quinta-feira, 30 de abril de 2009
O pior do esporte
domingo, 26 de abril de 2009
Entreguem a Taça para a Chapecoense

Só o regulamento salva
sábado, 25 de abril de 2009
Bem vindos

Desfrutei na sexta-feira do prazer do reencontro com ex-companheiros da Fesporte, fundação estadual que cuida do esporte em Santa Catarina. É gente da área técnica (a turma é grande), dedicada e competente, com muita bagagem na organização e execução de centenas de eventos importantes, entre eles os Jogos Aberto, com prós e contras, a grife esportiva do Estado. Convivi rapidamente com dois deles, o Osvaldo Junklaus e com o Dárcio de Saules em Chapecó, durante os preparativos para os Jogos Universitários Catarinenses que serão disputados naquela cidade semana que vem. A presença da Fesporte é fruto da parceria estabelecida com a Fundação Catarinense do Desporto Universitário, o que deve render bons resultados daqui por diante. Eventos universitários e de peso como este – porque classifica para o Brasileiro de Fortaleza, em agosto - há muito carecem de um suporte técnico que garanta a eles a credibilidade necessária para sua recuperação em todos os segmentos esportivos e boa visibilidade junto à mídia especializada. Não havendo interferência política, comum a cada troca de governo ou de comando, quem ganha é o esporte catarinense como um todo, da escola à universidade, da participação ao rendimento. Desculpem a pretensão, mas como conheço os dois lados deste balcão, sei muito sobre o que acabo de escrever.
Pra bom entendedor
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Projetos de ocasião

segunda-feira, 20 de abril de 2009
A torcida pode e deve cobrar
A ascensão à série A do Brasileiro virou filme antigo, passou faz tempo. A comissão técnica e alguns jogadores do Avaí parece que ainda não se deram conta e assumiram uma postura beirando à irresponsabilidade nesse final do Catarinão. Silas fez experiências em jogos importantes, o time se acomodou com a classificação antecipada à decisão, e o resultado são duas derrotas consecutivas, uma delas para a Chapecoense, adversário da final e especializado em tirar o pão da boca do Leão. A violência da torcida é condenável, mas as vaias e a cobrança são válidas e estão plenamente justificadas diante da soberba que tomou conta dos bastidores da Ressacada. Para azar do Joinville que chegou à última rodada do quadrangular dependendo de resultados alheios.
Respeito é bom e dá resultado
O Inter jogou com vontade e massacrou o Caxias no Beira Rio sagrando-se bicampeão invicto, um Flamengo raçudo ganhou a Taça Rio e evitou o título antecipado do favorito Botafogo. Em São Paulo os arrogantes Muricy Ramalho e Vanderley Luxemburgo sucumbiram diante da seriedade do Corinthians do Mano e do Ronaldo, e do Santos de Mancini e do garoto Neymar. Em Recife o Sport de Nelsinho também acabou campeão, com esforço e profissionalismo, apesar de disputar a Libertadores em paralelo. Estas decisões do domingo deveriam servir de exemplo para Silas e certas estrelas avaianas que trocaram as chuteiras por sapatilhas. A humildade e o respeito ao adversário e à torcida não podem ficar só no discurso, têm que aparecer principalmente dentro do campo para satisfazer a expectativa da arquibancada. Com um rival difícil pela frente na decisão do Estadual e o Campeonato Brasileiro batendo à porta é urgente que isso aconteça.
Bola nas costas
Voltei domingo de Brasília, cidade soterrada por notícias de corrupção e malversação do dinheiro púbico. Revolta ler jornais, ver os noticiários de tevê, uma teia reveladora da falta de vergonha que se espalha pelo país a partir do Palácio do Planalto, tomando conta da Esplanada dos Ministérios e do Congresso, instituições que deveriam zelar pelo bem público, mas que acabam contaminando estados e municípios. Até o Ministério do Esporte, do comunista Orlando Silva, entrou na berlinda. Uma ONG chamada “Bola pra frente” recebe sozinha mais dinheiro (R$ 8,5 milhões anuais) do que várias outras existentes em diversos estados brasileiros. Detalhe: a sede desta organização fica em Jaguariúna, pequeno município do interior paulista e é dirigida por uma ex-jogadora de basquete eleita vereadora pelo partido do Ministro Orlando. A denúncia está na edição de domingo do Correio Braziliense.
sábado, 18 de abril de 2009
A vida e a morte em Brasília


terça-feira, 14 de abril de 2009
Livro + amigos, uma boa combinação

Para amenizar a angústia do jornalista workholic diante do repouso forçado, o médico permite-lhe que use o computador, mas não para redigir notas jornalísticas.
Pede-lhe que escreva sobre sua vida. De início contrariado, Dante Verga, que odeia escritores e poetas, começa então a relatar os fatos que antecederam e sucederam seu enfarte.
Suas reflexões recuam até a morte de sua mãe, dias depois do parto, e examinam a áspera relação com o pai, homem apaixonado por apenas um livro: A Divina Comédia.
Das transcrições das conversas que trava com a mulher e as filhas, quando elas vão ao hospital visitá-lo, surge um quadro da sua precária vida familiar.
Sarcástico e corrosivo, o delirante colunista de Economia, além de traçar um impiedoso auto-retrato, examina com seu texto venenoso o Brasil, Brasília, o poder, o jornalismo, a medicina e as relações familiares.
O cara
Lourenço Cazarré (Pelotas, 1953) é autor de mais de 40 livros, entre coletâneas de contos e novelas adultas e juvenis.
Recebeu mais de vinte prêmios literários de âmbito nacional, tendo inclusive vencido por duas vezes o maior certame literário dos anos 80, a Bienal Nestlé, nas categorias romance (1982) e contos (1984).
Um de seus livros para jovens, Nadando Contra A Morte (Formato Editora),
recebeu o Prêmio Jabuti, em 1998.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Repensem seus votos, o Prefeito sumiu

Esta situação não é novidade na carreira. Desde que começou a ser regularmente eleito para as prefeituras da Grande Florianópolis, o alcaide Dário se viu mais envolvido em dramas e polêmicas do que, necessariamente, em realizações e conquistas dentro das fronteiras dos municípios em questão.
– Um mês depois do Carnaval, quando pela quarta vez consecutiva reformou a passarela Nego Quirido, Dário teve que enfrentar a morte do seu cachorrinho de estimação, o Caixa Preta, Segundo pessoas próximas, o prefeito Dário nunca mais foi o mesmo depois desse fato.
– Formando o quadrado mágico com Luiz Henrique, Jorginho Melo, Gean Loureiro, e participações eventuais do reserva Walter Galina, Dário foi grande destaque das últimas soluções milagrosas encontradas para o Estado e Município.
- No entanto, no Carnaval de 2009, nem de longe lembrou o Dário dos últimos festejos de Momo e sua intensa atividade laboral. Visivelmente fora de forma, foi um dos destaques negativos dos desfiles na Nego Quirido.
– Jornal sensacionalista de Itajaí divulga fotos do Prefeito cercado de vereadores da oposição, comemorando não se sabe o quê.
- Depois de quase quatro meses sem fazer porra nenhuma desde sua última reeleição, Dário desencantou fechando um acordo com os empresários do transporte coletivo para o aumento do preço das passagens. Isso, é claro, condicionado à retirada dos equipamentos de ar condicionado dos ônibus, diminuição do número de linhas e horários, e o fim das manutenções periódicas.
- Em péssima fase na administração da Capital, Dário sequer é inscrito para os desfiles carnavalescos de 2010, Assim ele perderá a chance de inaugurar a quinta reforma da Nego Quirido.
Últimas informações:
Piração total: “Dário se sente fracassado com o sucesso da operação Tapete Preto”, afirma psicanalista.
Luiz Henrique sobre Dário: “na prefeitura de São José ele sempre teve comportamento exemplar”.
“Dário só se sente bem em São José ou Canasvieiras, diz um ex-assessor (a) do Prefeito. Difícil identificar a voz porque a entrevista foi feita por telefone da Brasil Telecom.
Finalmente, companheiro de Dário na Prefeitura - por motivos óbvios pediu para não ser identificado - diz que ele só volta ao Paço após a Páscoa, depois de comer todos os ovinhos que pediu ao seu Coelhinho.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Doutor Pinóchio & Cia
Recebi da assessoria de imprensa da Federação noticiário completo sobre as festividades com uma foto que seria cômica não envolvesse a tragédia em que se transformou a administração do esporte em Santa Catarina e no país. Lá estão, sorridentes e felizes, brindando à competência e seriedade, entre outros, o governador Luiz Henrique, o presidente da FCF, Delfim Peixoto Filho, o ex-diretor geral da Fesporte, João Ghizoni (hoje no Ministério do Esporte) e o secretário da Cultura, Turismo e Esporte, Gilmar Knaesel.
terça-feira, 7 de abril de 2009
"Repórter padrão"
“O mais recente romance do escritor pelotense radicado em Brasília Lourenço Cazarré, A Longa Migração do Temível Tubarão Branco (Fundação Cultural de Curitiba, 210 páginas, R$ 30), é daqueles livros que vai criando seu público. Narrado em primeira pessoa pelo protagonista, o jornalista Dante Verga, até bem umas 50 páginas parece um livro antipático – difícil não, a prosa do autor é direta e certeira, antipático mesmo. Isso porque até mais ou menos sua primeira metade o livro é a cara de seu narrador, um personagem dos mais interessantes da ficção recente, mas profundamente desagradável. Jornalista rio-grandense radicado em Brasília, Verga é colunista de jornal e comentarista de TV, viciado em trabalho, sofre um infarto a caminho da redação e é internado em uma clínica. Só depois de o leitor ser plenamente exposto ao caráter imperfeito e equívoco do narrador é que o romance passa a desconstruí-lo – e com isso ganha uma feição nova.O livro foi publicado pela Fundação Cultural de Curitiba, por ter vencido em 2007 um prêmio dedicado a romances inéditos, em um júri que contou com a participação de Cristóvão Tezza, Manuel Carlos Karam e José Castello. Com mais de 40 livros publicados em uma carreira que inclui romances, contos e literatura infanto-juvenil, Cazarré já tem, além deste, outro livro pronto para sair ainda este ano pela Bertrand Brasil.Livros de escritores que também são jornalistas – e protagonizados por jornalistas – correm um sério risco, o de glorificar certo tipo improvável de repórter padrão: sujeito estressado viciado em leitura de jornais e que se considera um intelectual quando lê livros-reportagem escritos por colegas jornalistas. É um risco do qual o livro de Cazarré escapa galhardamente. Verga, o personagem, considera-se esse tipo de jornalista, e é isso o que se depreende nas primeiras páginas enquanto narra o infarto que sofreu, o atendimento de emergência, a experiência da clínica e o encontro com um médico tão cínico quanto ele,. A todas essas, a única preocupação do jornalista acima do peso e estressado, é ter de volta seu celular para ligar para o jornal e ditar as notas de sua coluna, ou ler as notícias do dia, ou falar com as fontes em busca de informação. Só lateralmente ganha espaço em seus pensamentos a família formada por uma esposa psicóloga e três filhas com as quais o personagem não mantém nenhuma identificação.– Comecei a escrever esse livro em 1998, e no primeiro esboço o personagem foi bastante calcado nos jornalistas de minha geração, aquela turma meio crítica, meio cínica, que tinha um inimigo comum contra o qual lutar, a ditadura, e que, quando essa ditadura terminou, se descobriu um pouco perplexa em um mundo que continuava aboslutamente igual – diz Cazarré.O romance não celebra esse modelo, pelo contrário, faz sua mais ácida crítica. As glórias do jornalismo na boca de um personagem tão desagradável quanto Verga mais parecem exageros aplicados ao nada. Obcecado por escrever a qualquer custo, Verga ouve uma proposta de seu médico. Poderá ter seu computador de volta enquanto estiver internado, mas apenas para escrever sobre a própria vida, buscando desencavar em seu passado as razões do infarto. É nessa tarefa de se recontar que Verga vai se despindo do personagem “jornalista puro-sangue” que havia construído para si e lançando um olhar para a vida que perdeu “garimpando no éter” do mundo das notícias: “Fiquemos com esse número: ao longo de minha vida adulta - trinta anos - li jornais durante vinte e uma mil horas. Crimes tragédias, bizarrices e fofocas. É um bocado de lixo”.A epígrafe do livro traz, em italiano, versos da Divina Comédia de Dante Alighieri que já fornecem uma chave para o entendimento do romance: “O vós, que tendes o intelecto são / observai a doutrina que se esconde / sob o véu destes versos estranhos.” Ao longo de 42 capítulos, todos titulados com versos da Comédia em italiano, vamos acompanhando a trajetória do protagonista como se de uma Humana Comédia se tratasse. Internado, Dante Verga (o nome não é coincidência, ao unir o Dante da Comédia com o realista Giovanni Verga) vai se afastando da engrenagem em que havia transformado sua vida e seu trabalho para se humanizar gradativamente. Uma transformação que é também da linguagem. Enquanto esgrime diálogos brutais com o médico, as enfermeiras e sua mulher, Verga e seu cinismo passam uma imagem de estranhamento artificial, como um ator que declamasse suas falas em uma farsa. É ao escavar seu passado e redescobrir a si mesmo que Verga aprende outra a vez a ser humano – e a falar como um. “
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Nosso dinheiro jogado no lixo

