sábado, 7 de junho de 2008

Sábado/domingo

Com louvor

Renato Gaúcho e Mano Menezes estão próximos de duas grandes vitórias pessoais na difícil profissão que abraçaram. Um pode ganhar a Libertadores, o outro a Copa do Brasil. Como jogador Renato só não teve participações significativas pela seleção brasileira, resultado do seu temperamento instável que o direcionou muitas vezes para reações explosivas e para a indisciplina. Apesar de tudo, nos clubes por onde andou, esse ex-padeiro em Bento Gonçalves sempre foi um campeão. E como técnico já deu o título da Copa do Brasil ao Fluminense com um time montado pacientemente por ele, e remontado durante o campeonato carioca para a Libertadores. Mano saiu do interior do Rio Grande do Sul para se revelar no Grêmio como um dos bons treinadores da nova geração, abraçando agora o grande desafio de dirigir o Corinthians na segunda divisão. Os dois derrubaram as barreiras impostas pelo preconceito e pela desconfiança, passaram por todos os testes e não têm mais nada a provar para a exigente mídia esportiva brasileira. Mesmo que não confirmem as previsões de favoritismo para as duas competições em que seus times estão envolvidos.

Tipo exportação

Corinthians e Fluminense utilizam com sucesso na série B do Brasileiro e na Copa do Brasil jogadores revelados pelo Figueirense, embora não sejam produtos das suas divisões de base. Carlos Alberto é um ala moderno, de muito fôlego, que defende bem e aparece sempre no apoio. Na zaga o destaque é Chicão, técnico, vigoroso, que sabe sair jogando, vai ao ataque e até marca gols. O Flu tem Cícero, um coringa para Renato.

Tipo importação

Além dos “catarinas” supra citados o Corinthians conta com a raça e a técnica do argentino Herrera e do uruguaio Acosta. O Fluminense apostou em outro argentino, o Dario Conca, desprezado por todos os treinadores que passaram pelo Vasco enquanto lá esteve.

O gato vai comer

Que dinheiro é esse que o Marcílio Dias pretende gastar perdulariamente no projeto de construção de sua arena ou centro de treinamento? Seja lá o que for, é muita desfaçatez anunciar previsão de gastos de R$ 90 mil para uma festa do clube que vive franciscanamente, sem recursos para investimentos básicos, tipo montar um time para representar bem a cidade e o Estado na série C do Campeonato Brasileiro. Só empresário trouxa vai cair nessa esparrela e colaborar com a esbórnia em que acaba se transformando uma coisa séria como deveria ser o Fundesporte, origem dos R$ 270 mil que serão repassados ao Marcílio.

Tesouro à vista

O Ministro do Esporte Orlando Silva, o governador Sérgio Cabral, o prefeito César Maia e o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Artur Nuzmann, estão exultantes com a escolha do Rio de Janeiro para candidata finalista a sede da Olimpíada de 2016. Sentimento dividido com parte da mídia, que gosta de soltar o foguete e correr atrás da varinha que vai bater no fim do arco íris onde encontrará um pote cheio de ouro. O Tribunal de Contas da União precisa divulgar logo o relatório que tem pronto sobre os últimos Jogos Pan-americanos. Seria interessante, também, uma vistoria séria nos equipamentos construídos para este evento para sabermos o estado em que se encontram, quem os está administrando e com que finalidade.

O primeiro pato

O Náutico não pode jogar no Estádio dos Aflitos até o dia 11, quando o STJD julgará os incidentes que envolveram jogadores do Botafogo, Bebeto de Freitas, presidente do clube carioca e o policiamento. O auditor Paulo Schmitt pegou pesado com os pernambucanos e teve atendido seu pedido de interdição preventiva pelo presidente do Tribunal, Rubens Approbato. Tomara a casa não desabe apenas sobre a cabeça do Náutico e seus torcedores. Tem muito mais gente envolvida no episódio para essa corda arrebentar, como sempre, apenas no lado mais fraco, no caso um clube que não tem o peso político do Botafogo.

Dura lex

A tranqüilidade futura do Campeonato Brasileiro em todas as suas séries e a credibilidade da justiça desportiva dependem da decisão do STJD dia 11.











Nenhum comentário:

Postar um comentário