Não há mais nada a dizer para o atual treinador da seleção brasileira. No princípio tínhamos que ser tolerantes, Dunga estava começando seu trabalho e estreando na profissão justamente na Seleção Brasileira. Mas agora não dá mais. Chega, vá embora Dunga. Ele provou ser um técnico covarde, além de contraditório e turrão. Escalou três volantes para enfrentar em casa o Peru, um time que não ganha o campeonato catarinense. Esperou até quase trinta minutos do segundo tempo para colocar Alexandre Pato em campo. Garanto que foi só pra contrariar, por causa do berreiro no estádio. Os gaúchos, do Inter especialmente, queriam rever seu ídolo com a camisa da seleção. Os gremistas clamavam por Ronaldinho. Mesmo com a facilidade do jogo e a fragilidade do adversário, Dunga quis mostrar quem manda. O que o mantém no emprego é que os adversários ajudam e facilitam nossa classificação. Chile e Uruguai patinaram no zero a zero, o líder Paraguai, como o Brasil, pagou seus pecados na altitude de Quito e só empatou com Equador. A Páscoa chegou mais cedo para a Argentina que tomou um chocolate inesquecível dos bolivianos. Sem que seus jogadores usassem a altitude como desculpa para o vexame histórico. Assim é que Dunga vai se garantindo, dizendo que está tudo certo quando recém conseguimos a quinta vitória em 12 jogos disputados nas eliminatórias. Só admite o mau desempenho de Quito. Exalta os jogos contra Portugal e Itália, mas não menciona que foram dois amistosos. Para valer mesmo é essa penúria que acompanhamos a cada rodada. Não fala, também por conveniência, das apresentações medíocres ao nível do mar, como nas partidas contra Bolívia e Colômbia, ambas disputadas no Brasil e terminadas em empates sem gols. Ridículo. Os jogadores, claro, têm o mesmo discurso do chefe. Nada vai mudar, pelo menos enquanto Dunga não recorrer ao dicionário da língua portuguesa para entender o significado da palavra “seleção”. Tomara que faça isso antes de começar a Copa de 2010.
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