Li no blog do comentarista político Moacir Pereira que a Vila Olímpica de Criciúma está destruída. Faz tempo que isso acontece, caro Moa, e por toda Santa Catarina porque nesse país quem lida com dinheiro público não dá a mínima para o seu destino. Trabalhei em mais de 20 edições dos Jogos Abertos e em todas as sedes o roteiro era o mesmo com a construção e recuperação de piscinas, pistas de atletismo, ginásios, canchas de bocha, bolão, e estandes de tiro. Com raríssimas exceções a repetição de um evento em qualquer sede exigia novos e vultosos investimentos. A situação em Criciúma é um dos vários exemplos. Posso citar outros, entre muitos, como Florianópolis, Itajaí, Chapecó, municípios que construíram ou recuperaram seus equipamentos esportivos para depois abandoná-los e gastar fortunas com os mesmos objetivos, mais obras, novos remendos. Santa Catarina é um dos poucos estados com vocação esportiva que ainda não tem sua pista sintética de atletismo. A de Itajaí custou uma fortuna e foi abandonada pelo poder público e pela Univali, e a de Blumenau, recém construída no complexo esportivo do Sesi, foi afetada pelas inundações de novembro. As denúncias sobre a roubalheira dos Jogos Pan-americanos de 2007 no Rio estão todo dia na mídia, o Ministério Público sabe de tudo – tem até relatório devidamente engavetado – e não faz nada, nem vai fazer. Em país sério, com judiciário idem, administrador relapso ou corrupto vai para a cadeia. Os mais radicais decepam a mão dos ladrões. Aqui viveríamos em um estado e em um país de manetas.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Inter 100 anos, retalhos e confissões

quinta-feira, 2 de abril de 2009
Queremos Copa e Olimpíada. Como?

A piscina está atrapalhando?
-- No último sul-americano realizado no Julio Delamare, quase morri de vergonha, especialmente diante dos argentinos, porque no sul americano de lá, as instalações eram decentes -- disse Mamãe, que no fim de semana participou da prova de natação dos Jogos Brasileiros Masters. – Desde o primeiro dia, nada funcionava. A pior parte eram os banheiros: privadas entupidas até a tampa, torneiras quebradas... Aliás, mesmo que não estivessem quebradas, não ia adiantar nada, porque não tinha água. Já a água da piscina de aquecimento tinha tanto cloro que ninguém conseguiu usá-la.Para alegria dela e dos demais participantes dos Jogos, porém, o Julio Delamare que os recebeu dessa vez foi outro, inteiramente renovado. Agora há lockers à vontade nos vestiários, para que os atletas possam guardar seus pertences enquanto participam das provas; os banheiros não só funcionam impecavelmente, com água fria e quente nos chuveiros, como, ainda por cima, estavam limpos. As arquibancadas ganharam cadeiras. Na piscina de aquecimento, o cheiro de cloro era quase imperceptível; e a piscina olímpica foi dotada do que há de moderno em tecnologia de piscinas. Coisa, enfim, de primeiro mundo. E tudo, acrescente-se, intensamente aproveitado pela comunidade: há cursos de natação e de hidroginástica a semana toda. -- É comum que equipes estrangeiras participem, como convidadas, de eventos como o dessa semana, -- continuou Mamãe. – No domingo, tivemos uma equipe chilena. E, ao contrário do vexame que passamos com os argentinos, ficamos todos prosas em poder oferecer a eles um parque aquático tão bom, tão simpático e tão bem localizado.O Júlio Delamare, vocês sabem, fica ali ao lado do Maracanãzinho. É importante ressaltar isso, porque a alternativa é o Maria Lenk, para lá do autódromo, fim de mundo para qualquer competidor que não tenha carro -- e para os que têm também. Sem falar que o Maria Lenk está inteiramente depenado. Terminado o Pan, todos os lockers, cabides, toalheiros, bancos, suportes de papel higiênico -- tudo, enfim, que era móvel -- foi levado embora. Participar de uma competição lá significa ter que ficar com um olho no cronômetro e outro na bolsa, porque não há onde deixá-la; pedir a amigos que segurem a toalha durante o banho, porque não há onde pendurá-la; sentar no chão para calçar o tênis, porque não há onde sentar; e, last but not least, virar repasto de mosquito. Aparentemente, a única coisa que tem de sobra no Maria Lenk é mosquito.-- Coitada da Maria, não merecia uma “homenagem” dessas, -- lamentou Mamãe, que, como a maioria absoluta dos colegas, odeia com fervor o famigerado conjunto.
Os arquivos implacáveis do Nei Duclós

