A transmissão não era
de uma plaza de toros, os gritos de olé não tinham sotaque espanhol.
Inacreditável, o espetáculo era no Maracanã, e terminaria com uma grande
vitória por 3 a 0 do Brasil sobre a Espanha, campeã do mundo, bicampeã europeia
e invicta há 29 jogos.
A soberba fez muito mal
aos espanhóis, a humildade a raça e a técnica, ajudaram na superação brasileira
. A decisão da Copa das Confederações, até o pontapé inicial, apontava para um
jogo equilibrado porque o Brasil estava em casa, mas falava-se em favoritismo
espanhol, cujo time trazia para o gramado a grife de melhor do mundo.
A surpresa foi geral,
das arquibancadas ao banco da Espanha, onde o atônito Vicente Del Bosque
assistiu impotente a uma quase goleada. Ela só não aconteceu por alguns
momentos de preciosismo e excesso de confiança dos atacantes brasileiros. O gol
de Fred, a dois minutos, e o de Neymar no fim do primeiro, tempo deram o tom do
jogo. Fred, no comecinho do segundo tempo fez o terceiro para deixar os
adversários em pânico. Nem o pênalti bobo cometido por Marcelo conseguiu
reanimar a Espanha, aquela altura desenganada. Sérgio Ramos se encarregou de
manter intacto o desfecho fúnebre ao desperdiçar a cobrança chutando para fora.
A Espanha morreu ali.
Méritos para Felipão, o
homem da estocada decisiva. Não sei se valeu para ele a dica da Itália,
derrotada nos pênaltis depois de mostrar como enfrentar um adversário poderoso
e até então considerado imbatível. O fato é que o Brasil não deixou espaço para
o toque de bola espanhol e mostrou um invejável espírito de equipe. Até o Hulk, a sua moda, deu conta do recado. A
zaga andpu perto da perfeição. Neymar jogou bem, comprovou o quanto vale, mas,
o melhor de tudo, é que a seleção mostrou não ser dependente do seu desempenho.
Houve um equilíbrio saudável entre zaga, meio de campo e ataque , com
envolvimento de todos os jogadores. Foi
a maior qualidade do time do Felipão nesta final. Para surpresa dos espanhóis e
da própria torcida brasileira.
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