sábado, 11 de agosto de 2007

Sábado

Plumas e paetês

Não sei por que (mas desconfio) a gauchada caiu de boca no assunto “homossexualismo no futebol”, tão logo a polêmica se instalou a partir da denúncia de discriminação do jogador Richarlyson, do São Paulo. Uma rádio de Porto Alegre chegou a montar um programa especial de debates, convidando jornalistas, dirigentes e uma “biba” da cidade, especialista na terminologia e no assunto em foco. Prova de que o tabu persiste nos meios esportivos, principalmente no futebol, o jornal Zero Hora não conseguiu ouvir os principais jogadores de Grêmio e Internacional. Apenas o experiente Tuta, atacante gremista, balbuciou algumas frases. A maioria pulou fora dizendo que não tinha nada a comentar. Um ex-dirigente do Grêmio revelou que na sua época foi obrigado a negociar dois atletas depois que estes manifestaram sua opção sexual, transformando o clima nos vestiários.

Replay

Mesmo correndo o risco de ser chato e repetitivo não dá para deixar de falar sobre as arbitragens do campeonato brasileiro. Principalmente por causa da rotina de erros grotescos que se estabeleceu envolvendo alguns dos principais nomes do apito nosso de cada dia. Carlos Eugênio Simon e Leonardo Gaciba, os gaúchos da Fifa, são hoje os freqüentadores mais assíduos do muro de lamentações. Simon tem sido o mais visado, da última vez na quarta-feira, no Maracanã, quando não viu à sua frente, uma falta sobre um jogador do Botafogo que determinou o segundo gol do São Paulo. Gaciba errou duas vezes em seqüência, também no Maracanã, quando marcou um pênalti contra o Palmeiras em tranco fora da área e, após a cobrança, deixou passar uma falta sobre o atacante do Fluminense. O grave, tanto na parte disciplinar como na técnica, é que são falhas perceptíveis a olho nu, sem a necessidade de repetição na tevê.

Baladeiros

A noite de Florianópolis exerce um fascínio incontrolável sobre a boleirada de fora contratada por Avaí e Figueirense. Com a inestimável colaboração dos meninos da casa, marmanjos e donos de seus narizes não resistem ao canto das sereias e terminam por embrenhar-se em atividades incompatíveis com o exercício da profissão. A cartolagem não tem mãos a medir na tentativa de evitar o roteiro noturno de seus atletas e os torcedores é que acabam de ressaca tantas são as decepções com os que deveriam suar a camisa em campo e não pelas casas noturnas da Capital.

Cantada

As edições da Playboy com a bandeirinha Ana Paula Oliveira esgotaram mas suas estórias, não. Ela mesma, depois que virou atração internacional, conta algumas e a última foi passada a um jornalista do argentino Clarin. Na cobrança de um escanteio, ouviu um galanteio do jogador e um pedido para troca de telefones para combinarem uma saída. “Não incomoda, cobra logo esse escanteio”, respondeu Ana Paula.

É do povo

Ronaldo Nazário, denunciado por gordo um ano depois da Copa pelo Rei Ricardo Teixeira, não quer polêmica com o presidente da CBF. Mas já mandou seu recado dizendo que a seleção não é dele e sim dos torcedores. “Eles é que podem dizer se me querem de volta”.

Crime

O equatoriano Reasco, lateral direito do São Paulo, foi colocado fora de combate com um pontapé no jogo de quarta-feira por Luciano Almeida, aquele que atuou no Criciúma. A deslealdade do botafoguense não mereceu nem advertência verbal e provocou fratura de tíbia no adversário que não joga mais este ano.

Perigo à vista

Ainda é cedo para sacramentar campeões nas duas séries do brasileiro. Mas está passando da hora para evitar o que seria um desastre para o futebol catarinense, no caso o rebaixamento de Figueirense e Avaí. Menos traumática no primeiro caso, embora decepcionante, a queda para a série B é mais fácil de ser revertida, ao contrário da série C. É um longo caminho de volta, difícil de ser ultrapassado, como tentou a Chapecoense, como espera conseguir o Joinville.

Atualidade

“Me falaram certa vez que todo mundo nasce flamenguista...Talvez seja verdade. Explicaria o fato de recém-nascidos chorarem tanto”. Do livreto “Humor no mundo do futebol”.





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