terça-feira, 17 de junho de 2008

Terça-feira

Tempo perdido

Pior do que a apresentação da seleção brasileira e a derrota para o Paraguai é constatar o desperdício de tempo de Dunga. Desde que assumiu há dois anos o técnico nunca se preocupou com o futuro (cadê nosso time olímpico?), assunto que trata com desdém como demonstrou na entrevista coletiva após o fiasco em Assunção. Sua insistência nesta eliminatória com jogadores que não estarão na Copa do Mundo na África do Sul é irritante. Ao invés da renovação prefere, por exemplo, teimar com Mineiro, Josué, Gilberto Silva para o meio campo e alguns menos qualificados em outros setores. Deu até para entender a derrota para a Venezuela, amistoso bom para experiências, desde que elas sejam aproveitadas mais adiante. Aí vem um jogo oficial, valendo vaga para a Copa, e Dunga escala um time covarde para jogar uma partida quem nada tem a ver com a cara do futebol brasileiro. É muito mais parecido com o Dunga, sujeito mal humorado, casmurro, rabugento, que parece acordar brigado com o mundo. Não faço parte da troupe que bate por bater, que critica no rastro do preconceito e da intolerância pelo simples fato de Dunga não pertencer ao eixo. Fora do Rio e São Paulo não existe competência na visão caolha desta mídia. Só que o atual treinador da seleção brasileira segue atirando pérola aos porcos, construindo jogo a jogo o cadafalso para o seu enforcamento. Só falta chutar o banquinho para vê-lo de língua de fora pendurado no vazio de um fracasso que a torcida brasileira, coberta de razão, não aceita porque tem vergonha de ver seu time em campo. Já estão dizendo por aí que a nossa seleção está caindo de novo no colo do Luxemburgo.

O gordo e o magro

O rechonchudo Cabañas virou carrasco dos brasileiros com cinco gols no Santos e Flamengo pela Libertadores, mais o baile na seleção. Fez um gol, deu outro para o magrela Roque Santa Cruz, chutou bolas na trave e descadeirou nossos zagueiros. Sem esquecer que o Brasil jogou contra dez todo o segundo tempo.

Pão de queijo

Que Argentina é essa que vem por aí? Aquela do empate com o Equador aos 48 do segundo tempo? Se for essa, o prazo de validade de Dunga estará automaticamente prorrogado. Duvido muito que no jogo desta quarta-feira em Belo Horizonte “los hermanos” repitam contra o Brasil a mediocridade dominical de Buenos Aires. Tomara os ares mineiros e os fluídos de suas santas cidades façam bem ao time e inspirem Dunga, principalmente devolvendo o talento aos que o tem, além de enxertar bom senso nos que insistem em desprezá-lo.

Tal pai, tal filho

De um outro jeito e por outras razões Dunga repete a última passagem de Parreira pela seleção. Aceita sem discutir as imposições de Ricardo Teixeira para atender interesses da CBF que pouco têm a ver com futebol. Enquanto outras seleções procuram amistosos contra equipes de qualidade, a nossa vai para os Estados Unidos jogar em gramados improvisados para ganhar ridiculamente do Canadá e perder pela primeira vez na história para a Venezuela. Passados alguns anos dá para entender as razões da curta passagem do Felipão no comando do Brasil. Ele ficou o tempo exato em que a corda esticada agüentaria sem rebentar.

Engarrafamento

Os problemas de trânsito em dias de jogo do Avaí na Ressacada estão repercutindo nacionalmente. O comentarista de economia da rádio CBN, Carlos Alberto Sardenberg, descreveu no programa em rede que comanda ao meio dia o tempo perdido na última sexta-feira a caminho do aeroporto quando ficou mais de uma hora parado no final da partida entre Avaí e Vila Nova.

Caseiras

Figueirense e Avaí em situações diversas fizeram o tal dever de casa. Enquanto um detonou os mineiros do Vila Nova o outro acalmou a torcida derrotando os reservas do recém sagrado campeão da Copa do Brasil. Já o Criciúma continua preocupando com tropeços dentro e fora de casa. Por enquanto o Campeonato Brasileiro tem servido apenas para tirar o sono do torcedor catarinense. Falta conferir que dores de cabeça nos darão Marcílio Dias e Metropolitano na série C.









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