quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quinta-feira

Fatos & versões

A participação do Marcílio Dias na série C virou um folhetim de extremo mau gosto. Quem fala a verdade? O prefeito de Joinville, Marco Tebaldi, presidente do Conselho Deliberativo do Joinville, está sendo acusado de tentar comprar a vaga do Marcílio Dias. O presidente do Joinville desmente e publica carta pedindo desculpas ao coirmão. Os dirigentes do Marcílio se mostram ofendidos com as investidas joinvilenses, mas ao mesmo tempo passam o chapéu para garantir a vaga pretendida pelo adversário. O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, prometeu ajuda, dizem, de R$ 1 milhão. Até agora nem um tostão foi repassado ao zerado cofre marcilista. Promessa de político em ano eleitoral? Marlon Bendini, presidente do Marcílio, entra no roteiro confirmando a quebradeira. No meio disso tudo apareceu o presidente da nossa (dele) Federação, Delfim Peixoto, para passar cinicamente um pito na turma do Joinville e dizer que vaga não se compra. Ainda faltava um personagem, de preferência alguém da CBF. Ele veio incorporado na pessoa do diretor de futebol da entidade, Vergílio Elísio, desmentindo Delfim. Em caso de desistência há que se ter algum critério para substituição, disse Elísio, deixando em aberto a possibilidade de negociação. Não fosse assim, encerraria o assunto com a questão do mérito. Entra na vaga o classificado imediato na competição que teve essa finalidade. Simples, não?

Badalação faz mal

Tudo o que é dito e escrito sobre a qualidade de alguns times não tem sido confirmado dentro do campo. O futebol não aceita a palavra fácil e o elogio apressado na maioria das vezes acaba desmentido pelos fatos. Dou três exemplos fresquinhos: o São Paulo fracassou no Estadual e vai aos trancos no Brasileiro; o Inter já perdeu duas partidas e novamente não confirma tudo o que se diz sobre o grupo na mão do Abel Braga. Na série B um caso doméstico com o Avaí, cantado em prosa e verso como o melhor time dos últimos tempos montado na Ressacada. Cadê os resultados? Perdeu o Catarinense em casa e empacou no Brasileiro com três empates, dois deles diante da sua torcida.

Divã

Aliás, recomendo aos avaianos uma boa terapia de grupo. A Ressacada está se transformando no cemitério das esperanças de melhores dias para um clube que pode completar a décima primeira temporada sem ganhar um título. E haja culpados. Quando não é a diretoria são os parceiros, ou então o treinador e, por último, o time. A relação termina aí. A não ser que o Sobrenatural de Almeida, criação do Nelson Rodrigues, tenha se associado ao Avaí sem que ninguém saiba.

Demorou

José Carlos Bezerra pediu demissão da Comissão de Arbitragem da Federação Catarinense. Pelo que foi como árbitro e pelo que é como cidadão, Bezerra há muito deveria estar fora daquele pomar dadivoso. Levou tempo demais e acabou sendo conivente com um cultivo misterioso, cujas fórmulas não vêm a público por serem empregadas no fundo do quintal, sob a proteção das sombras de árvores bastante frondosas e que produzem muitos frutos.

Pérolas aos porcos

O estádio da Ressacada terá um elevador cuja finalidade, entre tantas, é a de evitar que algumas “personas no gratas” sejam obrigadas a transitar no meio da torcida do Avaí. Coisa pra proteger figurões que, quando aparecem, são alvo de vaias e caneladas. Sem contar que tem mais camarote do que ocupantes. Enquanto isso as cabines de imprensa continuam daquele jeito, um péssimo cartão de apresentação para um clube que disputa campeonato brasileiro e que toda semana recebe jornalistas de outros estados.

Se a moda pega

Como jogador de futebol gosta de inventar e copiar moda, o pênalti em dois toques pode virar mais uma dor de cabeça para as arbitragens. A novidade mostrada por Euller e Douglas do América Mineiro, em jogo da segunda divisão, está na regra nem sempre muito clara. O lance é legal, desde que o primeiro toque seja dado para frente, e que não haja invasão de área. É muito controle para quem de vez em quando não dá conta de duas tartarugas porque uma acaba fugindo.



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