terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Terça-feira

Lições de superação e soberba

Os jogadores do Figueirense não se deixaram envolver pela instabilidade emocional do técnico Alexandre Gallo e do gerente de futebol Edson Barros e fizeram a festa da torcida na Ressacada. Que sirva de lição para os dirigentes esta manifestação de maturidade de um time que não tem na comissão técnica o suporte necessário para encarar adversidades como as ocorridas em Tubarão a três dias do clássico. Do outro lado um adversário embalado por resultados e um saldo de gols que não deixava duvidas sobre a potencialidade do grupo. Mesmo jogando no seu campo o Avaí acabou provocando a maior decepção até aqui neste campeonato. Novamente a torcida azurra saiu calada e muito triste da Ressacada, ouvindo a pior das chacotas, a de que sua casa virou um grande salão de festas para o maior rival. O que aconteceu com aquele time competitivo e de rendimento exemplar como atestavam os números da defesa menos vazada e do ataque mais positivo? Claro que os favoritos de ontem não são os fracassados de hoje, mas que essa decepcionante atuação do Avaí dá o que pensar, ah isso dá.

Equilíbrio

Os resultados da rodada devolveram a liderança para o Criciúma que agora tem outra vez três pontos de vantagem sobe o Avaí que livra um para o Figueirense. Os dois clubes a Capital têm um jogo a menos em relação ao líder a matemática da tabela pode tranquilamente ser invertida. A diferença nesta projeção é o Figueirense jogando no Scarpelli seus próximos dois compromissos enquanto o Avaí sairá duas vezes. Chama a atenção a recuperação do Metropolitano, um dos meus candidatos ao rebaixamento, hoje quarto colocado e um ponto apenas atrás do Figueira. Ao perder em casa para o Marcílio Dias, o Joinville passou o recibo da sua incompetência, além de devolver ao adversário a confiança perdida nas primeiras rodadas.

Contra a violência

Pelé foi até a FIFA levar uma proposta que pode tornar um pouco menos truculento o futebol que se joga em todo o planeta. O Rei quer, quando a falta for cometida pelo último homem, que ela seja cobrada sem barreira. Como os velhinhos da vetusta entidade são duros de roer, só mesmo o Pelé para dar uma animadinha na turma. Quem sabe...

Romário, Eurico & Cia

Os fãs do futebol do Romário, como eu, gostariam que seu final de carreira tivesse um outro roteiro. Coisa difícil de acreditar quando os envolvidos nessa tragicomédia são, além do próprio, Eurico Miranda e Kleber Leite.

Homens do rádio

Vale a pena dar uma olhada no último boletim eletrônico Caros Ouvintes para conferir o artigo sobre narradores esportivos escrito por Edemar Annuseck. Ali estão registros históricos sobre os profissionais que fizeram história no Brasil e um apelo candente para o fim da baixaria, a retomada da profissionalização, competência e ética jornalística neste veículo tão importante para o nosso futebol. O único reparo que faço é que entre os nomes citados não estão alguns dos catarinenses com passagem marcante pelo rádio esportivo.

Futebol do bom

Dez gols em dois dos principais clássicos brasileiros agitaram as arquibancadas do Maracanã e do Morumbi, nos quatro a um do Fluminense sobe o Flamengo e na vitória por três a dois do São Paulo em cima do Santos. Assim da gosto ir aos estádios, bem melhor do que ficar à frente da tevê controlando o sono em jogos sem emoção.

Festival de trapalhadas

Apesar de movimentado e com momentos de um futebol de alto nível, o clássico paulista teve lances de comicidade, patrocinados principalmente por Kleber, atacante santista que mostrou muita técnica na arte de perder gols. Mas o pior de todos os lances aconteceu com o ex-avaiano e filho do grande zagueiro Veneza, Fábio Fidélis, hoje no Ituano. Fazendo exatamente o contrário do que recomendava o refinado futebol do seu pai, que sabia sair jogando como ninguém, na tentativa de salvar um gol do Corinthians, Fábio fechou os olhos e deu um chutão. A bola bateu nas pernas de um companheiro e voltou para o fundo do gol do seu próprio time.







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