SOS Mengo
Alguém tem dúvida de que a CBF está ajudando o Flamengo? Permitindo que o clube fique quatro jogos atrasados – sua diretoria exigiu esperar o fim do Pan para só jogar no Maracanã – será possível utilizar, a partir deste domingo, reforços contratados no exterior. É um tratamento escancaradamente diferenciado. Entretanto, o feitiço pode virar contra o feiticeiro, caso o time não agüente a pressão para recuperar o tempo perdido com bons resultados.
Balanço
Na avaliação do Comitê Olímpico Brasileiros houve uma evolução do nosso esporte com a conquista de mais medalhas neste Pan em relação ao anterior. A matemática está correta, mas é preciso avaliar, também, o que ganhamos e a quem superamos. Os atletas da pequena ilha de Fidel, isolada por grandes potências, continua à nossa frente. Como é que um país rico e imenso como o nosso ainda não conseguiu suplantar os cubanos, a não ser na modalidade vaia? A Olimpíada de 2008 e os Mundiais vêm aí para esclarecer estas e outras dúvidas.
Contrastes
O caderno de economia do jornal O Globo publicou matéria interessante esta semana, abordando os desvios de prioridades nos investimentos públicos. A Cidade de Deus, conglomerado populacional muito pobre, a apenas dois quilômetros da suntuosa Vila Pan-Americana, tem índices de desidratação infantil e de desenvolvimento humano bem piores do que muitas cidades nordestinas. Números que impressionam diante do que se gastou para a realização dos Jogos no Rio, perto de R$ 4 bilhões.
Operação desmanche
Tudo isso ganha contornos ainda mais indesejáveis com o que leio e ouço no noticiário pós-Pan sobre o aproveitamento futuro de locais de competição recém reformados ou construídos. O estádio Engenhão, por exemplo, pode ficar sob tutela do Botafogo por 20 anos, único candidato na licitação aberta. Logo o Botafogo que, apesar da sóbria administração do seu presidente Bebeto de Freitas, mal dá conta do seu quintal. E o que dizer das intenções do governador Sérgio Cabral e do prefeito do Rio, César Maia, dispostos a transformar em shoppings, casas de shows e estacionamentos, áreas do Maracananzinho, estádio Célio de Barros (atletismo), parques Júlio Delamare e Maria Lenk (natação) e, pasmem, o velódromo construído especialmente para a ocasião com madeira importada.
Carta de más intenções
O Brasil vai mal de saúde, educação, segurança, a carga tributária é monstruosa, relaxamos com o saneamento básico, a corrupção virou epidemia e ainda assim gastamos os tubos para fazer o Pan no Rio. Pior, queremos uma Copa do Mundo em 2014 e uma Olimpíada dois anos depois. O governador Sérgio Cabral não para de surfar nas ondas do esporte e até já inventou uma carta de intenções para ser encaminhada ao Comitê Olímpico Internacional.
Alquimistas
Há quem goste e leia o “mago” Paulo Coelho, há quem idolatre Romário e quem se disponha a beijar os pés (só?) da belíssima modelo Gisele Bundgen. São os nossos “embaixadores” escalados pelo Rei Ricardo no pleito da CBF junto à FIFA para garantir a Copa de 2014 no Brasil. A união do esporte com a cultura deveria render boa química, mas ninguém entendeu essa jogada.
Peteca
“Saber lidar com pepinos, tudo o que entra sai, tudo o que sobe desce”. Imagino o esporte praticado nos seus momentos de lazer pelo autor destas expressões, uma autoridade do governo Lula que, por essas e outras estripulias, já foi convidado a voar em outra freguesia.
Futuro
Faz tempo disse para um amigo torcedor do Avaí que a atual diretoria, sob o comando do presidente João Nilson Zunino, estava levando seu clube para um buraco do qual seria difícil sair. Meu amigo discordou injuriado, sugerindo que eu mudasse de profissão e abrisse uma tendinha com bola de cristal, búzios e cartas. Zero de conquistas, contas e passivos trabalhistas e a colocação do time neste brasileiro não me deixam mentir.
Gaúcho, amaaado...
Hoje tem Figueirense contra o Grêmio em Florianópolis, certeza de que aquele corinho original e criativo vai funcionar como nunca nas arquibancadas do estádio Orlando Scarpelli.
