sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Asas à imaginação

Preparem a Branca de Neve e os seis anões para a recepção ao sétimo, que qualquer dia destes estará em Florianópolis para uma visita à Ressacada e, quem sabe, assistir a um jogo do Avaí. O rebuliço já é grande por causa da vinda de Dunga. Imagino no dia em que o técnico da seleção brasileira pisar em solo catarinense. Tudo isso é normal. O que me espanta é a expectativa de alguns setores da mídia, acreditando que Dunga poderá observar jogadores avaianos. Quem, cara pálida, do atual elenco, mereceria uma convocação? Sinceramente, esse time do Avaí cumpre com louvor seu papel na série B do Brasileirão. Daí a sonhar com alguém vestindo a camisa da seleção vai uma distância muito grande. Deixem a CBF fazer a mediazinha dela com seus afiliados e afilhados políticos – presidentes de Federação -, mas não entrem nessa viagem. É jeca demais para o meu gosto.

A Copa do apagão é nossa

Apagão para deixar meia cidade às escuras durante três dias, apagão moral, apagão ético, apagão técnico no time do Figueirense, tudo isso o morador de Florianópolis já viu. Faltava o apagão mental que acometeu um engenheiro da Celesc na explicação que deu para a falta de luz no Orlando Scarpelli. Disse ele que a culpa foi das fitinhas utilizadas pelos torcedores para saudar a entrada do time em campo e que, levadas pelo vento, atingiram alguns fios próximos ao estádio, provocando curto circuíto e desativação do sistema. O episódio é ridículo, como são as seguidas explicações da Celesc e tende a se repetir em outras situações, como tem acontecido com freqüência em Floripa. É uma temeridade, não só pela temporada que se aproxima, mas pela candidatura pretendida pela Capital a uma das sedes da Copa de 2014. É muito apagão para uma cidade só.

É proibido fumar

Durante a confusão por causa da falta de luz no Orlando Scarpelli, o presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim Peixoto, apareceu no meio de atletas, dirigentes e arbitragem baforando um grosso charuto. Enquanto conversava animadamente com os que o cercavam, espalhava o fumacê provavelmente cubano pelo gramado e redondezas.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Pergunte ao prefeito

Gostaria de, como eleitor e cidadão, ter a chance de fazer uma pergunta aos prefeitos eleitos por toda Santa Catarina. Uminha só, olho no olho: Prefeito, o senhor já sabe que promessas não poderá cumprir? Fico imaginando – só na imaginação, claro – o ilustre alcaide acometido de um ataque de sinceridade respondendo tintim por tintim a constrangedora indagação. Digamos que a campanha tenha rendido, modestamente, cerca de dez promessas. O leitor calcula que percentual os eleitos poderiam – ou deveriam –atender? Vamos ser generosos e pensar em factíveis 50 por cento. Bom demais. A outra metade então caberia nas justificativas que nós, eleitores crédulos e otimistas, ouviríamos com respeitosa atenção. No caso de Florianópolis, acredito que o assunto-promessa transporte marítimo continua imbatível. Menos mal que o alemão Dário não embarcou no teleférico do Nildão, caso contrário era mais uma pra lista. E a saúde, educação, transporte coletivo? Nossa, quanta promessa boa de não cumprir está embutida nestes temas. Esporte, áreas de lazer como parques e outros equipamentos? Ora isso não vale nenhum tipo de comprometimento com a população. É bobagem, tanto que nem constou de qualquer manifestação dos candidatos. E pra encerrar esse papo que já ficou comprido demais, uma boa justificativa para promessas não cumpridas pode vir da comissão que estuda o orçamento para a futura administração de Floripa: o chefe, “Il Capo di Tutti Capi” nesta operação chama-se Juarez Silveira. O da moeda verde, lembram?

