"De
quem é esse xixi aqui?" "Coletor, pra quê? Não sei onde está, se a pedra
sair, joga no lixo". "Deixa a bandeja aí, a senhora vai vomitar de novo
mesmo". Pela ordem, frases de uma atendente ao se deparar com uma
coleta de urina sem identificação sobre o balcão, de outra ao ser
solicitada para retirar uma bandeja suja, e de um médico respondendo à
solicitação de um coletor para colocar a
pedra que estava para ser eliminada por paciente com crise renal,
conforme resultado do exame de ultrassom. Idoso vestindo apenas uma
fralda vazada pediu para ir ao banheiro e não foi atendido por ninguém.
Com muito esforço saiu da maca enrolado em alguns panos e foi ao
banheiro para atender suas necessidades. São algumas situações
testemunhadas por quem ficou por 19 horas e meia - das 21 horas de
domingo às 16h30 da segunda-feira - na superlotada e imunda emergência
do Hospital Celso Ramos, referência em atendimentos de urgência, mas
porta do inferno, segundo a precisa definição de um médico que sabe do
que está falando. Também vi parte desse descalabro, e mais: as
ambulâncias do Samu ficam retidas por tempo indefinido a espera da
devolução das macas utilizadas por seus socorridos. O diálogo que ouvi
dos motoristas de duas destas ambulâncias é constrangedor, faria corar
um frade de pedra. Gostaria que o diretor deste hospital quando viesse a
público, não mentisse tanto ao tentar explicar o caos da sua
instituição, como tem feito a cada vez que é entrevistado. Os fatos
depõem contra qualquer tipo de justificativa e desmentem quem se atreve a
tapar o sol com a peneira ou achar natural o mau trato aos enfermos. O
povo sofre na mão de quem deveria zelar pela saúde pública.
Caminhão desgovernado destrói casa e deixa dois feridos em GO. Vídeo
-
Caso aconteceu em Mineiros (GO). Duas pessoas ficaram feridas e uma criança
quase foi atingida pelo veículo
Há 51 minutos
Nenhum comentário:
Postar um comentário