quinta-feira, 28 de março de 2013

Ronaldo, mais um ex na turma

Bom ou ruim? Nesse departamento sou “murista”. Nunca pensei muito sobre o assunto, apesar das dificuldades do mercado por causa do número considerável de ex-profissionais da bola e do apito no microfone e na telinha. As rádios e canais de televisão, abertos ou fechados, têm hoje em seus quadros muita gente que andou pelos gramados com variações sobre o tema para todos os gostos.

A Globo acaba de incorporar ao seu time, que já teve Falcão, o Ronaldo Fenômeno, reconhecidamente um homem de poucas palavras, dicção e raciocínio de difícil compreensão. Mas, faz tempo, é amigo da casa, portanto com entrosamento suficiente para tabelar com os chefões e os bem treinados Caio Ribeiro, Júnior e Casagrande. Para falar de arbitragem também tem ex, o Arnaldo César Coelho e José Roberto Wright. Até o Rubinho Barrichello conquistou seu espaço. Vai chatear na F-1, ao lado do Galvão Bueno.

Na Band os donos da bola são Denilson, Edmundo e Neto. Na Fox/Libertadores tem o Carlos Simon e a Sportv não colocou limites. Vemos o Muller, Roger, e muitos outros menos votados, apesar da excelente safra de bons comentaristas/jornalistas que a casa fornece nas suas transmissões. Nos canais ESPN a tática é outra e a marcação é cerrada.

Aqui na terrinha, até onde eu lembro, ouço o Flávio Roberto, o Décio Antônio e o Balduíno. Do Oiapoque ao Chuí são todos credenciados e devidamente regularizados perante uma legislação bastante permissiva, porque cheia de furos. Na mídia impressa marco o melhor,Tostão, um craque também das letras.

No futebol é mais fácil, embora a palavra, escrita ou falada, no mais das vezes não atenda regras básicas do bom jornalismo. Todo mundo entende e dá palpite. É diferente tratar de modalidades como basquete, voleibol e tênis, um pouco o futsal. Nessas encaixam melhor aqueles (as) que passaram pelas quadras do mundo inteiro. Desde que obedeçam minimamente algumas regras da língua em respeito ao ouvinte/telespectador/leitor. 

Talvez pela especificidade de algumas das modalidades que não o futebol, é bem mais complicada a profissionalização em qualquer mídia. O entrave  é a inexistência nos cursos de jornalismo de uma preparação adequada dos interessados em se integrar à mídia esportiva, abrindo assim largos espaços para quem quiser se aventurar na profissão. Na verdade, por preconceito e desconhecimento, pouca gente sabe o que é ser um jornalista esportivo.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Engenhão é a cara do Brasil nosso de cada dia



A interdição do Engenhão não se trata apenas do simples impedimento da utilização daquele equipamento esportivo, único legado do Pan-2007.  É mais uma demonstração do adiantado estado de putrefação em que se encontra o poder público em todas as suas instâncias. 

A corrupção, a incompetência, a burocracia, e os interesses meramente eleitoreiros de uma camarilha democraticamente eleita – esse é o grande paradoxo do sistema – transformaram nosso país numa verdadeira República das Bananas. Acho até que isso pode ofender algumas nações que não tenham a mesma imponência ou tantos recursos como o Brasil, mas que conseguem garantir aos seus cidadãos um mínimo de dignidade no seu dia a dia.

Aqui é tudo ao contrário do que se imagina, do que se espera da um grande país como gostamos de arrotar para o mundo, não só no futebol. Educação e saúde, base de sustentação de qualidade de vida digna, não merecem o mínimo de atenção devida. Nossos políticos, a começar pela presidente Dilma, andam pra lá e pra cá feito saltimbancos, mas como protagonistas de um espetáculo grotesco visando tão somente a consolidação de alianças que mais adiante vão influir na eleição.

Agora o Rio de Janeiro, sede da próxima Olimpíada e principal reduto da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, não tem um estádio decente nem para o futebol. Única sobra do Pan – o resto foi demolido ou está sem condições de uso – o Engenhão, obra de R$ 381 milhões, sofreu interdição por problemas na cobertura. Assim como a corrupção faz com o poder público e a grande maioria dos políticos, a ferrugem está corroendo as estruturas.