Um elefante alvinegro

Um estádio moderno, que custou R$ 380 milhões, utilizado recentemente para os Jogos Pan-Americanos, segundo a CBF não tem condições para abrigar o clássico entre Botafogo (mandante) e Flamengo pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Vai ser no Maracanã. Há quem diga que esse é mais um dos fortes indícios sobre a necessidade de “fazer” o Flamengo campeão brasileiro de 2008, lembrando que ano passado já foi um escândalo a mudança de tabela com adiamento de partidas para que o clube pudesse recuperar e contratar alguns jogadores. É um episódio emblemático por tudo que o envolve. Esta praça esportiva vetada pelo Rei Ricardo e sua corte e que é a casa do Botafogo, serviu de palco para o confronto contra o São Paulo ontem à noite e tem sido utilizada em todos os jogos do Campeonato Brasileiro. Vale dizer que a administração do estádio depois do Pan passou para o sem teto Botafogo que, lógico, aceitou a incumbência. Isso se deu porque as autoridades estaduais decidiram não encarar os compromissos assumidos com um equipamento esportivo daquele porte, que custou os olhos da cara, financiado com recursos dos nossos impostos, e que acabou enjeitado pelos gestores públicos. Cada vez que assuntos como esse vêm à tona a gente lembra o relatório do Tribunal de Contas da União sobre os Jogos Pan-Americanos de 2007 no Rio de Janeiro e que permanece misteriosamente retido em algum gabinete na capital federal.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Dunga e Dieguito

A Associação de Futebol da Argentina (AFA) arrumou uma boa encrenca com o torcedor ao confirmar Diego Armando Maradona como técnico da seleção. É uma aposta de risco. Claro que os cartolas tiveram o cuidado de formar uma comissão técnica que tem Carlos Bilardo, campeão do mundo pela Argentina em 1986. Surpresa e desconfiança estão juntas nas primeiras avaliações da mídia e da arquibancada. Para consolo de Dunga que agora passa a dividir críticas com um vizinho igualmente sem experiência como treinador.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Os senhores dos anéis"

Em tempo de aspirações brasileiras a sedes de Copa do Mundo e Olimpíada, e após a realização no país dos Jogos Pan-Americanos, é bom ler o texto que fui buscar no blog do Juka Kfouri, um dos poucos jornalistas da nossa mídia que marca em cima e denuncia as intermináveis travessuras da cartolagem, seja no futebol ou no esporte amador, que hoje de amador não tem mais nada.

Por LINO CASTELLANI FILHO

Do "Observatório do Esporte"

No COB, seu atual mandatário já tem assegurado o mando até 2012, quando completará 17 anos na sua presidência.
O presidente da CBA já está no poder a 21 anos, o mesmo número de anos do presidente da confederação de Taekwondo.
Na CBDA são 20 anos.
No boxe, 11.
Lá fora também é assim.
Pergunto: e daí?
Na "pátria das chuteiras" o presidente da CBF não sai de lá até 2014, quando o Brasil (?) sediará a Copa do Mundo.

A comissão por ele composta para "coordenar" os procedimentos organizacionais da competição nos faz de tolos, assim como os editais que se avolumam em sucessivas edições do "Diário Oficial" fazendo alusão aos recursos públicos liberados pelo Ministério do Esporte por conta da candidatura (só dela!) do Brasil (?) à sede das Olimpíadas de 2016, enquanto aguardamos as respostas aos pareceres do TCU acerca dos gastos do PAN/2007.

Tudo isso nos fez lembrar das palavras ditas, logo na introdução, pelos autores do já clássico "Os senhores dos anéis" (The Lord of the Rings, VyvSimson e Andrew Jennings, 1992).
Não da trilogia sucesso das bilheterias dos cinemas, mas sim a que faz referência a uma dura realidade, por mais que pareça, tal qual a primeira, obra de ficção, e que trás como subtítulo "Poder, dinheiro e drogas nas Olimpíadas Modernas":A elas:"Para nossa surpresa, nos deparamos com a investigação mais difícil de nossas vidas. Nos últimos anos escrevemos e fizemos documentários para a televisão sobre a Máfia, o caso Irã-Contras, o terrorismo, a corrupção na Scotland Yard e outras áreas sombrias da vida pública.O mundo do esporte amador olímpico provou ser o mais difícil de penetrar. Jamais encontramos tantas dificuldades em conseguir entrevistas autorizadas, documentos e fontes primárias...".

No dito popular, vão-se os anéis, ficam os dedos.

