sábado, 22 de dezembro de 2007

Sábado/domingo



Carecas e cabeludos

O julgamento do carequinha Romário, ocorrido esta semana no Rio de Janeiro, dá bem a medida de como são tratados os assuntos do futebol brasileiro na seara do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, o STJD. Condenado a 120 dias de suspensão por três votos a dois, pelo positivo do seu exame antidoping do jogo contra o Palmeiras no Brasileiro, o jogador do Vasco deve ser absolvido em um próximo julgamento no Pleno. Só faltou um pedido de desculpas dos auditores da Segunda Comissão Disciplinar, cujo presidente, Otávio Augusto Toledo – voto de desempate -, ficou trancado em uma sala antes da sessão com o presidente interino do Vasco, Eurico Miranda. Finasterina, a substância encontrada em remédio para tratamento de calvície e presente na urina de Romário, foi a mesma que serviu para condenar Marcão,o cabeludo zagueiro do Inter, cujo recurso foi negado pelo STJD. Pelo jeito é dos carecas que “eles” gostam mais.

Intromissão

O regulamento das competições realizadas pela Fesporte é uma questão técnica e, portanto, deveria ser de competência exclusiva da área especializada da instituição, muito eficiente, por sinal. O Conselho Estadual de Desportos nunca entendeu assim, tanto que se acha no direito de aprovar ou não a regulamentação de Jogos Escolares, Olimpíada Escolar, Joguinhos e Jogos Abertos. Foi o que aconteceu novamente semana passada, em reunião ordinária e última do ano, nas dependências do Figueirense, clube que acabara de ser homenageado pelo Conselho Estadual com a Comenda do Mérito Desportivo. Já a fiscalização das aplicações dos recursos do Fundesporte, por exemplo, não merece tanto cuidado e atenção de alguns conselheiros.

E agora?

Um exemplo destes desvios de foco é o atleta revelação do ano no esporte amador de Santa Catarina, o riosulense Felipe Lorenzon. Ele ganhou ouro no lançamento do disco na Olesc, Jogos Escolares Brasileiros e Jogos Sul-Americanos, competições na faixa etária de 12 a 14 anos. A Fesporte fez a sua parte com competência, através da gerência do desporto escolar, estendendo-lhe a oportunidade de competir e acompanhando Felipe nos três eventos. De volta à casa, o que acontecerá com esse campeão? Provavelmente nada. A não ser que ele se disponha a correr atrás de apoio, patrocínio e maior estrutura para desenvolver seu talento, será mais um entre os tantos que ficaram pelo caminho por falta de uma política esportiva que dê sustentação futura a um atleta com DNA de campeão.

No centro do poder

O catarinense Jorge Lacerda da Rosa, presidente da Confederação Brasileira de Tênis – CBT - entende que na maioria dos países desenvolvidos a capital é o centro das decisões, diferente do que pensa, por exemplo, o presidente da nossa Federação de Futebol, Delfim Peixoto, escondida em Balneário Camboriú. Por isso é que Jorge pretende criar uma sub-sede da CBT em Brasília, onde ficará mais perto do poder e das decisões, Essa proximidade com o GDF, as estatais e o governo federal abrirá um caminho de negociações para fortalecimento do seu esporte muito mais fácil de ser percorrido, com acesso a patrocínios e estruturação do tênis brasileiro. A começar por um centro de treinamento com 12 quadras públicas, disponibilizadas pelo Governo do Distrito Federal. Lacerda de agora em diante estará mais tempo em Brasília do que em São Paulo, onde fica a sede da Confederação.

Promoção celeste

Caso vingue a suspensão de Romário por doping ele não poderá ficar no banco do Vasco para seus primeiros passos como treinador, profissão que lhe foi outorgada por Eurico Miranda. Nesse caso o auxiliar técnico Alfredo Sampaio, que quase caiu com o Avaí, toma o lugar do baixinho, oportunidade caída do céu administrado pelo Deus Eurico.

Injustiça

O doping de Rebeca Gusmão custou caro à equipe brasileira de natação no Pan-Americano. Tatiana Barbosa, Flávia Delaroli e Monique Ferreira (prata no 4x100 livre), Fabíola Molina, Tatiane Sakemi e Daiane Santos (bronze no 4x100 medley) perderam suas medalhas por causa da companheira.



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