Onde vão jogar os clubes cariocas no seu campeonato já sem público, ou em outras competições que vêm por aí como Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro? E a Libertadores, em pleno andamento para o Fluminense? Lembremos que não é só o futebol a modalidade sem teto, e não é só o Rio que sofre com isso. O atletismo tinha ali seu melhor local para competições, já garantido como sede na Olimpíada de 2016. Quem mandou homenagear João Havelange dando seu nome ao Engenhão? É praga rogada.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Calma, agora vamos enfrentar Bolívia e Chile

Com Mano Menezes e atualmente Felipão ainda não ganhamos das grandes seleções: Perdemos para a França, Alemanha, e Inglaterra, empatamos com Itália e Russia. E já temos um novo queridinho definido pelos dois últimos treinadores: Hulk. Também descobrimos que a seleção brasileira é Neimar e mais dez. Outra: o Judas da vez, jogue o que jogar, é o Oscar, apesar de ser jogador para um futebol moderno. É técnico, inteligente, e com presença em todos os setores do campo. Agora vêm aí provavelmente as duas primeiras vitórias do Felipão: nossos próximos adversários serão Bolívia e Chile. Depois, que Deus e o novo Papa (se bem que ele é argentino) nos ajudem, tem convocação definitiva e a Copa das Confederações.

sábado, 23 de março de 2013

Florianópolis, minha cidade, 287

Março de 1972, data da minha chegada a Florianópolis, trazido de Blumenau, onde ajudei a criar o Jornal de Santa Catarina, com o chefão Fedrizzi e outros companheirões. Conheci a cidade e seus encantos num belo domingo (valem os chavões) de céu de brigadeiro e mar de almirante, na companhia do Ayrton Kanitz, gaúcho e pioneiro por aqui nas andanças jornalísticas, via sucursal da ex-TV Coligadas, e do saudosíssimo Adolfo Ziguelli, em um inesquecível passeio de lancha. Decidi mudar e Marcílio Medeiros Filho me trouxe para o jornal O Estado, para o processo de transformação do mais antigo em offset. Aqui estou, então, há exatos 41 anos, com algumas saídas para trabalhos e moradas rápidas em Brasília. Obrigado Florianópolis, pelas maravilhosas experiências profissionais e de vida.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Vigarice BMG/INSS - Cuidado - Socorro

Há quase um mês tento resolver um problema sério criado pelo poderoso BMG (patrocínios milionários de clubes de futebol, ligações com Daniel Dantas) por causa do desconto no meu extrato da aposentadoria de empréstimos consignados junto ao INSS que não fiz. Já mandei a documentação solicitada pelo banco pois, absurdamente, eu é que tenho que provar que não pedi dinheiro emprestado. E até agora não obtive nenhuma resposta, nenhum aceno de solução.

Quem passou meus dados para o banco? Com base em qual documentação o INSS oficializou os descontos? Não assinei nenhum contrato, mas os empréstimos, no total de R$ 6.800,00, estão lá, descontados mês a mês, mais um de R$ 1.200,00 que o banco jura ter anulado. Estou enlouquecendo há três dias tentando falar com a ouvidoria desta instituição vigarista e trambiqueira, mas não consigo. Passo de um número para o outro, fico pendurado na linha ouvindo um monte de mensagens até a ligação cair, dez a quinze minutos depois.  

Se alguém conhecer um caminho prático e rápido, me ajude. Aceito sugestões, conselhos, palpites, qualquer coisa que de alguma forma me tire dessa encalacrada. Meus prejuízos morais e financeiros são imensos. Só pode ser trabalho de uma quadrilha mancomunada com gente do INSS, onde já fui e o máximo que consegui foi uma cópia do extrato do consignado que realmente pedi.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Mais um Papa conservador?

Passado o deslumbramento inicial de certos setores da mídia, é bom pensar que o novo Papa, o argentino Jorge Bergoglio, tem afinidades com o pastor evangélico Marco Feliciano, da Comissão dos Direitos Humanos.