Se não tomarmos cuidado nem eles sobrarão!

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eleição e futebol

Tem coisa mais sem graça hoje do que ser eleitor ou torcedor? Não tem. Vivemos na democracia, mas sob o tacão da lei do não pode. Na eleição proibiram muita coisa aos eleitores e aos candidatos. Os debates não têm debates. Não pode boca de urna, bandeiras só até a véspera, falar mal do adversário só em ocasiões especiais, a mídia pisa em ovos, medindo segundos na televisão e no rádio, centímetros em jornais. Tem que ser dois pra lá, dois pra cá, se não o TRE ferra. Tudo em nome de um equilíbrio de condições. Ridículo e hipócrita é o mínimo. A Lei Falcão era mais sincera. O torcedor em Santa Catarina passa pelo mesmo aperto e constrangimento das proibições. Em nome da segurança as arquibancadas e proximidades dos estádios viraram templos descoloridos de meditação e pureza. Vibração agora somente em shows do padre Marcelo. As torcidas aos poucos vão perdendo o embalo, despindo de cor e emoção as rivalidades tão importantes para um jogo de futebol como eram os comícios em época de eleição. Daqui a pouco a PM precisará saber até a cor da cueca do torcedor visitante. Se for parecida com a camisa do seu clube, tira e pega na saída. Bandeiras entram, mas sem mastro. Cervejinha só a quilômetros de distância. Se o jogo for em Florianópolis pode beber lá em São José, e vice-versa. Desse jeito é mais honesto o fim do voto obrigatório e proibição total de torcida nas arquibancadas. Usemos a eletrônica em nome do equilíbrio e da segurança: acabem com as seções eleitorais e quem quiser que vote pelo celular ou outros métodos que a modernidade criar. E o torcedor que fique em casa vendo jogos pela tevê. Assim os tribunais regionais eleitorais, ministério público, polícia militar, federações de futebol e associações de clubes viverão tranqüilos e felizes para sempre. E com muitos e bons motivos para comemorar o fim da emoção nas urnas e arquibancadas.

Goleadas históricas

O PT nasceu em São Paulo e, grosso modo, se criou no Rio Grande do Sul, justo onde acaba de sofrer as maiores derrotas de sua historia em eleições municipais. Marta Suplicy na capital paulista e Maria do Rosário, em Porto Alegre, foram responsáveis pelos grandes fracassos eleitorais petistas em 2008. Um mico nas urnas e uma grande goleada de votos que os petistas não imaginavam acontecer, confiando no favoritismo em um caso, equilíbrio no outro.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Pra que serve o esporte

O percurso do fogo simbólico dos Jogos Abertos começa dia 27, passando pelas 36 secretarias regionais até chegar às quatro sedes do evento que será disputado a partir de 13 de novembro em Pomerode, Timbó, Indaial e Rio dos Cedros. É o escracho do aproveitamento do esporte por políticos, nada mais. Apoio que é bom não merece a atenção da classe política capaz, isto sim, de acabar com o pouco que existe, como ocorreu com a Fundação Municipal de Esporte de Florianópolis e outras instituições similares de vários municípios catarinenses.

Lembrete ao Prefeito de Floripa

Tomara que o prefeito de Florianópolis, ao comemorar no final deste domingo o resultado das urnas, não esqueça de uma das maiores prioridades da Capital, mote inclusive para muitas promessas e discussões na campanha eleitoral. Estou falando dos acessos ao sul da Ilha e ao aeroporto Hercílio Luz, até hoje uma obra inconclusa e razão de grandes transtornos para a população. Sofrem os que chegam, quem precisa viajar, quem procura as praias do sul e quem, nestes dez bicudos anos avaianos, fez o trajeto para o estádio da Ressacada. A diretoria do Avaí, prestes a sentir os ares e compromissos mais sérios da divisão de elite do futebol brasileiro, quer 12 mil torcedores no jogo desta noite de sábado contra o Marília. Seria bom que Dário e Amin – esse já conhece o difícil caminho da roça – experimentassem chegar à Ressacada perto da hora da partida.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Manobra dissimuladora

Ganha corpo no Figueirense a idéia de que o clube deve trabalhar forte junto à CBF a questão das arbitragens para as últimas rodadas. Entendo isso como uma conveniente inversão de atenções, coisa típica de quem não teve o cuidado necessário na preparação para um campeonato tão longo e difícil como o nosso Brasileirão. Com a água próxima do queixo e a torcida impaciente é hora de tapar o sol com a peneira ou arrumar uma boa e espessa cortina de fumaça capaz de encobrir os verdadeiros motivos para o fracasso na temporada.

