terça-feira, 3 de junho de 2008

Terça-feira

Piada de mau gosto

A participação catarinense em quatro rodadas nas duas séries do Brasileiro é decepcionante. E mais que isso, é preocupante em relação ao futuro na competição. Prova, também, que o sucesso no campeonato regional não é indicativo de bons resultados em competições nacionais. Parece óbvio, mas nem sempre os dirigentes têm essa perspectiva para executar um planejamento adequado. O Avaí saiu do estadual apontado como o único entre os nossos com um time pronto para encarar o desafio da série B. Está mostrando que a realidade é outra. O Criciúma segue o mesmo caminho e até já trocou de treinador. No Figueirense da série A, onde o mistério é prioridade absoluta, a única coisa que não dá para esconder é a fragilidade do grupo, situação detectada por Alexandre Gallo e que Guilherme Macuglia resolveu encarar. O certo é que, ninguém ganha jogo, título, ou escapa do rebaixamento, imitando o pernambucano Íbis, rotulado de o pior time do mundo e presente nos noticiários esportivos apenas como piada para o país inteiro rir.

Caos

A Comissão de Arbitragem da CBF precisa reunir seus pupilos em uma grande teleconferência nacional para arrumar a casa. Quem, como eu, tem a chance de bisbilhotar vários jogos do Campeonato Brasileiro durante a semana, sente que a arbitragem brasileira vai de mal a pior. Com todos os descontos que possam ser dados em função dos tais lances de televisão – só vê quem está à frente de um monitor e tem o replay para conferir – é constrangedor o saldo de erros crassos a cada rodada. O pecado maior é a diferença de critérios para lances comuns de jogo, ou mesmo os mais discutidos, como carrinhos, faltas dentro da área, cartões amarelos e expulsões. A confusão em Recife, por exemplo, não pode ser creditada apenas ao destempero da polícia e do zagueiro do Botafogo. O árbitro Wilson Celeme, na verdade, foi um dos responsáveis pelo caso de polícia em que se transformou aquela partida.

Irresponsabilidade

Wilson de Souza Mendonça, árbitro Fifa, coisa e tal, foi outro personagem negativo do final de semana, no jogo da série B entre América de Natal e Ponte Preta. O gramado do estádio Machadão não tinha condições, com alagamentos por todo o canto por causa da chuva torrencial que caíra pouco antes da partida e que continuou depois. O Wilsão passeou pelo gramado de pés descalços, com uma bola na mão – porque no gramado ela não rolava – e, contrariando o bom senso, além de colocar em risco a integridade física dos jogadores, mandou os times entrarem em campo. Merece uma geladeira das boas, o que duvido que aconteça, ou então ser jogado no pantanal onde a partida foi disputada.

Já vai tarde

Dois milhões de dólares por um contrato de dez meses levaram Abel Braga do Inter para o Al Jazira, do Catar. A torcida colorada agradece penhoradamente a generosidade dos xeiques dos Emirados Árabes.

Pecado mortal

É praxe nos programas esportivos das nossas tevês a reprodução apenas dos gols, com omissão, na maioria das vezes, de detalhes importantes de uma partida que acabaram influenciando no resultado. Exemplo: no empate de sábado no Beira Rio, entre Inter e Sport, um zagueiro do time da casa foi expulso logo no início do segundo tempo e mais tarde o goleiro Renan defendeu um pênalti. Nada disso mereceu registro em texto ou imagens, coisa corriqueira nos noticiários, deixando o torcedor sem uma informação fundamental.

Nem um nem outro

Enquanto a Comissão Técnica da seleção brasileira se ocupa demasiadamente com futricas envolvendo Kaká e suas ausências nas convocações, continuamos sem um time confiável para as eliminatórias e a Copa de 2010. O que dizer então da Olimpíada de Pequim, da qual estamos distantes apenas dois meses?

Apostas

Fluminense ou Boca Juniors, Corinthians ou Sport? Eu não arrisco palpite. Os argentinos estão vivíssimos, há equilíbrio entre pernambucanos e paulistas. Pena é que as decisões de Libertadores e Copa do Brasil foram marcadas para o mesmo dia e horário. Força da televisão, prejuízo para os torcedores.





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