quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Quinta-feira

Os melhores fazem o melhor?

Os jogadores da seleção brasileira são todos titulares na Europa, exceção dos volantes Gilberto Silva e Mineiro, reservas no Arsenal e Herta Berlim. O grupo tem Ronaldinho, o melhor do mundo por dois anos e o candidato desse ano, Kaká. Robinho ainda não chegou lá, mas atravessa grande fase no Real Madrid, simplesmente um dos maiores clubes do mundo, sonho de qualquer jogador profissional do planeta. Na comissão técnica temos ex-campeões do mundo, como treinador e auxiliar, profissionais com experiência e nomes consagrados na medicina esportiva e preparação física. Aos jogadores é dispensado tratamento cinco estrelas em viagens, hospedagem, alimentação, estrutura para treinamentos e algumas mordomias ao alcance somente de triliardários xeiques árabes. Escrevendo sem levar em conta a teoria de resultados e que bicho deu ontem no Morumbi pergunto: o que falta então para termos uma seleção confiável?

Rapa do tacho

Terminada esta primeira etapa da eliminatória para a Copa de 2010 voltamos aos assuntos domésticos, com foco no que sobrou do campeonato brasileiro. Na série A há vagas para Libertadores e Sul-Americana – o Figueirense está nessa -, e gente lutando para fugir do rebaixamento, o que é muita coisa em jogo para apenas duas rodadas. Na B a parte de cima da tabela está resolvida, mas na de baixo ainda tem clube – o Avaí é um deles - esperneando para escapar da terceira divisão. É a série C, onde a briga para subir tem cinco clubes disputando quatro vagas nas últimas três rodadas.

O gato comeu

O Náutico ainda corre risco de rebaixamento e vai enfrentar o Figueirense dia 28 no Scarpelli. Responsabilidade grande e clima pesado para jogadores que esta semana fizeram greve perguntando onde está o dinheiro. Eles não recebem salário desde setembro.

Miséria campeã

Em Tubarão os clubes mudam de nome conforme o tamanho da dívida. Depois do Tubarão e do Cidade Azul surgiu o Atlético Tubarão,que acaba de ganhar a divisão de acesso, garantindo com isso participação na elite catarinense em 2008. Foi uma campanha heróica, sem dinheiro para despesas básicas, como viagens e alimentação. Os recursos saiam de rifas ou do bolso do treinador Joceli Santos. E ainda tem a briga política na cidade, encrenca da grossa e que deixa o clube sem estádio.

Fábulas fabulosas

O Marília protesta contra o Vitória, que teria utilizado um jogador irregular. O clube baiano perderia 30 pontos e, ao invés da série A – voltaria à série C. Os pernambucanos do rebaixado Santa Cruz denunciam um suposto esquema nas arbitragens da série B. Querem investigação da CBF. Quem gosta de contos da Carochinha, acredita em Papai Noel, coelhinho da Páscoa e ainda se diverte com outros entretenimentos ficcionais, bom proveito.

Lobo cansado

Parece que Zagalo jogou a toalha, pois está leiloando peças de sua coleção pessoal. A primeira delas foi a camisa utilizada por Pelé na Copa de 70, arrematada por cerca de R$ 220 mil, bem abaixo do esperado. O velho Lobo garante que não está precisando de dinheiro e que vai muito bem de saúde.

Copa em Floripa

Recebi e-mail da União Florianopolitana de Entidades Comunitárias – Ufeco -, assinada por Modesto Azevedo, agradecendo notas aqui publicadas e desmentindo informações plantadas na mídia pela senadora Ideli Salvatti. A entidade se queixa que não tem sido ouvida e sustenta que não mudou de idéia em relação à ação direta de inconstitucionalidade por causa da pretensão do Figueirense em reformular o estádio Orlando Scarpelli visando a Copa de 2014. Em carta aberta explica sua posição, garantindo não ser contra uma sede da Copa em Florianópolis: “O que a Ufeco defende é simplesmente o respeito ao Estatuto da Cidade, a Lei Federal 10257, que preconiza principalmente a gestão democrática da cidade com participação popular, e que haja vontade política de executar um planejamento responsável, sustentável, não apenas nos discursos, a começar com o cumprimento do Plano Diretor vigente em nossa cidade, com respeito à nossa Constituição. Afinal, ela existe pra quê?”






Um comentário:

  1. Certa a Ufeco. Aliás, estão querendo mudar o rumo da discussão, colocando o projeto do estádio do Figueirense como foco da polêmica. Não é o estádio que está em questão da ADIN proposta pela Ufeco. É o Plano Diretor. A reforma é uma coisa muito pequena na falta de planejamento da cidade e do que nossos filhos e netos vão vivenciar daqui a alguns anos. Não sejamos hipócritas, inclusive políticos sempre querendo se promover nas costas dos outros. Plano Diretor é uma coisa. Copa do Mundo é outra.

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