Falcão por Falcão

Saudei o final do Mundial de Futsal sem nenhum incidente que pudesse, como dizem os mais prolixos, empanar o brilho da competição. Desinformação minha. À noite, ao assistir os programas esportivos, tomei conhecimento da agressão de Falcão a um jogador espanhol, e sua corrida para se proteger atrás de uma fila de torcedores. Como é mesmo que se chama isso? O incidente por si só explica Falcão, atleta consagrado por sua qualidade técnica, mas sempre contestado por atitudes nada condizentes com um ícone do esporte. Como são muitos os envolvimentos de Falcão com jogadores e torcida adversária, confirma-se a suspeita de que ele sempre foi um ídolo de pés de barro.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Mesa de bar

Noite dessas fui a um bar tradicional de Florianópolis, um dos poucos que sobreviveu às pizzarias e aos bufês a quilo. Ali encontrei muita gente em torno de uma mesa dividida entre jornalistas, sindicalistas, professores aposentados, desempregados, blogueiros, entre outros desgarrados. Uma das figuras me chamou a atenção, dedicado unicamente ao seu computador portátil, sem se incomodar com a gritaria em volta, o vai e vem de copos e garrafas. Conheço o personagem de longa data e só ouvi dele quando cheguei, como cumprimento, algumas frases desconexas, gritadas no meio daquela barulheira. O pouco que pude entender tinha a ver com a disputa entre Dário e Amin, assunto predominante naquele canto do bar. Fui para outra mesa, atendendo outros interesses, mas de lá não tirei o olho do cara, obcecado como criança manipulando um brinquedo novo. Fiquei preocupado com o seu estupor, olhos fixos na tela, dedilhando um texto interminável. Não tomou um copo, não comeu nada, não conversou com ninguém durante cerca de duas horas. Lá pelas tantas o pessoal começou a circular, e ele sozinho, sem dar bola para o que se passava em volta. Só queria escrever, escrever e escrever. Na saída consultei um ex-companheiro de redação dos tempos da brilhantina e comentei sobre aquela esquisitice do amigo comum. “E o pior é que o Amin acredita que ele vai ajudá-lo a ganhar a eleição”, ouvi como resposta.

domingo, 19 de outubro de 2008

Os fantasmas do Mário

Mário Sérgio viu má fé na atuação do árbitro Sérgio Carvalho no empate do Figueirense com o Ipatinga. Foi um péssimo resultado para o seu time e Mário conseguiu fazer elucubrações fantásticas para chegar à conclusão que Carvalho, que é Distrito Federal, tinha interesse em prejudicar o Figueirense para beneficiar clubes cariocas que estão na zona de rebaixamento. Isso é o que se chama de imaginação fértil.

Craque pornô

Eva Roob, 23 anos, decidiu trocar definitivamente de nome e profissão. Vai se chamar Samira Summer, nome que passará a usar como atriz do cinema pornográfico alemão. Eva, ou Samira, decidiu abandonar o Nuremberg, da segunda divisão alemã, por causa dos baixos salários e ao estresse a que estava submetida acumulando profissões. Terminava de gravar às 5 da manhã e às 10 horas já estava em campo para treinar. Isso aconteceu na Alemanha, país das campeãs mundiais e de salários bem mais altos que no Brasil. Com o que se paga por aqui vai faltar filme para tantas ex-jogadoras.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O esporte que se lixe

