terça-feira, 10 de julho de 2007

Terça-feira

Zangado

Nem mesmo a goleada de 6 a 1 sobre o Chile mudou o comportamento ranzinza do Dunga. Logo após o jogo, na entrevista coletiva, destratou um repórter por causa de uma pergunta que não lhe agradou. O time jogou bem, vai enfrentar o Uruguai hoje com mais segurança, mas nada impede que as convicções de Dunga sejam colocadas em cheque. Ele não aceita críticas que podem ter muito mais valor quando acontecem também após vitórias. Ainda que sejam motivadas por pitadas de regionalismo ou alguma implicância contra posições assumidas pelo treinador.

Ressaca

Claro que uma vitória como a de sábado deveria entusiasmar. Aos incautos, porém, é bom lembrar que cinco jogadores chilenos tomaram um porre e promoveram um quebra-quebra no hotel, madrugada de quinta para sexta-feira. Entre eles estava o glorioso palmeirense Valdívia, um dos melhores do Chile e que só entrou no segundo tempo.

Incoerências

A cobertura da Copa América tem jornalistas por todos os cantos, mas por preguiça ou falta de atenção, escapam detalhes importantes da falta de critério das arbitragens e dos dirigentes. Os casos mais evidentes são registrados na aplicação dos cartões, hoje um dos problemas mais sérios talvez da arbitragem mundial. Faltas comuns de jogo são punidas com cartão amarelo enquanto outras infrações, quase criminosas, passam em branco sem ao menos uma advertência verbal. Outra coisa: como é que a Confederação Sul-Americana escalou o árbitro uruguaio Jorge Larrionda para o jogo Brasil x Chile com o Uruguai podendo ser nosso próximo adversário?

Aviário

A galinha nem botou o ovo ainda e não se fala em outra coisa a não ser em uma final da Copa América entre Brasil e Argentina. Claro que a possibilidade é grande, mas Uruguai e México não foram avisados que não precisam entrar em campo. Estão como perus, morrendo na véspera.

Deslumbramento fatal

Jogador de futebol ao ganhar o primeiro troco razoável corre para uma revendedora e compra um carro importado, geralmente muito potente. É uma espécie de deslumbramento que mata geralmente jovens ou, pela má aplicação do dinheiro, transforma carreiras promissoras em rotundo fracasso. Para o atacante Alemão, do Palmeiras aconteceu o pior. Ele estava no Rio recuperando-se de uma lesão e foi passear em alta velocidade com a família em um desses caminhonetões. Morreu na capotagem levando o cunhado junto. Não foi o primeiro nem será o último.

Irresponsabilidade

Estamos disputando o Brasileiro da série A praticamente de domingo a domingo, exceção feita às trapalhadas da CBF, como deixar o Flamengo com dois jogos a menos. Não se justifica, portanto, jogar nas condições em que foram realizadas as partidas do Inter contra o Figueirense e do Náutico contra o Palmeiras. Gramados alagados por enxurradas e pouco público nas arquibancadas formavam um quadro desolador. E o domingo sem futebol, a não ser pela Copa América.

Brasileirões

O Figueirense sem cinco titulares até que não foi mal no Beira Rio, apesar da derrota. Pagou pelo medo do primeiro tempo, quando jogou muito recuado. O Avaí empatou em Fortaleza jogo que podia ter vencido e hoje tem pela frente em Brasília o Gama do Cavalo, que levou um coice em Criciúma, onde perdeu de goleada. E hoje, em casa de novo, contra o vice-líder Coritiba é jogo de seis pontos. Na série C deu a lógica, com o Joinville ganhando em casa e a Chapecoense perdendo fora.

Censura no ar

O doublé de piloto e comentarista da Globo, Luciano Burti, sentiu sábado a força e o caráter do narrador Galvão Bueno. Ao vivo e a cores, durante a transmissão do treino para o GP da Inglaterra de Fórmula I, Luciano tentava explicar a última maracutaia da categoria, envolvendo suposta venda de projetos da Ferrari para a McLaren por um ex-funcionário da escuderia italiana. Galvão cortou abruptamente o raciocínio do companheiro sentenciando: “esse assunto está vencido”. E nada mais foi dito nem foi perguntado.

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