terça-feira, 11 de março de 2008

Terça-feira

Quem pode, pode

Ao melhor estilo choro de perdedor, o Avaí saiu de campo reclamando muito da arbitragem na derrota para o Marcílio Dias. Como os avaianos não são vizinhos da Federação e, além disso, enfrentaram o time do Doutor Delfim, ficará o dito pelo não dito, o choro pelo choro. E tem mais: Tardelli não é Bezerra, Zunino não é Prisco Paraíso, o Avaí não é o Figueirense, o seu gerente Sérgio Prestes não é o gerente Anderson Barros, Sérgio Ramirez não é o Alexandre Gallo. Ou seja, tem um lado que pode tudo, inclusive vetar o Paulo Henrique, filho do homem da Comissão de Arbitragem. O outro simplesmente morre abraçado com sua torcida e vendo o adversário desfrutar das benesses de um excelente relacionamento com a cúpula da Federação.

Quem não pode...

E, do jeito que a coisa vai, não demora muito a direção do Avaí e seus parceiros terão que mais uma vez jogar a toalha no campeonato catarinense. Sem Sérgio Ramirez e com nova comissão técnica o clube terá que voltar suas atenções para a série B do campeonato brasileiro, para evitar sustos como os do ano passado e mais um grande desgosto para seus sofridos torcedores.

Morte anunciada

Os episódios ocorridos no campeonato de 2007, principalmente os que envolveram as arbitragens, sinalizaram problemas sérios não levados em conta pelos dirigentes de clubes e da Federação. As brigas de torcidas, a falta de estrutura de alguns estádios, a sistemática desobediência às leis do esporte e a brandura do TJD contribuíram para uma contabilidade negativa em termos de organização, tudo repetido em doses cavalares este ano.

Sinal vermelho

A politicagem ameaça contaminar as ações que visam credenciar Florianópolis como uma das sedes para a Copa de 2014. A proximidade de eleições dará a certas figuras da política catarinense o desejado palanque construído indevidamente com o material fornecido com fartura pelo esporte, o futebol principalmente.

Sinal amarelo

O Guarani de Palhoça levou aos dirigentes da Federação seu projeto para construção de um novo estádio. Que bom. Isso evitará o constrangimento e a ilegalidade a que o simpático clube da Grande Floripa está submetido, obrigado a jogar um campeonato inteiro em casa alheia. Preocupa-me apenas a divisão do projeto em três etapas, com a primeira garantindo capacidade para cerca de cinco mil espectadores somente. Quem garante que um novo prefeito ou novos dirigentes darão seqüência ao projeto?

Sinal verde

Para o bom futebol do meia Cleiton Xavier, rejeitado por Abel Braga no Internacional, destacando-se na atual temporada como um dos principais jogadores do Figueirense. Alvíssaras também para a recuperação do Atlético de Ibirama pelas mãos de Joceli Santos. Desde que não seja fogo de palha.

Campeão antecipado

Com o Avaí ficando pelo caminho sobraria apenas o Criciúma para fazer frente ao poder de fogo do Figueirense. E, havendo um campeão do returno que não seja um dos dois – o Joinville hoje luta para fugir do rebaixamento – podem encaminhar as faixas ao endereço do Orlando Scarpelli.

Desfalques

O Fluminense, que perdera Leandro Machado por questões jurídicas, agora fica dois meses sem Dodô por causa de uma lesão séria no rosto. Para encarar a Taça Rio e Libertadores o time está limitado a Washington, único atacante de ofício com experiência. Um bom desafio para o técnico Renato Gaúcho.

Mulheres

O marketing do Internacional aproveitou o Dia Internacional da Mulher e liberou o ingresso feminino para o jogo de sábado no Beira Rio contra o Brasil de Pelotas. O resultado foi presença maciça de famílias nas arquibancadas e mais de dez mil mulheres torcendo pelo Inter. Público total de 46 mil pessoas.

Justiça para todos

Três avaianos, um deles sobrinho do criciumense e atual presidente da Celesc, Eduardo Moreira, estão presos em Criciúma por causa da bomba atirada contra a torcida adversária. Quem será o primeiro a ganhar liberdade? Avaí e Criciúma perderam o mando de campo, mas jogarão em seus estádios a próxima rodada.










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