Alguém tem dúvida de que a CBF está ajudando o Flamengo? Permitindo que o clube fique quatro jogos atrasados – sua diretoria exigiu esperar o fim do Pan para só jogar no Maracanã – será possível utilizar, a partir deste domingo, reforços contratados no exterior. É um tratamento escancaradamente diferenciado. Entretanto, o feitiço pode virar contra o feiticeiro, caso o time não agüente a pressão para recuperar o tempo perdido com bons resultados.
Balanço
Na avaliação do Comitê Olímpico Brasileiros houve uma evolução do nosso esporte com a conquista de mais medalhas neste Pan em relação ao anterior. A matemática está correta, mas é preciso avaliar, também, o que ganhamos e a quem superamos. Os atletas da pequena ilha de Fidel, isolada por grandes potências, continua à nossa frente. Como é que um país rico e imenso como o nosso ainda não conseguiu suplantar os cubanos, a não ser na modalidade vaia? A Olimpíada de 2008 e os Mundiais vêm aí para esclarecer estas e outras dúvidas.
Contrastes
O caderno de economia do jornal O Globo publicou matéria interessante esta semana, abordando os desvios de prioridades nos investimentos públicos. A Cidade de Deus, conglomerado populacional muito pobre, a apenas dois quilômetros da suntuosa Vila Pan-Americana, tem índices de desidratação infantil e de desenvolvimento humano bem piores do que muitas cidades nordestinas. Números que impressionam diante do que se gastou para a realização dos Jogos no Rio, perto de R$ 4 bilhões.
Operação desmanche
Tudo isso ganha contornos ainda mais indesejáveis com o que leio e ouço no noticiário pós-Pan sobre o aproveitamento futuro de locais de competição recém reformados ou construídos. O estádio Engenhão, por exemplo, pode ficar sob tutela do Botafogo por 20 anos, único candidato na licitação aberta. Logo o Botafogo que, apesar da sóbria administração do seu presidente Bebeto de Freitas, mal dá conta do seu quintal. E o que dizer das intenções do governador Sérgio Cabral e do prefeito do Rio, César Maia, dispostos a transformar em shoppings, casas de shows e estacionamentos, áreas do Maracananzinho, estádio Célio de Barros (atletismo), parques Júlio Delamare e Maria Lenk (natação) e, pasmem, o velódromo construído especialmente para a ocasião com madeira importada.
Carta de más intenções
O Brasil vai mal de saúde, educação, segurança, a carga tributária é monstruosa, relaxamos com o saneamento básico, a corrupção virou epidemia e ainda assim gastamos os tubos para fazer o Pan no Rio. Pior, queremos uma Copa do Mundo em 2014 e uma Olimpíada dois anos depois. O governador Sérgio Cabral não para de surfar nas ondas do esporte e até já inventou uma carta de intenções para ser encaminhada ao Comitê Olímpico Internacional.
Alquimistas
Há quem goste e leia o “mago” Paulo Coelho, há quem idolatre Romário e quem se disponha a beijar os pés (só?) da belíssima modelo Gisele Bundgen. São os nossos “embaixadores” escalados pelo Rei Ricardo no pleito da CBF junto à FIFA para garantir a Copa de 2014 no Brasil. A união do esporte com a cultura deveria render boa química, mas ninguém entendeu essa jogada.
Peteca
“Saber lidar com pepinos, tudo o que entra sai, tudo o que sobe desce”. Imagino o esporte praticado nos seus momentos de lazer pelo autor destas expressões, uma autoridade do governo Lula que, por essas e outras estripulias, já foi convidado a voar em outra freguesia.
Futuro
Faz tempo disse para um amigo torcedor do Avaí que a atual diretoria, sob o comando do presidente João Nilson Zunino, estava levando seu clube para um buraco do qual seria difícil sair. Meu amigo discordou injuriado, sugerindo que eu mudasse de profissão e abrisse uma tendinha com bola de cristal, búzios e cartas. Zero de conquistas, contas e passivos trabalhistas e a colocação do time neste brasileiro não me deixam mentir.
Gaúcho, amaaado...
Hoje tem Figueirense contra o Grêmio em Florianópolis, certeza de que aquele corinho original e criativo vai funcionar como nunca nas arquibancadas do estádio Orlando Scarpelli.
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