Continuamos sem medalha de ouro no futebol olímpico, fomos vice-campeões da Libertadores com o Fluminense e estamos em quinto lugar nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010. O que falta acontecer este ano para chegarmos ao fundo do poço? Não se discute a integridade de Dunga, sua vontade de acertar. O que está em cheque é sua capacidade como treinador da seleção principal do Brasil. E na medida em que os talentos começam a desaparecer do cenário futebolístico do país, mais exposta fica a falta de planejamento da CBF, colocando na vitrine a incapacidade administrativa dos nossos dirigentes. A seleção feminina mostrou que a força de superação tem limites e Marta desmentiu o insuportável Galvão Bueno, e seus elogios descabidos – mas compreensíveis - ao trabalho de Ricardo Teixeira. A melhor jogadora do país, outro talento exportado, lembra que a falta de calendário para o futebol feminino continuará dificultado o trabalho com as mulheres que, pelo esforço e individualidades técnicas, fizeram a prata virar ouro. Já Dunga e seus bronzeados rapazes são tema para muita reflexão e incertezas quanto ao futuro do outrora temido futebol brasileiro.
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