Cara ensanguentada é a marca do lutador UFC
Pancadaria, muito sangue, exploração explícita da violência e o povo urrando de satisfação nas arquibancadas assistindo homenzarrões sarados se enfrentando a socos e pontapés. Pão e circo em um tipo de entretenimento classificado como esporte por aqueles que descobriram o filão com garantia de arenas lotadas e totalidade de ingressos vendidos antecipadamente a preços nada populares.
É o tal do UFC - Ultimate Fighting Championship - uma luta estúpida, invenção americana que mistura boxe com artes marciais e ganha espaços descomunais na mídia do mundo inteiro. Basta acessar os sites e suas páginas esportivas para se ter uma boa idéia da banalização da violência e da estupidez do ser humano. Não foi diferente na semana brasileira, no Rio de Janeiro, em uma arena montada na Barra da Tijuca lotada de celebridades, com muitos jogadores de futebol – Ronaldão Tim Maia estava lá – e astros da televisão. Noticiário garantido todos os dias, em todos os horários, cujo ápice para delírio do povaréu aconteceu na programação dos confrontos do sábado à noite.
Alguns dos principais clubes brasileiros, entre eles Corinthians, Flamengo e Inter, atraídos pela espetacular exposição midiática, investiram um punhado de dólares para ter sob suas bandeiras e escudos os nomes dos melhores lutadores. Estou curioso para saber qual a repercussão fora destes coliseus modernos junto àquela parcela de torcedores (?)que baba de prazer vendo os gladiadores com a cara ensanguentada ao final de cada combate.
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