Falar em esporte na campanha eleitoral parece desmerecer os candidatos. Sinto isso desde os embates do primeiro turno. Em Florianópolis Dário Berger e Esperidião Amin não apresentaram nada concretamente, como mostrou o debate da quinta-feira. A não ser quando cobrados por rara intervenção de algum eleitor comprometido com o assunto, nesse tempo todo de campanha nada de novo apareceu pela boca dos candidatos. Os programas, tanto de Dário como de Amin, ignoram o esporte completamente. Levando em conta o que o atual prefeito, licenciado para a campanha, fez com a Fundação Municipal de Esportes, só poderemos esperar pelo pior. Além de colocar lá um ex-atleta do voleibol, olímpico nas suas conquistas, mas zero à esquerda na administração da FME, Dário acabou com o pouco que tinha aquela instituição. Esperidião Amin não sei se vai fazer muito caso eleito. Tanto o alemão como o turco, me permitam a intimidade, estarão mais preocupados em acomodar aliados de ocasião, o que vai dar naquilo que tem acontecido nos últimos governos estaduais graças ao irresponsável loteamento de cargos. Pior toda a vida para o esporte, sempre encarado como tema menor, e que acaba parando na mão de incompetentes, de gente que não tem nenhum comprometimento com o segmento em todas as suas variantes.

Vexame internacional

O Mundial de Futsal está chegando ao fim como começou, carregado daquelas impurezas que vivem contaminando a modalidade, tais como escores absurdos, baixo nível técnico e times inteiros legalizados a base da naturalização. Tudo isso sob a tutela da FIFA e em paralelo à permanente campanha para sua transformação em esporte olímpico. O real é que o futsal não toma jeito, não mostra a seriedade necessária para atingir seu maior objetivo. A semifinal entre Espanha e Itália foi mais um episódio a lamentar neste evento. Um árbitro de Cuba e outro do Panamá, representantes de países que sequer têm uma liga, mudaram irregularmente o resultado final do jogo e decretaram a eliminação italiana. A competição ainda não terminou, falta a final entre Brasil e Espanha e estamos na expectativa, claro, de um título brasileiro. Tudo de acordo com as leis do esporte para que o vexame não aumente de tamanho.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Burro, burro, burro...

O Brasil entrou em campo para enfrentar a Colômbia, no Maracanã, com três volantes. E nosso temido adversário estava desfalcado de três titulares. Mas Dunga fez mais. Escalou o zagueiro Juan sem condições totais de jogo, tanto que acabou queimando a terceira substituição no segundo tempo. Elano passou o jogo cobrando escanteios quando o time dispunha de gente mais habilidosa para tal. E as substituições? Deixou Alex no banco para insistir com o trio casca grossa e ainda por cima, na hora da troca, tirou Elano, o mais técnico dos três. Colocou Alexandre Pato para se juntar ao desassistido Jô, entregue isolado à marcação da zaga adversária. Com o meio campo pedindo um armador de ofício, Dunga tirou Mancini da cartola. Essa, digamos, ausência de inteligência do treinador, criou um monstrengo chamado de time que por sinal não fez nenhum treino tático antes da partida contra a Colômbia. Dunga limitou-se a “orientar” uma brincadeira inoportuna e de mau gosto no gramado do Maracanã. Mais de 50 mil torcedores vaiaram, xingaram e deram adeus mais uma vez ao Dunga, técnico de um time que não faz gols em casa há 270 minutos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Anarquia oficial

Os dirigentes da Federação Catarinense de Futebol não se dão ao respeito e trabalham para desmoralizar o seu melhor produto. É a única leitura que se pode fazer com o desenvolvimento dos campeonatos das divisões inferiores, chamadas de acesso ou outro apelido qualquer. É estarrecedor ver, a cada ano, times sem a mínima condição de enfrentar uma competição profissional participando dos eventos da FCF. O resultado é uma verdadeira caravana da miséria, esmolando até para pagar transporte e alimentação de seus times, terminando com o abandono do campeonato. Felizmente para a Federação e seu presidente Delfim a grande mídia anda ocupada demais com Avaí, Figueirense e Criciúma, futebol carioca e paulista, sem fazer o mínimo registro sobre essa bagunça oficializada justamente pela instituição que deveria zelar pela boa organização de suas competições e respeito aos seus filiados. Sem contar outros comprometimentos que impedem uma análise séria e isenta das atividades da Federação.