Segundo os vaticanistas, Bergoglio é considerado um ortodoxo conservador em assuntos relacionados à sexualidade, se opondo firmemente contra o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o uso de métodos contraceptivos. O que não chega a ser novidade, mas senso comum na Igreja.

Em 2010, entrou em controvérsia pública com a presidente Cristina Kirchener ao afirmar que a adoção feita por casais gays provoca discriminação contra as crianças.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Mais do mesmo

Diante de tanto dinheiro jogado pela janela com jogadores rodados, caros e ineficientes, não entendo porque continuar investindo nas divisões de base se as eventuais revelações são maltratadas e mandadas embora, descartadas como coisa inúteis. O Avaí é pródigo nesse procedimento e não tem, portanto, do que se orgulhar quando se fala em trabalho de base.

Vale também para outros clubes do futebol catarinense, cujos resultados com a garotada e aproveitamento futuro são pífios. A campanha do Avaí no campeonato catarinense reproduz bem as más gestões dos últimos anos não só no seu departamento de futebol, com administrações imediatistas, que provocam sangrias nos recursos a cada temporada e não contemplam o futuro a médio e longo prazos.

A troca constante de treinadores, comissões técnicas, a desorganização do departamento de futebol e contratações mal sucedidas começam a formar sobre a Ressacada a núvem negra do rebaixamento para a série C. Ainda que ganhe o campeonato catarinense - hoje missão quase impossível - o campeonato brasileiro batendo à porta deve preocupar torcida e dirigentes.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Deu na Veja e no Raul Sartori



Sem Copa

   Em extensa reportagem, o site da revista “Veja” destaca que a Copa do Mundo no Brasil em 2014 deu  arenas a quem não precisava e não tem torcedores, como Brasília, Manaus, Cuiabá e Natal,  e ignorou   quem as queria,  como Florianópolis. No caso catarinense, argumenta que SC está com três equipes de futebol  na série B, e duas delas, Figueirense e Avaí, são da Capital.  Observa que os clubes costumam atrair presença razoável de público, e mesmo que não levem multidões às arquibancadas, sempre disputam o campeonato nacional. Destaca ainda que outro atrativo da cidade, que tem moradores de bom poder aquisitivo, é sua estrutura para receber os turistas. E se estivesse na Copa, Florianópolis não precisaria de obras faraônicas.

terça-feira, 5 de março de 2013

Atenção, temos nosso Centro Olímpico

Sérgio Galdino e Claudio Holzer, respectivamente presidente e diretor técnico da Fundação de Esportes de Blumenau, participaram nesta terça-feira (5) da reunião do Conselho Estadual do Esporte, na sede da Fesporte, apresentando as condições da cidade para, quem sabe, realizar os Jogos Abertos deste ano, em função da desistência de Joinville.

Depois de ouvir o ex-atleta Sérgio Galdino e o jornalista Claudio Holzer, e assistir a um vídeo sobre a cidade, deixo uma sugestão para o governo do estado, que ultimamente tem ligado bem pouco para nosso esporte e jogado dinheiro pela janela alocando recursos em uma sede diferente a cada ano: Santa Catarina tem um belo Centro Olímpico Estadual à disposição em Blumenau, pronto para receber quaquer competição em qualquer nível, com todo o tipo de demanda.

Pelo que conheço dos dirigentes, atuais e do passado, e do envolvimento e tradição de Blumenau com o esporte (39 títulos em 52 edições dos Jasc), tenho certeza do sucesso e resultado positivo nesta minha proposição, utópica, quem sabe, mas que tem muito de seriedade. Bastaria só a política não atrapalhar, como vem atrapalhando até na simples nomeação de um secretário (já estamos no quarto) ou do novo presidente da Fesporte.
Complexo Esportivo do Sesi com pista sintética de atletismo

