Assisti às decisões do domingo, dia apropriado às preces, com um olho no padre, outro na missa. Concentrado especialmente na final entre Chapecoense e Criciúma, zapeando pelo Grenal e Santos contra São Paulo, cheguei a uma conclusão que pode valer uma reclamatória trabalhista vinda lá de cima. Ouvindo as entrevistas e os agradecimentos pós-jogos percebi que o Senhor Deus fará jus a um montão de horas extras. Ficou claro nas declarações e camisetas de muitos jogadores. Deus trabalhou e protegeu todos os clubes envolvidos com as finais dos estaduais. Isso que nem consultei o nordeste, fiquei apenas por São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Até porque na Bahia a turma se garante sozinha, sem necessitar de ajuda externa
Murici Ramalho contou com o socorro dos céus para levar o Santos ao título paulista, mais um na carreira deste vitorioso treinador. O Senhor deve suar a camisa para ajudar a saciar a fome de títulos do Ramalho. Outra ajudinha providencial salvou a pele do Falcão no Inter, com pouco mais de um mês de casa e já com o cargo ameaçado. Deus chegou a tempo no Estádio Olímpico para contribuir com a vitória colorada nos pênaltis. Bem que eu notei uma sombra estranha conduzindo a bola para dentro do gol na cobrança do Zé Roberto e que o goleiro do Grêmio não conseguiu defender.
Agora, trabalheira mesmo deram a Chapecoense e seu treinador, o tetra-vice Mauro Ovelha. O homem não dava jeito de ganhar um título. Só conseguia o segundo lugar, duas vezes com o Atlético de Ibirama, uma com o Joinville e outra com a própria Chapecoense. Mas finalmente Mauro e seu rebanho chegaram lá, passando por uma decisão complicada contra o Criciúma e que só teve final feliz, os jogadores garantem, graças à intervenção do Senhor Deus.
Como só Jesus salva, pelo jeito ele teve que trabalhar em dobro no domingo, justo o dia em que a hora extra deve ser paga em dobro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário