quinta-feira, 26 de julho de 2007

Quinta-feira

Mário? Que Mário?

O técnico do Figueirense entornou o caldo antes e depois do jogo de quarta-feira no Scarpelli. Com declarações agressivas e cheias de recados para as arquibancadas e jornalistas, Mário Sérgio parecia o treinador de um clube de grande torcida, pressionado por uma seqüência infindável de maus resultados. Esse, na verdade, deveria ser o clima do outro lado, pelo menos no vestiário. Mas não, Carpeggiani e seus jogadores passavam tranqüilidade e confiança na recuperação do Corinthians. Que Mário é esse que apareceu em Florianópolis? Cadê aquele ex-jogador bom de ginga e boa praça? Onde foi parar o bom comentarista de televisão, cheio de experiência e conhecimento?


Napoleão e o esporte I

Em meados do século 18, durante a guerra franco-prussiana, Napoleão precisava mandar uma mensagem para soldados postados atrás das linhas inimigas. Chamou um tenente e lhe entregou um cavalo, uma pistola e uma espada, instrumentos para sua defesa no cumprimento da missão. No caminho o cavalo levou um tiro, o tenente enfrentou os inimigos com as armas que dispunha, depois caminhou, atravessou um rio a nado e, por último, correu para entregar a mensagem em tempo. Reza a lenda que assim nasceu o pentatlo moderno, com hipismo, esgrima, tiro, natação e corrida, pela sua origem praticado no início somente por militares.

Napoleão e o esporte II

Pois chegamos ao lugar mais alto do pódio com esse esporte nos Jogos Pan-Americano. Foi nosso primeiro ouro, depois de uma prata nos Jogos de 2003 em Santo Domingo, resultado alcançado por uma americana naturalizada brasileira. O ouro do Rio é brasileiríssimo, conquista de uma menina chamada Yana Marques, do interior de Pernambuco, uma loirinha dentuça e de aspecto frágil. Praticando cinco modalidades tão distintas, três delas com altíssimo grau de requinte e dificuldade, como hipismo, esgrima e tiro a Yana, para mim, é o grande destaque individual deste Pan-Americano.

Pés de barro

O ex-basqueteiro Oscar tem aparecido fazendo gracinhas na tevê e bobagens nos locais de competição do Pan. Como aconteceu na arena da ginástica artística, quando vaiou e torceu aos gritos pelo erro adversário. Oscar, um ídolo do esporte brasileiro, nunca soube se comportar como tal. Sempre foi um mangolão abobado e sem a compostura de um grande atleta.

Briga de egos

O voleibol masculino do Brasil podia passar sem os problemas criados pelo técnico Bernardinho e o levantador Ricardinho. Eventuais prejuízos na competição nunca afetarão um ou outro, apenas o esporte.

Modismo inconveniente

Quais os objetivos a serem alcançados com treinamentos secretos, a mais nova praga do futebol brasileiro? Pelo rendimento dos times que adotaram essa prática não se chega a lugar nenhum. De prático mesmo só tem acontecido o impedimento de a imprensa realizar o seu trabalho.

Meio hino

Cantar o hino nacional sempre emociona atletas e espectadores. No Pan isso não tem acontecido porque o nosso ultrapassa os quatro minutos e o regulamento da competição não aceita. A solução encontrada pelo cerimonial foi editar as estrofes para encurtar o tempo. Só faltou divulgar a medida para evitar o espanto e o constrangimento de pódios e arquibancadas.

Brasileiros

Estamos bem representados na série B graças ao Criciúma, líder com 32 pontos, seis a mais que o segundo colocado. Já o Avaí, depois da vitória sobre o São Caetano voltou à sua realidade. Não pela derrota para a Portuguesa, mas pelo futebol ridículo apresentado.

Aeroporto 2007

Clubes e jornalistas em viagem pelo país por causa do campeonato brasileiro começaram a encarar os problemas criados com o caos aéreo. Caso não aconteça logo uma solução a CBF será obrigada a remanejar alguns jogos, senão rodadas inteiras. O lado bom de toda essa confusão, perdoem o otimismo fora de hora, é a retenção dos políticos em Brasília.

Gatos

Tem algo de muito estranho e mal cheiroso nesses episódios de jogadores com idade alterada. Todos têm uma só origem, as divisões de base do Figueirense, sugerindo que o clube é conivente com a situação ou não está suficientemente organizado como apregoam. Prefiro acreditar que as irregularidades envolvem também outros clubes de Santa Catarina. O que seria compreensível em um futebol dirigido por uma federação que empurra tudo pra baixo do tapete e não fiscaliza nada.

Novela corintiana

O Conselho Deliberativo do Corinthians votou pelo fim da parceria com a MSI. A torcida poderia respirar aliviada não fosse a decisão do iraniano Kia Joorabchian, prometendo cobrar US$ 25 milhões por quebra unilateral de contrato e investimentos em contratações. No clube ninguém está levando a sério esta ameaça uma vez que Kia e sócios estão em lugar incerto e não sabido, e com pedidos de prisão expedidos no Brasil pelo Ministério Público.















4 comentários:

  1. Boa noite, Mário. Fiquei sabendo da coluna em formato de blog pelo Cesar. Vou acompanhar. Abs.

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  2. Pior é lembrar que o Oscar ainda foi candidato a senador por São Paulo, na chapa do Maluf

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  3. Já coloquei nos meus favoritos. Soube do blog na coluna do Cesar Valente.
    Um Abraço Gilberto Gonçalves

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  4. Big Mário,

    Igualmente informado pela coluna do Cesar, ja adicionei nos meus favoritos.
    Bela coluna. Com a qualidade de sempre.

    Abs

    Pedro de Souza

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