sexta-feira, 1 de março de 2013

Morrendo aos poucos

As passarelas sobre o elevado do CIC, a que fica em frente a Rodoviária e as mais novas, sobre o aterro da Baía Sul, estão em péssimo estado pela falta de manutenção. As pontes Pedro Ivo e Colombo Sales seguem o mesmo caminho da deteriorização. A recuperação da Hercílio Luz se arrasta há décadas consumindo recursos e sem prazo certo para conclusão.
O terminal Rita Maria é uma vergonha como porta de entrada, junto com o prédio da Federação de Remo, generosa doação para este esporte de tanta tradição e que acaba de ser interditado. Está cheio de rachaduras e hoje serve apenas a uma escola para pilotos de motos.
É assim que a roda gira em Florianópolis. Nada sensibiliza governadores, prefeitos, deputados, vereadores, autoridades públicas. A reforma do CIC levou anos para terminar e ainda hoje dá impressão de abandono com o mato tomando conta do estacionamento e entorno. O TAC já dá sinais da necessidade de mais uma reforma.
A Lagoa da Conceição pede socorro, moribunda, mal tratada pela poluição e descaso. A ponte que dá acesso à av das Rendeiras está quase caindo, ninguém ouve o apelo dos moradores daquela região tão bonita. Nem o centrinho cheio de bares e de noite agitada escapa, os escombros do último incêndio estão lá, como se fossem atração turística. Incompetência e corrupção estão matando esta cidade.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Lágrimas de crocodilo

Morro de pena quando ouço ou leio o choramingar de deputados estaduais, federais, senadores, vereadores espalhados por esse imenso Brasil, membros do executivo e judiciário, reclamando da baixa remuneração e do excesso de trabalho. Como choram, os coitados. Imagino a dificuldade de um cidadão obrigado a se sustentar com 15 a 16 salários, auxílio moradia e outros penduricalhos garantidos geralmente na legislação em causa própria. Afinal, não fosse assim, quem se responsabilizaria pelo pão deles de cada dia?

Como o noticiário dos últimos dias anda carregado de críticas injustas às miseras remunerações destes senhores, estou pensando em uma forma de contribuição para minorar o sofrimento e o desgaste dos membros destes segmentos no exercício de suas funções.  Talvez seja possível recorrer a doações de profissionais de outras áreas mais favorecidas nas folhas de pagamento. Junto à Igreja é complicado, o momento é de transição e ouvi falar que os constantes escândalos financeiros fragilizaram os cofres do Vaticano. Sem contar honorários de advogados chamados constantemente a defender acusados de pedofilia. Aquela outra igreja é pior ainda. Os imóveis andam muito caros e os pastores reclamam da má vontade dos seus rebanhos.


De início pensei em abrir um “livro de ouro”, em rifas, mas é mixaria para quem anda tão necessitado e passando dificuldades. Acho que, através da abertura de uma conta bancária, posso começar a busca por auxílio financeiro pelos próprios funcionários públicos, mais bem postos na vida e colegas deste bando de desassistidos.

E os médicos, que tal pingar um troco nesta conta? Falando nisso é imprescindível pleitear, também, um melhor e mais rápido atendimento no sistema de saúde, que seja mais generoso e abrangente nos palácios governamentais, casas legislativas e judiciárias. Mal ou bem, amenizará um pouco o sofrimento causado pelos baixos salários e pela dependência do SUS.

Posso incluir, entre os contribuintes, professores de todas as instâncias da educação brasileira. Enfim, quero mobilizar várias categorias profissionais que não sentem o bolso esvaziado no final de cada mês. Claro que não me esquecerei dos jornalistas. Afinal, são regiamente pagos justamente para fiscalizar e denunciar situações de penúria como as relatadas ao longo do texto. 

