Milton; Florindo e Oreco: Paulinho Salvador e Odorico. Década de 50, começo da escalação do Internacional. Só o começo, goleiro, zaga e centro médio, do jeito que se lia e falava na época a formação de um time. Para lembrar mais detalhes a memória atrapalha. Salvo alguns ídolos de então: o carioca Larry, o pernambucano Bodinho, por óbvio, um grande cabeceador. Década de 60, em diante, Bráulio, o “garoto de ouro”, Dorinho, Claudiomiro, o time de 1975, eu já em Santa Catarina, quando o Inter foi campeão brasileiro pela primeira vez; o titulo invicto em 79, único no Brasileirão. Em 75 eu e o Paulo Brito fomos a Porto Alegre para assistir a decisão com o Cruzeiro. Deixei o Brito apalermado na porta do estádio. Fugi para esconder meu nervosismo em um cinema. Depois a história mais recente conta. São alguns retalhos de memória de um torcedor que ainda menino e filho de um pai gremista fanático, acompanhando os treinos em tardes vadias. Jogava bola no velho estádio dos Eucaliptos, na quadra aos fundos da minha casa, no bairro Menino Deus. Fui à inauguração do Beira Rio em 1969, orgulhoso de ter contribuído para a obra com tijolos que roubávamos das construções do bairro. Inter e Benfica fizeram o jogo inaugural, no dia seguinte a uma surra memorável e dolorida de cabo de vassoura que levei na saída de um baile. Ninguém mandou cobiçar a mulher do próximo. Ano seguinte já veio a vida profissional e com ela o fim das aventuras nas arquibancadas em companhia do meu amigo da juventude, o médico Cláudio Ribeiro. Cláudio era ginecologista (com curso de especialização em medicina esportiva) e fez parte do grupo campeão em 75 com Minelli e o preparador físico Gilberto Tim. Estagiário do jornal Zero Hora, virei setorista do “terceiro mundo”, como me apelidou o então chefe de reportagem Antônio Brito, que mudou de profissão para ser governador do Rio Grande do Sul. Por determinação do Brito acompanhava o dia-a-dia dos pequenos e tradicionais Cruzeiro e São José. O tratamento de choque aconteceu quando acabei designado “reforço” de cobertura nas semanas dos jogos importantes da dupla Grenal. Perdi a bandeira, escondi a emoção. Foi o preço cobrado pela isenção jornalística que obrigatoriamente sufocava a parcialidade latente. A recém iniciada trajetória como jornalista esportivo sofreu algumas interrupções, começando por alguns meses no trabalho de criação do Jornal de Santa Catarina em 1971. No próprio Santa, como gostávamos de chamar o filho recém nascido (o Nei Duclós tem recuperado em texto e fotos lembranças de Blumenau), retomei meu caminho no esporte, novamente interrompido em outros tempos por passagens nos diferentes campos da profissão. Hoje, aposentado, sou escravo de um blog e colunista do bravo Diarinho, acompanhando sossegado e à distância – ainda bem, ufa! - as comemorações do centenário do Inter.
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Há 16 minutos
Olha só, que belas memórias! E dizias que nao lembravas as coisas com detalhes. Claro que a gente lembra tudo, basta comecar a escrever que nao paramos mais. Pois bem. Agoras estás fisgado. E nós, junto. Queremos mais memórias!
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