quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A Copa, ora a Copa

Cada vez mais sinto que a Copa e o futebol estão muito distantes daquilo que se fala tanto no país sobre o esporte do povo. Os caras lá na Suíça decidem tudo, o que fazer por aqui, a que horas devemos assistir futebol, a marca do refrigerante, da cerveja, que tipo de cachorro quente podemos comer, só pipoca salgada ou vale também a doce, qual a salsicha (acho que Sadia e Perdigão não pode), como deve ser o uniforme das seleções, da arbitragem, que tipo de estádio devemos ter (derrubem tudo o que já existe se não, não pode).

Até o meu Beira Rio, onde por conta da campanha de ajuda à construção tenho lá uns tijolinhos, foi pro beleléu e acabou eliminado. Ou seja, tanto faz a Copa começar aqui ou ali, terminar acolá. Vou mesmo ficar no meu canto, na frente da televisão, longe da vibração e do desconforto dos nossos estádios.


(Cópia de um email que mandei para o amigo Nei Duclós em resposta à sua pergunta e suas inteligentes ironias sobre o que eu achava das escolhas da FIFA e da CBF – “Especial de muito luxo! Gostaste do Itaquerão abrindo a Copa? Torcia pelo Pacaembu, aquela glória de pequeno grande estádio, numa cerimônia só para convidados! Ou até mesmo no Morumbi, obra do Paulo Machado de Carvalho, nosso Marechal”.)

2 comentários:

  1. É um escândalo só, Mario.Um desplante assassino. Bastava dar up-grade em alguns grandes estádios e construir outros dentro de critérios não insanos. Mas tudo fica em torno do ego desses pilantras que tomaram conta do país, de todas as tendências, do futebol, a cargo dessas máfias de dentro e de fora das fronteiras. Bandidos poderosos.

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  2. Caro Nei, essa arenga da Copa tá me cansando. O pior é que a gente já sabia e nem é preciso ter bola de cristal ou jogar búzios. Assino teu comentário

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