quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Quinta-feira

Dois pesos, um rubro negro

CBF e STJD vestiram descaradamente a camisa do Flamengo. Primeiro foi a permissão para jogos somente no Maracanã, e após o Pan-Americano, além da inversão do mando de campo contra o São Paulo, dando tempo para a chegada de reforços e um entrosamento maior do time. Agora veio o efeito suspensivo para a punição que obrigaria o Flamengo a jogar contra o Atlético Paranaense sem torcida na arquibancada. Leis e regulamentos não alcançam este clube do Rio de Janeiro, que ainda tem a cumplicidade da silenciosa mídia carioca.

Dupla personalidade

Os vizinhos de Dunga no balneário Ipanema, onde ele mora em Porto Alegre, ou seus funcionários no projeto que atende crianças carentes de uma região muito pobre da cidade, não conhecem aquele sujeito turrão que aparece como treinador da seleção brasileira. O mau humor constante, a cara fechada e as respostas truculentas que o acompanham nas entrevistas coletivas, não fazem parte do seu dia-a-dia de cidadão comum e muito afável. A seu favor, explicando em parte esse comportamento antagônico, algumas – às vezes muitas – perguntas imbecis feitas por determinados repórteres, totalmente despreparados para a função. Talvez também exista aí um pouco de ressentimento por causa da “Era Dunga”, pecha que carregou desde a Copa de 1990, por causa do Lazzaroni, até ganhar, como capitão da equipe, a Copa de 1994.

Pulga atrás da orelha

Ninguém duvida que a derrota em casa do Criciúma para o Paulista de Jundiaí foi um resultado normal do futebol. Menos, é claro, a torcida do Avaí, que esperava por uma vitória catarinense sobre os paulistas, adversários na luta para fugir do rebaixamento. O próximo jogo em casa do Criciúma é sexta-feira, contra o Santa Cruz, igualmente perto da degola e dependendo demais de um bom resultado fora de Pernambuco.

Como é que pode?

O Metropolitano, de Blumenau, vai jogar o campeonato catarinense em Brusque, no estádio Augusto Bauer. O Guarani, de Palhoça, vai jogar em Florianópolis, um turno na Ressacada, outro no Orlando Scarpelli. Coisinha fajuta esse regulamento do nosso estadual.

Ninguém sabe, ninguém viu

O doping da nadadora brasileira, Rebeca Gusmão, virou caso de polícia, depois que descobriram irregularidades nas suas coletas de urina no Pan-Americano. A encrenca foi parar na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Saúde Pública. O histórico dessa atleta não recomenda outro rumo. Quem vive na natação, à beira das piscinas, sabia há muito que esse desfecho era uma questão de tempo. O intrigante no episódio é a postura de “consentimento” da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, através da médica Renata Castro – já se demitiu - do Comitê Olímpico Brasileiro, do técnico da Rebeca, Hugo Lobo, e de seus familiares. Ou será que o doping e o aparecimento de urina de duas pessoas diferentes foram obras do Espírito Santo?

“Amicus Curiae”

Não se apressem em interpretações, como se a expressão aí de cima signifique um estrangeirismo bobo para identificar alguma Sociedade dos Amigos do Curió. O que seria normal, em se tratando de assunto ligado à Florianópolis. É simplesmente um instrumento jurídico utilizado pelo Governo do Estado em contraponto à ação da Ufeco que tenta impedir a mudança de zoneamento no Estreito, lei aprovada pela Câmara Municipal e que permitiria a construção ou reforma/ampliação do estádio do Figueirense. A decisão está com o desembargador Volnei Carlin, e foi adiada para o dia 26 justamente por causa desse, desculpem, “Amicus Curiae”. Deu pra entender?

Pragmatismo

“Não tem esse negócio de palestra de motivação ou psicologia às vésperas de um jogo. Pior são aquelas mensagens da família, de mulher ou filho, que fazem os jogadores chorar e acabam colocando a turma pra baixo. O que dá resultado mesmo é trabalho, é muito treinamento”. De Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, bicampeão brasileiro, segunda-feira no programa “Bem Amigos”, muito bom, apesar do Galvão Bueno.

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