Coração de veludo
A foto que republiquei recentemente da equipe original do Jornal de Santa Catarina, o JSC, atual Santa, de Blumenau, obteve grande repercussão. Fui adotado pelos blogs mais prestigiados de Florianópolis com notas e links. Soube (e li o discurso) que Paulo Brito, o veterano querido do jornalismo catarinense e do curso da UFSC, fez na abertura das aulas deste semestre, onde ele cita Mario Medaglia e eu, a partir desse post da foto histórica. É por isso que volto á carga, agora com outra foto que dorme em meus arquivos.Vejam o núcleo, a semente da redação original do Jornal de Santa Catarina em 1971, antes de o jornal sair, ou seja, antes de chegar o José Antonio Ribeiro, o Gaguinho, que assumiria o cargo de editor-chefe; antes de chegar Virson Holderbaum, que dividiria comigo a redação de Nacional e Internacional (copidescávamos os telegramas da UPI e da AP, da agência JB e acho até que da France Presse). E antes de eu chegar . Ou seja, esse é o núcleo principal do JSC, de Blumenau. Falta na foto o Nestor Fedrizzi que, claro, já estava lá, montando essa equipe. E outras pessoas, que se somaram ao projeto.Acompanhem comigo, dentro dos meus limites da memória (ei Brito, Medaglia, Strix, Canga: me ajudem!). Bem à esquerda, de barba, olhando compenetrado para o papel, o Sergio Becker, grande repórter em Porto Alegre que aí no JSC virou editor. Ao seu lado, de óculos caídos, o Renan Ruiz, editor de Arte, um baita talento que também se juntou ao grupo de gaúchos que foram inaugurar jornal no interior catarinense. Aliás, é impressionante a seriedade desta redação. Era sempre assim: no início, quando participávamos da inauguração de um veículo, era um rilhar de dentes, uma compenetração tremenda, uma seriedade que se mantinha ao longo do tempo. Mais tarde, ficávamos um pouco mais à vontade, mas eram assim as redações antigas: nada de fumaças nem romantismo, era estiva, eito brabo, trabalho para caralho!Na frente, de barba hirsuta e também compenetradíssimo, Mário Medaglia, editor de Esportes, o cara que inaugurou os cadernos especiais esportivos na imprensa catarinense, quando deu um banho de jornalismo na cobertura dos jogos Abertos de Santa Catarina, os Jasc. À direita de quem vê a foto, de óculos de lentes escuras, o chefe de reportagem José Reinoldo. Incrível que não lembro de nenhum repórter, mas tínhamos chefe de reportagem! Gaguinho queixava-se que todos os dias o Reinoldo, para fazer massa de oferta, colocava algumas pautas meio frias. Um dia, dois, três, passava. No quarto dia da mesma ronha (essa palavrinha era da época), Gaguinho tirava um sarro: “Ò Reinoldo, outra vez esse troço?” Lembro de Reinoldo aos berros pelo telefone, ligando para todo o estado. No fundo era isso: ele era sua própria equipe!Strix me lembrou que da outra vez eu deveria ter citado o Ayrton Kanitz, chefe da sucursal do JSC em Florianópolis, e que não aparece na foto. Cito para não esquecer do grande Kanitz, que há décadas não vejo, com seu humor inglês, sua postura elegante e carismática, suas palavras escandidas em tom baixo, com um humor arrasador, daqueles que nos fazia rir ainda dias depois de a piada ser dita. Bueno, vamos em frente na foto. O casal que aparece à esquerda de Reinoldo, em mesas separadas, eram figuras importantes do jornal, cuidavam da distribuição e arquivo, acho. Strix sabe mais do que eu, pode nos dizer.E finalmente ao fundo, o colunista social Paulo Becon, que tinha a árdua tarefa de reportar a sociedade fechada de Blumenau, um espaço dominado por grandes nomes como Beto Stodieck, do jornal O Estado de Florianópolis. Não foi fácil para Becon, mas ele tinha como apoio um programa de televisão.Tudo isso em 1971, somente 38 anos atrás. Nem foi tanto tempo assim. Continuamos guris, só que sessentões. Alguns se foram, como Fedrizzi, Gaguinho. Outros se nobilitaram, como Virson Holderbaum, que depois de séculos de jornalismo pesado e produtivo vive num castelo à beira mar no sul da ilha e tem o título de Conde Von Holderbaum. Mario Medaglia continua no front, com sua contundência de sempre no blog Batendo Forte e na sua coluna no Diarinho. Dos outros não tenho notícias. Cartas para a redação do Diário da Fonte.Lembram de nós? Ainda somos os mesmos. Temos um segredo guardado e estamos loucos para revelar: somos portadores de um coração de veludo, de um texto guerreiro, de um talento ancestral, de uma coragem sobrevivente, de uma vontade de que tudo dê certo, neste país que carregamos nos ombros como um andor de santo, daqueles antigos, que atraem o vôo arisco das andorinhas e o chumbo grosso das tempestades.
Deu pra bola murcha do Dunga

