quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quem inventa é...


Não gosto de escrever sobre jogos e seus resultados. Tem muita gente boa e competente para fazer isso entre os profetas do acontecido, torcedores travestidos de jornalistas e outros que são torcedores assumidos. Não nos esqueçamos dos verdadeiros birutas de aeroporto, cuja opinião é comandada pelos ventos que costumam soprar forte no Scarpelli e na Ressacada, principalmente em tempos de pesca da tainha.

A derrota do Avaí está nesse contexto, com conclusões para todos os gostos, e o óbvio pululando por microfones e colunas de jornais. É uma realidade imposta pelo futebol e tento circular pela periferia dos fatos. Mas não há como fugir e acabo inserido na turba para dar meus pitacos. Pra começo de conversa embarco na obviedade: o técnico do Avaí é um genérico hilário do personagem Disney, o Professor Pardal.

A cada jogo uma invencionice. Vai dando certo até o primeiro grande tropeço, geralmente nos momentos decisivos. Como aconteceu no campeonato catarinense e repetiu-se quarta-feira à noite na Ressacada, eliminando o Avaí da Copa do Brasil. Silas inventou tanto, mas tanto, que conseguiu irritar a torcida antes mesmo de o jogo começar. Era o anúncio da tragédia provocada por experiências inoportunas e absurdas.

Durante todo o dia e até o começo da noite houve muito oba-oba, muita paparicação sobre treinador, jogadores e dirigentes. Nenhuma perguntinha, uma só que fosse a respeito das possibilidades de um time com deficiências escancaradas e por que até aqui não foram sanadas, ou sobre os mistérios de Silas na escalação. Porta arrombada, o mundo desabou e vieram críticas ferozes, as constatações óbvias. O Avaí tem sérias carências, o treinador inventa muito ao escalar e mexer no time, enquanto diretoria e parceiros vivem tapando o sol com a peneira.

Não fosse o personagem tão antigo daria para pesquisar de qual vestiário o desenhista Carl Barks tirou inspiração ao criar para a Walt Disney Company o Professor Pardal e suas desastradas invenções.

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