quinta-feira, 10 de abril de 2008

Qinta-feira

Esculhambação geral

Depois de muita confusão com intervenção do Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, CREA, vistorias minuciosas e interdição determinada por ordem judicial, o estádio Hercílio Luz, num passe de mágica, se transformou em uma das praças de esporte mais confortáveis e seguras de Santa Catarina. Não só o Marcílio Dias voltou a jogar ali como até o Joinville, punido com a perda de mando de campo em uma partida, resolveu utilizar o Gigantão das Avenidas. Uma varinha mágica deve ter dado um jeito nas arquibancadas, mexido nas cabines de imprensa, melhorado lanchonetes e a qualidade da comida, reformado vestiários e transformado em tapete o castigado gramado marcilista. E atenção maus entendedores. A referência sugere apenas uma alegoria, válida para todas as decisões tomadas ultimamente nos altos escalões da justiça, desportiva ou não, e do futebol catarinense.

As injustiças

Tem três sujeitos presos em Criciúma por causa daquele caso da bomba no estádio Heriberto Hulse. Presos, não julgados e, portanto, ainda sem punição. Enquanto isso a papelada do processo circula nas justiças comum e desportiva. No que se refere aos clubes, por exemplo, o caso terá apreciação no STJD, Rio de Janeiro. Ou volta para o pleno do TJD catarinense. Entre idas e vindas para atender aos ritos jurídicos, incluindo prazos, recursos, mudança na composição do TJD e outros qués-qués, poderemos assistir a continuação dessa palhaçada toda somente após o final do campeonato. Até lá o seu Ivo, com uma das mãos amputadas pela bomba, tem tempo para pensar como é tratado o cidadão brasileiro.

Pão-de-ló de festa

O único que não perde a viagem nessa interminável ridicularia é o presidente da Federação, Delfim Peixoto. Zeloso de seus compromissos com sua entidade e o nosso futebol, ele vai ao Rio de Janeiro assistir o julgamento empurrado para o pleno do STJD. Cuidado com a dengue, Presidente. Ignore o calor, leve camisas de manga comprida e repelente. Siga os conselhos do prefeito César, o da epidemia. Trate de voltar com saúde para acompanhar, com a isenção de sempre, os próximos capítulos deste rumoroso caso e as rodadas finais do campeonato.

Mosquito atleta

Diego Hipólito, o da ginástica, já deixou o hospital onde esteve internado por causa da dengue. Carlão, do vôlei e presidente da Fundação de Esportes de Florianópolis está em observação depois de voltar de uma viagem ao Rio de Janeiro.

Nem tudo é perfeito

Os jogos das duas últimas rodadas do returno do campeonato catarinense serão disputados no mesmo horário, exceção feita a Joinville x Metropolitano, programado para meia hora antes dos demais no estádio do Marcílio que não tem iluminação. Faltou pouco para um elogio ao bom senso. Este jogo tem a ver com a luta do Joinville na fuga do rebaixamento.
Dedicação recompensada

José Neves, presidente da Futebol Brasil Associado, entidade que cuida dos interesses dos clubes a Série B, ganha pelo esforço e dedicação à causa, a módica quantia de R$ 19,2 mil mensais. Fábio Koff, Clube dos 13, Série A, ganha R$ 43 mil.

Daltonismo cerebral

A RBS TV Porto Alegre cumpriu boa pauta ao fazer matéria com divulgação em rede sobre a evolução das torcidas femininas de Grêmio e Internacional. Tudo certo não tivesse a repórter Eduarda Streb comparecido ao estádio gremista com uma vistosa blusa vermelha. Cochilo imperdoável de editoria e reportagem. Doeu mais que nos olhos, acredito eu, de todos os gremistas, assistir aquele vermelho intenso à frente das mulheres tricolores em pleno pórtico do Estádio Olímpico. Quem mora na aldeia e conhece os caboclos sabe o que estou querendo dizer. Imaginem um repórter vestido de azul e branco fazendo matéria no meio da torcida do Figueirense, e vice-versa.

Formulismos

Já aconteceu por aqui vitimando o único clássico catarinense e agora os gaúchos resolveram imitar. Fizeram um campeonato com a possibilidade de não ser disputado um único Grenal. A eliminação do Grêmio antes da semifinal selou a burrice.

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