E vamos acabar logo com o cinismo e o deboche com os quais encaramos trabalhadores tão explorados, principalmente os que são obrigados a sobreviver em Brasília, onde o custo de vida tira o couro de qualquer um, especialmente da pobre e sofrida classe política.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Laranjada

O que você espera ao contratar um advogado para defendê-lo no tribunal? Que ele faça o máximo para inocentá-lo. Não é assim com o profissional chamado pela Gaviões da Fiel para livrar o menor "laranja" que se apresentou como autor do crime em Oruro. O sujeito declarou em alto e bom som que vai fazer de tudo para "provar a culpa do seu cliente". Causídicos da minha terra, socorrei-me. Quero entender esta lógica jurídica. Abigail Sabá, do Ministério Público boliviano, provou e não gostou deste suco brasileiro.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Cafajestada corintiana

O departamento jurídico da Gaviões da Fiel, a nada confiável facção da torcida corintiana, prometeu apresentar o autor do disparo do artefato que matou o torcedor boliviano semana passada em Oruro. Trata-se, segundo o advogado, cujo nome não sei nem quero saber, de um menor de 17 anos, que estaria profundamente traumatizado e em estado de choque, razão para a sua não apresentação até agora.

É mais um laranja de mais um episódio trágico em estádios de futebol. Diz a lei brasileira, através do Estatuto do Torcedor que, havendo um boletim de ocorrência com a apresentação do autor do ilícito - nesse caso homicídio -, o clube fica isento de qualquer responsabilidade. Quem paga, então, pelo crime cometido. Um menor providencialmente responsabilizado pela ocorrência, claro.

Aqui mesmo em Santa Catarina já observamos este procedimento corriqueiro e malandro da cartolagem quando sente seu clube ameaçado de punição. Lembram daquele torcedor do Criciúma que teve a mão amputada por causa de um rojão atirado por torcedores do Avaí no estádio Heriberto Hulse? Nada aconteceu, o homem até já morreu de outras causas. Agora chegou a vez do Figueirense apresentar um menor que teria atirado um copo plástico na direção de jogadores adversários. BO, menor de idade, tudo se repete para aliviar ou impedir a punição.

Mas, terminamos por ultrapassar fronteiras, chegamos ao requinte. O que era para ter acontecido no Japão na final do Mundial, acabou acontecendo no interior da Bolívia, no pequeno estádio do San José, graças à truculência de bandidos que se denominam torcedores. Espero que a polícia e a própria mídia não engulam mais esta armação, muito mais séria porque envolve a morte de um menor. Assassinato, chama-se este tipo de ocorrência, e não fatalidade, como querem dirigentes, advogados espertos e torcedores corintianos.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Tapem o nariz



Aleluia irmãos. Ao assistir transmissão  da sessão do dia 20 da Câmara Municipal de Florianópolis, me deparei com vereadores debatendo sobre a utilização daquela imensa área do aterro da Baía Sul, após o túnel Antonieta de Barros. Aquele território de frente para o mar corre sério risco de repetir o que aconteceu com o aterro anterior, ocupado hoje com o “merdódromo” logo na entrada da cidade, um portal fedorento que algum imbecil projetou sem se dar conta dos males e odores futuros.

O aterro a que me refiro já começou a ser ocupado por prédios e obras suspeitas, sem falar do mato que toma conta do local após um período razoável sem atenção da Comcap. Ali cabe muito bem um belo parque, uma maravilhosa área de lazer para a comunidade, tão carente deste tipo de equipamento. Tempos atrás, nos primeiros meses da imprestável e suspeitíssima administração Dário Berger, tentei levar o assunto adiante, ação abortada por um conhecido vereadorzinho “moeda verde”.  

Um parque para caminhadas, com quadras de esporte, espaço para bicicletas – ao invés das inúteis ciclovias criadas por Dário – e muita área verde, não despertou o interesse daquela mente pequena e dos seus comparsas.  Hoje basta acompanhar o que acontece naquela região para sentir o perigo que corremos de vê-la transformada, daqui a pouco, em imenso território de prédios públicos e outras porcarias tipo camelódromo, estacionamentos e, não duvidem, uma nova estação para tratamento de esgoto, ou o “merdódromo 2”.  Os gênios da administração pública estão aí para isso, sempre dispostos abertos a soluções criativas. Enquanto nós continuamos de nariz fechado.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

De Raimundo, Césares e Ada

Não fosse a gravidade do momento daria pra rir das declarações das autoridades municipais e estaduais. O prefeito César Souza Jr disse não admitir que o sindicato mande na cidade. Estava se referindo, claro, aos trabalhadores do transporte coletivo, ameaçados todos os dias pela falta de segurança. Mas a bandidagem pode decretar toque de recolher na cidade, isso pode. Pelo menos parece que nosso alcaide vai botar a Guarda Municipal para trabalhar ajudando nas escoltas.

