quinta-feira, 20 de março de 2008

Quinta-feira

Deu bode

A diretoria do Marcílio Dias queria resolver o problema da falta de segurança no estádio Hercílio Luz apenas com a retirada de dois refletores que ameaçam cair. Seria cômico, não fosse trágico, noticiar como vítima fatal torcedor atingido por uma das luminárias condenadas pela vistoria que, pensava-se, teria sido levada a sério. Só ficaria faltando passar Durepox nas rachaduras das arquibancadas e o Gigantão das Avenidas estaria salvo e seus freqüentadores tranqüilos. Quer dizer, a idéia era tirar o bode da sala e, assim, Ministério Público, Crea, Associação de Clubes, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e, principalmente a Federação, se dariam todos por satisfeitos. Felizmente o judiciário agiu e determinou a interdição do estádio marcilista.

Ócio pascoalino

A Federação Catarinense de Futebol decidiu suspender o expediente da quinta-feira em virtude do feriado da sexta-feira. Não inventei essa pérola, está escrito no site da entidade, atendendo RDI 17/2008 assinada por seu presidente ou alguém da alta cúpula. Para que ninguém pense que a turma tem muita folga, está lá escrito também que o expediente normal será retomado a partir das 14 horas da segunda-feira. Tudo certo, ninguém é de ferro e nada de importante – ou preocupante – acontece atualmente no futebol catarinense.

Promessas

O dinheiro é nosso, as promessas são deles: o Ministro do Esporte, Orlando Silva, está prometendo recursos do Programa para Aceleração do Crescimento, o PAC do presidente Lula, para as 12 cidades que forem escolhidas como sedes da Copa do Mundo de 2014. Florianópolis está entre as 18 candidatas e o Governador Luiz Henrique também já fez sua promessa, garantindo que até lá a Capital contará com um metrô de superfície.

Pode tudo

A FIFA acenou com uma proibição a jogos acima de 2.500 metros de altitude. O Santos jogou ontem pela Libertadores em Oruru, cidade boliviana a 3.800 metros. Além da altitude e do frio os santistas enfrentaram uma viagem de avião a La Paz, depois a Santa Cruz de la Sierra e, por último, duas horas de ônibus até o local do jogo.

Mentira de muitas pernas

O goleiro Marcos, do Palmeiras, foi citado em súmula pelo árbitro Paulo César de Oliveira como agressor do atacante Malaquias, do Bragantino. O TJD puniu o palmeirense com suspensão de apenas um jogo, graças ao testemunho do próprio Malaquias, que foi ao tribunal dizer que não foi agredido.

Bravo

Ouvi domingo a jornada esportiva da rádio Globo do Rio e pude acompanhar o bom trabalho da repórter de campo Taíssa Bravo. Dá banho em muito marmanjo experiente, detalhando as jogadas, fazendo com que o ouvinte “enxergue” o lance. A maioria hoje apenas repete o locutor.

Economia

Façam o que fizerem com os tibetanos que lutam pela independência do seu país, os chineses não correm o mínimo risco de boicote à Olimpíada de Pequim. Um mercado emergente de 1,3 bilhão de pessoas é o aval mais que suficiente para que os europeus coloquem o esporte em primeiro lugar. A Europa tem um mercado bilateral com a China próximo os U$$ 320 bilhões, dados esses relativos a 2006 e que já devem ter evoluído muito.

Muy amigo

O francês Zinedine Zidane lembrou domingo o antigo bordão de Jô Soares ao passear por São Paulo cheio de gentilezas para com o nosso país. Em uma entrevista coletiva o carrasco do Brasil nas Copas de 1998 e 2006 afirmou que “os ingleses inventaram o futebol, os brasileiros o reinventaram”.

Sinistro

Lembram do Marco Aurélio Cunha, aquele baixinho que andou pelo Figueirense e pelo Avaí e cujo trabalho ninguém sabe, ninguém viu? Agora, no São Paulo, continua sem exercer medicina, a sua profissão. É uma espécie de aspone que só aparece para reclamar da arbitragem e falar mal dos adversários.

Quem é quem

Avaí, Criciúma e seus advogados terão que se explicar no STJD, Rio de Janeiro, onde vai parar o rumoroso e escandaloso processo que terminou em absolvição ampla, geral e irrestrita, graças ao nosso tribunal. Explicação mesmo, e das boas, quem deveria dar são os promotores da lambança jurídica que deixou o dito pelo não dito, apesar das conseqüências funestas do incidente.

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