quarta-feira, 1 de abril de 2009
Muy amigo esse Evo Morales

Quando a FIFA ameaçou proibir jogos em cidades acima de 3 mil metros Maradona foi solidário com o presidente da Bolívia, Evo Morales, Foi até La Paz, a capital boliviana que fica a 3.850 metros, pouquinho mais, pouquinho menos, e jogou uma partida beneficente no estádio Hernan Silas, ao lado de Morales. Nada contra a altitude, falou Maradona em declarações enfáticas contra a determinação da FIFA e a favor de jogos em qualquer lugar do planeta, mesmo no topo da montanha. As eliminatórias sul-americanas para a Copa são assim e o Brasil só escapou de um vexame em Quito graças à má pontaria dos equatorianos. Pois a seleção boliviana do Evo Morales nesta quarta-feira retribuiu a solidariedade argentina goleando por 6 a 1 o esbaforido e atarantado time treinado pelo Maradona. Foi uma “humillación” histórica, decretou em manchete o site do sarcástico jornal argentino Olé. A seleção brasileira que se cuide quando for jogar em Lapaz no returno desta eliminatória. A Bolívia pode repetir com a gente o que fez com a Argentina, em retribuição ao carinho que o presidente Lula tem por Evo Morales.
Tá rindo do quê?

Um "lugar relaxante, calmo e lindo". Esta foi a impressão da atual Miss Universo, a jovem venezuelana de 22 anos, Dayana Mendoza, sobre a Baía de Guantânamo, em Cuba. É onde os Estados Unidos mantém um conhecido centro de detenção que recebe críticas do mundo inteiro pelo uso de todo o tipo de tortura contra os prisioneiros. Dayana passeou pelas praias em companhia da miss norte-americana e chegou a dar uma volta pelo campo. O local é cercado por arame farpado, minas terrestres e torres de observação. Ao final do tour “muito divertido” pela Baía ela se disse encantada com o lugar e sem vontade de ir embora. (foto e informações do globo.com)
Dragagem a R$ 1,99
