quinta-feira, 5 de julho de 2007

Quinta-feira


Más companhias

A quem interessar possa. Ao Avaí, por exemplo, atualmente abraçado com LA e Traffic. As parcerias estão arrumando mais encrencas do que soluções para alguns clubes brasileiros. O Grêmio, depois da MSI, anda as voltas com dívidas, prestação de contas e expulsão, isso mesmo, expulsão de conselheiros. O Flamengo, com essa mesma empresa, está perdendo o goleiro Bruno, cogitado para a seleção brasileira pela festiva crônica carioca. Nilmar, revelado pelo Internacional, não consegue exercer a profissão no Coríntians ou no francês Lyon por causa de um contrato mal arranjado. O Figueirense, em menor grau, também não gostou da experiência com a CSR (César Sampaio/Rivaldo) e mudou de rumo. Resumo da ópera: aceitar parceiros tipo os que andam dando sopa pó aí tem sido o mesmo que dormir com o inimigo.

Canastrões

Por causa de 45 minutos de mau futebol, Dunga resolveu afastar do time os habilidosos Diego e Anderson. O treinador brasileiro, como solução, optou por um meio de campo à sua imagem e semelhança. Parece que bateu o banzo no nosso técnico, saudoso da Copa de 94 e do time que tinha ele mais Mauro Silva, Mazinho e Zinho. Não se pode esquecer, no entanto, que aquela formação que chegou ao título tinha na frente dois jogadores em alta, Bebeto e Romário, além da sustentação de uma zaga eficiente. Ou seja, o filme que hoje Dunga tenta reprisar, tinha excelentes atores e bons coadjuvantes. Daí a diferença para a projeção classe B que estamos assistindo nesta Copa América.

Casa da sogra

Não gosto desta terminologia para comparações depreciativas. As sogrinhas não merecem. Mas, vá lá. O leitor entende melhor assim porque a expressão está consagrada. O nariz de cera vale para explicar a verdadeira esculhambação promovida pela CBF no campeonato brasileiro. Antecipação ou adiamento de jogos a cada rodada, mudanças de horários e, superação total, jogos à tarde em dia útil, como aconteceu ontem. Faz tempo o Estatuto do Torcedor foi jogado na lata de lixo. E os dirigentes nem aí. Pelo contrário, o cordão de bajuladores e defensores da corte do Rei Ricardo cada vez aumenta mais.

Falta planejamento

Os dirigentes de clubes vivem se queixando da vida. Como se a CBF, a chamada entidade maior do futebol brasileiro, não tivesse nada a ver com o assunto. O calendário está a disposição de todos com bastante antecedência, prevendo datas para os campeonatos estaduais, Copa do Brasil, Sul-americana, Libertadores, Brasileiro, Copa América, Mundial sub-20, eliminatórias para a Copa, enfim, tudo em consonância com as atividades previstas para uma temporada inteira, quando não até duas ou três. Tudo isso é ignorado solenemente pela corte e pela cartolagem de um modo geral. O resultado são clubes esfacelados em meio à competição por causa da tal janela para negociações com o exterior, datas jogadas fora e espetáculos cada vez mais pobres. Assim sendo o torcedor fica em casa, seguro, fazendo economia, e longe deste circo mambembe.

Arrogância

O Figueirense derrotou o Cruzeiro, quebrou a série de três jogos sem vitória e chegou ao quinto lugar. Sábado se vencer o Inter no Beira Rio, estádio onde costuma se dar bem, melhora ainda mais sua posição na tabela. Nada disso alivia o humor de Mário Sérgio, um poço de má vontade para com a imprensa da Capital. Aliás, pelo depoimento dos companheiros que são obrigados a freqüentar o vestiário no pós jogo, vitória ou derrota não mudam o comportamento do treinador. Nem parece que ele já freqüentou o outro lado do balcão, como jogador e jornalista.

Vôo rasteiro

Os aeroportos já começaram a atrapalhar a vida dos clubes nas duas séries do Brasileirão. O Figueirense trocou o avião por ônibus na viagem de 470 km a Porto Alegre amanhã.

Professor

Nelson Rodrigues, o genial técnico da seleção brasileira sub-20, tirou Pato do time a 25 minuitos do segundo tempo, o time perdeu força ofensiva e a Coréia quase empatou o jogo.



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