jornalista argentino, participante do Encontro Catarinense de Turismo, viesse aqui meter o dedo na ferida para alertar sobre um problema grave que, embora em baixo do nariz de autoridades de todos os setores, ninguém toma providências. O cidadão falou que primeiro precisamos preservar o que temos e depois partir para projetos mais ambiciosos. Óbvio. Mais óbvio ainda foi o comentário sobre a precariedade do terminal rodoviário de Florianópolis, um caos que se arrasta por temporadas. E aqui falo eu, freqüentador assíduo daquele local onde meu barbeiro trabalhou durante muitos anos. O estacionamento tem mais buracos no asfalto do que vagas, a polícia militar desapareceu, à noite marginais e drogados agem à vontade sem nenhuma repressão e os serviços oferecidos envergonham qualquer cidadão menos exigente. À noite tudo é muito perigoso. Os carros ficam abandonados, seus proprietários sem proteção e as áreas que deveriam ser utilizadas apenas para embarque e desembarque ficam completamente tomadas e sem controle. É arriscado tirar dinheiro dos caixas eletrônicos ou mesmo manusear qualquer quantia para a compra de passagens. Nem é bom lembrar a situação dos banheiros, dá nojo. Dizem que o Deter é o órgão responsável pela administração daquele local, mas pelo estado atual da rodoviária, seu superintendente não tem tempo para sair da sala e ver o que se passa. E do jeito que deixaram o aeroporto, com aquele puxadinho para trânsito de quem chega e quem saí, é melhor que os turistas tentem outros acessos à cidade.

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