Não faltaram bons ingredientes para que o amistoso da quase madrugada se transformasse num dramalhão como os protagonizados na década de 60 pela atriz e cantora de tangos, a argentina radicada no México, Libertad Lamarque. Nascida em Rosário no início do século passado, Lamarque apareceu nos principais filmes produzidos pela mexicana Pelmex, certeza de espectadores lacrimejantes.
Fechado o parêntesis para explicar como no México se cultua a interpretação dos mariachis e suas músicas cheia de dramas amorosos, vamos ao roteiro. Guardado, por exemplo, é um nome difícil de esquecer. Com o México vencendo por 1 a 0, graças ao gol contra do zagueiro Davi Luiz, deu uma “cantinflada” (quem lembra do Cantinflas?) cobrando o pênalti que Jeferson defendeu. Foi no finalzinho do primeiro tempo e o Brasil ficou com dez jogadores por causa da expulsão de Daniel Alves, autor da falta capital. No segundo tempo Jeferson evitou o 0 a 2 ao defender a bola cabeceada em cima por um tal de Chucharrito.
A essa altura do jogo começou o sofrimento para a grande torcida mexicana que lotou as arquibancadas do belo estádio de Torreon para assistir um show e a manutenção de invencibilidade do seu time. Faltou lenço para os torcedores locais depois que Ronaldinho com maestria fez de falta o primeiro gol brasileiro e Marcelo garantiu a virada marcando um golaço. Esse versátil jogador, titular absoluto da lateral esquerda do Real Madri, não entrava no time porque Mano Menezes estava de mal com ele. Como aconteceu com o Hernanes, que foi a campo aos 47 minutos do segundo tempo. Contribuições do nosso treinador para incrementar o dramalhão que felizmente para nós terminou bem ao estilo mexicano.
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