quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Quinta-feira

Justiça

Houve de tudo na administração do Corinthians. A variedade de delitos graves é grande, mas nunca a CBF ou os tribunais aplicaram algum tipo de sanção ao clube paulista. Como acontece na Europa sempre que há infrações à lei, independente da importância e da força política de quem sai dos trilhos. Dirigentes vão para a cadeia e clubes são rebaixados para a segunda e até terceira divisões. No Brasil, ao contrário, Ricardo Teixeira, presidente da entidade que deveria zelar pela lei e pela ordem no futebol brasileiro, vai ao Congresso para fazer lobby e impedir a instalação de uma CPI que investigaria não só o Corinthians, mas todas as ações decorrentes de conhecidas irregularidades sempre convenientemente empurradas para baixo do tapete. Os presidentes de federações estaduais geralmente acompanham o seu líder máximo em suas investidas foras da lei. Felizmente ainda nos restou resultado de campo para corrigir injustiças e as patifarias cometidas pela cartolagem brasileira. Os corintianos que o digam.

Colheita

Torcedores do Figueirense devem cobrar dos dirigentes e treinadores que passaram pelo Orlando Scarpelli a participação mediana na temporada. Fracasso no estadual e, nada de Libertadores ou Sul-Americana, patamares estabelecidos nas promessas para a arquibancada. O time ficou aquém dos objetivos e boa parte da cobrança deve cair sobre a cabeça dos técnicos Alexandre Gallo e Mário Sérgio que, a certa altura dos campeonatos, enfrentaram os adversários montando suas equipes como se dirigissem o Arranca Toco futebol Clube. O Figueirense acabou colhendo o que foi plantado por gente que está mais interessada em negócios do que satisfazer as exigências de uma torcida a quem muito foi prometido e que hoje não tem nenhuma identificação com quem manda no clube.

Na praia

O bom trabalho de Geninho na recuperação do Sport não foi mais adiante em números por causa da derrota em Caxias para o rebaixado Juventude. A última rodada é sempre um perigo e pode macular uma campanha, como aconteceu com os pernambucanos.

Regionalismos

O Rio Grande do Norte subiu e desceu no campeonato brasileiro. O ABC chegou à série B, para onde caiu o América com uma participação vexatória na primeira divisão.

Ética ou a falta de

A “holding” de Wanderlei Luxemburgo assume o Joinville e já sobrevoa Criciúma e Corinthians. A empreitada inclui negociação de jogadores, certamente tarefa comum a empresários, situação que o Luxa sempre negou, mas que agora, através de sua empresa, começa a ficar escancarada. Sem prejuízos ou abalos na carreira do treinador Luxemburgo. Será?

Estrela

Quando a fase é boa, tudo e todos ajudam, inclusive o extra-quadra. Assim é a seleção vitoriosa de Bernardinho, capaz de provocar uma decisão inédita no voleibol, como reverter o placar adverso no Mundial do Japão, graças a um erro de rodízio dos donos da casa. A arbitragem retirou os pontos dos japoneses, que venciam o quarto set por 7 a 2, decisão que empurrou o Brasil para o 21º título em 26 disputados.

Vistorias (?)

O Criciúma pode jogar as primeiras rodadas do estadual no estádio do Próspera por conta de reformas no gramado do Heriberto Hulse. Ué, mas e as confusões de jogos lá realizados, já foram esquecidas? De ontem pra hoje parece que ficou tudo resolvido.

Tolices

As classificações do Cruzeiro para a Libertadores, e do Atlético para a Sul-Americana, derrubaram mais uma das tantas teorias formuladas antes da última rodada. O que ganhariam Leão e seus jogadores perdendo para o Palmeiras e prejudicando o Cruzeiro?

Pior, impossível

São Paulo, Santos, Flamengo, Fluminense e Cruzeiro estão na Libertadores. Grêmio, Palmeiras, Atlético Mineiro, Botafogo, Vasco e Internacional garantiram vaga na Sul-Americana. O Corinthians foi o único dos chamados grandes clubes com fracasso amplo, geral e irrestrito no campeonato brasileiro. Não chegou a lugar nenhum e ainda caiu para a segunda divisão.

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