quinta-feira, 13 de março de 2008

Quinta-feira

Burocratizando a confusão

Nossas carteiras ou porta-documento, como queiram, hoje servem para carregar documento de identidade, título de eleitor, carta de motorista, documentos do veículo, passaporte, se for o caso, cartões de crédito, do CPF, de vacina, da loja onde temos crediário e nossa identificação profissional. Esqueci de algum? Acho que não. Pois agora o cidadão ou cidadã da arquibancada deverá acrescentar à sua mochila a carteirinha (com foto ou sem foto?) expedida pela Federação de membro de torcida organizada, Faz parte de um instrumento legal chamado pomposamente de Termo de Ajustamento de Conduta entre o Ministério Público e as entidades envolvidas com o futebol. O prazo para o cadastramento é de dez dias, sem o quê o torcedor será barrado no portão do estádio. Quero ver para crer. Os porteiros, geralmente mal orientados, já não dão conta de suas tarefas atuais. Têm carteirinha e carteiraço para todos os gostos e tormento de seguranças e similares, geralmente exemplos de sensibilidade e gentileza. A Federação, por seu lado, com sua conhecida agilidade e competência, vai acrescentar o tantinho que falta para aumentar o transtorno que são os acessos aos nossos estádios. E, tragédia das tragédias, sem que o objetivo principal – acabar com os conflitos entre torcidas – seja alcançado.

Cuco dentuço

Tadinho daquele simpático pássaro dos relógios de parede, que aparece e desaparece anunciando a hora ou meia hora, dependendo do gosto do freguês. A comparação é inevitável, tantos são os entra e sai de Ronaldinho Gaúcho nas convocações do Dunga, o técnico que tem o nome de anão trocado, pois deveria se chamar Zangado. Mas, aí já é outra história.

Notícias da corte

Olha lá, não fui eu quem chamou de “sorteio chinfrim” aquele democrático procedimento da Comissão de Arbitragem, parecido com um bingo, e que indica para os jogos do campeonato catarinense os outrora denominados “homens de preto”. Falando no assunto, sai o ex-árbitro Bezerra, de Florianópolis, entra o Pedro, ex-árbitro de Itajaí. Daqui um tempo tem que mudar o nome da Federação, cada vez mais regionalizada, como quer seu presidente. O Rei exige pompa, circunstância e submissão.

É proibido proibir

A direção da Chapecoense quer ampliar a capacidade do estádio Índio Condá para o jogo contra o Internacional pela Copa do Brasil. Do dia para a noite, através da utilização de arquibancadas metálicas, aquela praça de esportes ganhará acomodações para mais três mil torcedores. Pergunto eu: já esqueceram o acidente do ano passado no estádio do Brusque, quando o desabamento de parte de uma arquibancada feriu torcedores do Avaí, alguns com gravidade? E a proibição para a utilização deste tipo de arquibancada, foi parar aonde? Eu sei, mas não conto.

Queda anunciada

É grande a polêmica entre os avaianos sobre a demissão do treinador Sérgio Ramirez e são muitas as razões apontadas pela mídia esportiva para explicar o ocorrido. Nenhuma delas, no entanto, lembra a vexatória derrota de 3 a 0 para o Figueirense na Ressacada. Nenhum técnico passa impune por um resultado desses num clássico e foi ali que começou a derrocada do time e de Ramirez

Sonho e realidade

Capacidade para mais de 30 mil espectadores, padrão Fifa e custo de R$ 35 milhões, são os dados principais do Estádio Esportivo e Multifuncional do Sesi, em Blumenau. Quem, apressadamente concluir que estaria aí a redenção do futebol blumenauense, deve lembrar do Joinville desde que inaugurou sua moderna Arena. Uma grande praça de esportes por si só não transformará Blumenau na Meca do futebol catarinense.

Só quero entender

De que adianta encher de “olímpicos” (jogadores com menos de 23 anos) a lista de convocados se eles não são aproveitados nos amistosos e só esquentam banco? Dunga tem pouco tempo para formar o time que vai representar o Brasil na Olimpíada em Pequim. E por que jogar em Londres um amistoso comemorativo a uma conquista que aconteceu na Suécia?

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