Os inoperantes e invisíveis azuizinhos vão borrar as calças, pouco acostumados a tarefas mais árduas que não sejam parar sob as sombras das árvores nas avenidas e multar o cidadão desasistido. Ah, como a dona Ângela foi sábia e premonitória ao cunhar esta expressão. E a secretária Ada de Luca usou o "nada a declarar" depois da reunião com os vereadores. O pouco que abriu a boca foi para mentir e falar besteira, sua especialidade, aliás. E por onde anda o outro César, o Grubba, conhecido pela alcunha de Secretário da Segurança?

Estamos bem arranjados, os palácios governamentais de Florianópolis nunca estiveram tão mal ocupados. Vamos nos garantir comendo brioches, ainda que a Maria Antonieta da Justiça e Cidadania, Ada Lili para os íntimos, ainda não tenha recomendado. Acho que ela prefere rosquinhas.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Faltou dizer

Assisti a reprise hoje de boa parte do programa da TV Com, Conversas Cruzadas, sobre os estádios de SC. Lamentavelmente faltou gente do Ministério Público, a Geni da vez, e algum representante da mídia esportiva que não fosse da RBS, quem sabe o Telles, presidente da Acesc e que tem criticado muito os determinados procedimentos do Delfim Peixoto e seus assessores. Acho que a produção do programa ancorado pelo competente Rento Igor, pisou feio na bola, possivelmente por desinformação.Todos os que foram ao Conversas pertencem a um lado só, justamente o lado que entende que está tudo bem com o futebol catarinense e seus estádios.

Penso que o pessoal do MP não é maluco para inventar problemas e dificuldades. E quem conhece pelo menos algumas das nossas praças esportivas sabe que isso existe e em doses cavalares. Até trave já derrubaram no meio do jogo em Xanxerê.

A verdade é que a Federação tirou o dela da reta porque faz as vistorias nas coxas, inclusive sem a presença de um representnte da mídia. E como esgotar as instâncias da justiça desportiva, como alega Rodrigo Capela, o jurídico da FCF, se ela esteve sempre omissa e só agiu porque o MP foi quem resolveu zelar pela segurança do torcedor? Quando essa turma começa a questionar as ações do MP, abram o olho.

E não existe, nesse caso, a síndrome de Santa Maria, como chegou a sugerir Renato Ígor. A tragédia da boate Kiss aconteceu depois da primeira ação do MP catarinense.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

De qual escola de jornalismo saiu essa peça?

"Jovem escalpelada no kart do Beto Carrero sorri e conversa, mas continua na UTI"

Seria hilária esta manchete do CLIC RBS, não fosse o fato uma quase tragédia


Preciso acrescentar esta linhazinha de apoio que está sob a manchete "Pai diz que gaúcha de 22 anos perdeu o movimento das pálpebras" Ela nunca mais vai piscar, completa a matéria. 

Mas, como lembra o título, está tudo bem com a garota, que sorri e conversa na UTI. Pelo conjunto, a obra merece o prêmio "humor negro 2013". Imbatível

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Condenação esportiva

Em sentença proferida dia 30 de janeiro pelo juiz de direito Luiz Antônio Zanini Fornerolli, em ação ajuizada pelo Ministério Público Estadual, ex-dirigentes da Fundação Municipal de Esportes de Florianópolis foram condenados por improbidade administrativa. O ilícito chega a ser simplório, a compra de passagem aérea com recursos da Fundação para Denise Cristina Arruda Costa.

Do processo fazem parte, além da passageira Denise Cristina, o ex-presidente da instituição, Édio Manoel Pereira, Anderson Milton Donizete Barcelos e Roberto Katumi Oda, ambos da direção administrativa financeira. Katumi, que também já foi diretor da Fesporte, voltou à Fundação agora, na gestão Cesar Souza Jr. para ocupar a mesma função, além de ter sido eleito vereador no último pleito. Ainda cabe recurso desta decisão.