quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Quando a política faz mal ao esporte

Tenho dois anos de mandato a cumprir no Conselho Estadual do Esporte, indicado como representante da Associação dos Cronistas Esportivos pelo companheiro JB Telles. Estou substituindo o radialista Paulo Coutinho, de Criciúma, que por motivos profissionais não pôde mais atender os compromissos do Conselho.

Na reunião de hoje em Chapecó, em meio a Olimpíada Estudantil de Santa Catarina, ouvi muito sobre os vários problemas que afligem o esporte catarinense. A Fesporte, atualmente presidida por Adalir Pecos Borsatti, membro nato do Conselho, mal consegue dar conta do suas atribuições, embutidas na gestão do extenso calendário sob sua responsabilidade. São competições para-desportivas, escolares, juvenis e adultas, como os Jogos Abertos, já em sua 51ª edição. Sem esquecer os festivais de dança e os Jogos da Terceira Idade.

A raiz das imensas dificuldades estruturais e financeiras está na má gestão do governo estadual, que não garante o suporte necessário tanto ao Conselho como à Fesporte, o primeiro um órgão consultivo, a segunda instituição a grande operadora do esporte no estado.

A avaliação não é minha, mas consensual entre os conselheiros e técnicos da Fesporte. E na origem está a política partidária, sempre a interferir nos interesses do esporte. Tudo depende do humor dos governadores prefeitos e secretários. Educação, saúde e esporte deveriam trabalhar integrados, o que não acontece justamente por causa do direcionamento partidário que é dado aos pleitos de todo o sistema. Se for correligionário, leva. Caso contrário o jeito é administrar de chapéu na mão na esperança que um dia os ocupantes de cargos públicos e detentores do poder entendam o verdadeiro significado de suas missões.

Julgamento pode decidir futuro dos Jasc


E vem aí os Jogos Abertos de Santa Catarina, em Criciúma de 10 a 21 de novembro, com um problemão extra-quadra, graças à polêmica com os campeões da natação por Florianópolis. Por um cochilo da Fundação Municipal de Esportes da Capital a equipe não foi inscrita dentro do prazo legal, 10 de outubro, segundo o regulamento da competição. Um mandado de garantia levou o caso para a justiça desportiva com julgamento previsto para o próximo dia 7. A expectativa pelo resultado é grande porque os nadadores da Capital podem garantir o título dos Jogos Abertos na disputa direta com Blumenau, a grande campeã, e Joinville, que os entendidos dizem estar correndo por fora. A Fesporte já preparou sua defesa contra os argumentos dos que se sentiram prejudicados. Vamos ver se o “tapetão” é político ou legalista.

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