EXTRA-CAMPO
O Criciúma conseguiu, mesmo sem entrar em campo, empatar a decisão do Catarinão, graças a mais um gol contra da cartolagem. A Chapecoense venceu no seu estádio e, na volta para casa, passando por Balneário Camboriú, onde ficam a Federação Catarinense e agregados, os criciumenses empataram o confronto. Todo mundo raciocinava como manda o regulamento, que a Chapecoense precisava perder duas vezes o jogo decisivo, na Arena de Joinville ou Ressacada, até então ninguém sabia. Tinha que ser derrotada no tempo normal e na prorrogação, para não conquistar o título de 2007. Esquecemos geral do TJD, onde o Criciúma empatou levando a final para o estádio Heriberto Hulse.
FAVORITISMO
Ficou difícil. A Chapecoense tem um bom time, está motivada pela vitória no primeiro jogo, mas o adversário ganhou ânimo com o resultado no quintal do doutor Delfim. Sem esquecer que o Criciúma tem uma equipe com mais recursos, embora seu treinador não tenha levado isso em conta na partida em Chapecó. Com o fato novo acrescentado pelo TJD às mumunhas de uma final, estou apostando na vitória do Tigre.
JURIDIQUÊS MALANDRO
A decisão dos honrados senhores que compõem o pleno do Tribunal de Justiça Desportiva, devolvendo ao Criciúma o direito de fazer a decisão com a Chapecoense em casa, jogou na lata de lixo a legislação esportiva. Aceitaram a pantomima montada pelo advogado de defesa e concluíram a heresia jurídica da pena seletiva. De hoje em diante punição só para jogos sem importância, tipo início de campeonato ou aqueles que não influam de nenhuma maneira no andamento da competição. E a Chapecoense não pode nem pensar em chutar o pau da barraca já que fora beneficiada anteriormente pela mesma excrescência jurídica.
MEDIEVAIS
Diante do ocorrido manda o bom senso que a nossa zelosa Federação encaminhe à Fifa sugestão propondo a mudança dos uniformes para a arbitragem. Ao invés da tradicional composição com meias compridas, bermudas e camisas, árbitros e auxiliares devem adotar alguma coisa parecida com as armaduras utilizadas na Idade Média pelos Cruzados. Devidamente acompanhadas de um bom escudo, claro. Como reforço um colete à prova de bala
FEIRA DE UTILIDADES
Os clubes também devem tirar algum proveito desta decisão do TJD em favor da baderna e das agressões. Como em tempos bicudos um troquinho a mais sempre é bom, a idéia é montar barraquinhas para a venda de pedras e tijolos dos mais variados tamanhos, cada peça com sua devida especificação. Assim teríamos artefatos cuidadosamente produzidos e de preços acessíveis porque bolso de torcedor sabe como é. Teremos diferenças de pesos, tamanhos e finalidades, tudo devidamente fiscalizado pelo Imetro. Vale criatividade, imitando rádio de pilha, almofadas, saco de pipoca, bonés, por aí. Sem esquecer da diferença principal levando em conta peso e distância do alvo: uns para atingir a arbitragem, outros para jogadores e torcida adversária e, quem sabe algum especial para o policiamento. Ai cabe uma reflexão: vale a pena continuar mantendo policiamento nos estádios?
SUPÉRFLUOS
Para encerrar, caso contrário a turma não dá conta: eliminem a figura do delegado, aquela pessoa encarregada pela Federação de faturar algum fingindo que fiscaliza o bom andamento do jogo. Representará economia de grana e daquele esforço para lembrar quem ainda não foi contemplado com este favorzinho. Dá pra pensar na supressão do quarto árbitro, mas aí o buraco é mais em baixo, ou em cima, dependendo do ponto de vista. Aos árbitros, uma orientação curta e grossa: não percam tempo com aqueles relatórios caprichados no português e na descrição dos incidentes. O TJD joga tudo fora. Só mais uma dica aos clubes: parem de gastar com bobagens na melhoria das suas praças esportivas. Mirem-se nos exemplos de porcarias que estão por aí com a tolerância dos tribunais e o selo de qualidade fornecido pela Federação.
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