segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tá na cara, o voto não é a nossa arma


Um somatório de incompetência, desleixo, omissão e falta de interesse para com as necessidades da população, trazem a rotineira manchete sobre novo atraso nas obras de ampliação do aeroporto Hercílio Luz. Que de internacional aquilo não tem nada a gente já sabe faz tempo, principalmente depois que fizeram aquele puxadinho ridículo, um barracão chamado de sala de embarque.

É um emaranhado de burocracia, de mentiras e desfaçatez que fariam corar um frade de pedra. Continuam as desculpas esfarrapadas que envolvem também o acesso ao que hoje chamam de aeroporto. Uma secretaria de estado empurra responsabilidades para os licenciamentos da Fatma, que passa a bola para as dificuldades das desapropriações aolongo da avenida Diomício Freitas. O assunto volta para a secretaria e o secretário da vez, e nada de solução.

O impressionante nesse vai da valsa é a inoperância da bancada catarinense na Câmara e Senado, enquanto aqui os deputados estaduais colaboram assistindo de camarote o jogo de empurra em obras fundamentais para o futuro do estado e conforto dos seus eleitores. Para essa turma que anda de helicóptero e jatinho pra lá e pra cá não faz muita diferença um aeroporto ruim ou uma estrada assassina como a 101 Sul escancarando o estágio atual da política e dos políticos brasileiros.

Vejam só que interessante.Dia desses a deputada estadual Ângela Albino (PC do B) e a federal Ângela Amin (PP) usaram o tuíter para se queixar da vida e da estrada. As Ângelas, em dias e horários diferentes, ficaram trancadas em engarrafamentos na 101, uma no pedágio de Palhoça e outra mais adiante, sem informar exatamente sua localização. Não legislam nem atuam nem em causa própria. Pelo menos é o que parece.

É o caso de nós contribuintes, que não temos alternativas aéreas nem terrestres, lutarmos contra a ineficiência e os mal feitos de alguns destes ilustres parlamentares do todos os partidos nas várias instâncias onde atuam os eleitos por nós, pobres mortais, que não ganhamos 14 salários, jetons, diárias e outras benesses.

Vamos para o terceiro presidente desde FHC e as promessas, nesses dois casos especialmente, não foram cumpridas, nem por ele, muito menos pelos sucessores. Como aqui, com nossos respeitáveis governadores e seus secretariados de fantasia. O triste é constatar que as urnas não dão jeito nisso. O voto não é definitivamente a nossa arma. É a deles.

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