LARANJADA 1
Convite para hoje à tarde na Assembléia Legislativa anuncia a presença do Ministro do Esporte, Orlando Silva, e do seu fiel escudeiro e ex-diretor geral da Fesporte, agora Secretário Nacional do Esporte Escolar, João Ghizoni. Os dois, na ilustre companhia da vereadora comunista Ângela Albino, vão anunciar a implantação em Santa Catarina, através do Instituto Contato, uma ONG do PC do B, de 100 núcleos do projeto Segundo Tempo, criado pelo Governo Federal através do Ministério do Esporte para o atendimento de crianças carentes de 7 a 17 anos com o lazer e a prática esportiva no contra-turno da escola. Segundo diz a cartilha, é a inclusão social através do esporte.
LARANJADA 2
Como o discurso é bonito e a grana repassada é altíssima (supera os cinco milhões de reais) cabe colocar o seguinte. O projeto já existia em Santa Catarina (como é que vão implantá-lo?), sob responsabilidade da Fesporte na gestão Ghizoni. Ao deixarem a instituição por causa das eleições em meados de 2006, Ghizoni e seus companheiros de diretoria (e do PC do B), com maior ou menor poder de decisão, levaram junto o projeto. Antes tiveram números e resultados contestados pelo diretor geral que assumira a Fesporte, Edmar de Oliveira Pinto, e que não podia renovar o convênio sem fechar a conta com o Ministério do Esporte. Interessados em manter o controle do Segundo Tempo o jeito foi transferir o convênio para uma ONG, coincidentemente dirigida pelos mesmos assessores de Ghizoni na Fesporte. E aí está o projeto, são e salvo, nas mãos do partido (o mesmo do Ministro) e do Instituto Contato, que ainda conseguiu a parceria do Besc e da Eletrosul. Por último vale dizer que o site do Contato não informa valores deste convênio, das parcerias, muito menos os nomes de quem dirige esta ONG.
ALGO DE PODRE
Por essas e muitas outras, e com o governo paralisado há quatro meses, embora todos esperassem a simples continuidade administrativa (um desastre por si só), o futuro para o esporte em Santa Catarina é cada vez mais nebuloso. De concreto se sabe que nada de bom foi feito até aqui na gestão esportiva, dividida entre uma secretaria de estado politiqueira e ineficiente, e uma fundação abandonada à própria sorte. Um bando de abnegados vai empurrando com a barriga para não ter que apagar a luz e passar a tranca. É triste ver instituições esportivas entregues aos negócios da política, a governantes que se intitulam “homens do desporto”, enquanto gente verdadeiramente comprometida com os interesses do esporte segue imobilizada, de braços cruzados a espera de soluções que não virão nunca. O tempo passa, o tempo voa, os recursos humanos e financeiros escorrem pelo ralo, e a farsa continua, premiando oportunistas sempre de caneta em punho, assinando convênios, distribuindo cheques, favores e muitos, muitos ginásios de esporte
À ROMANA
O futebol, todo mundo sabe, não escapa a esse furdunço. Ontem foi um dia cheio para o nosso esporte preferido, com Copa do Brasil, Libertadores, decisões estaduais e pelo mundo. Certamente a quarta-feira não passou em branco da lama no futebol. Para ficar somente nos assuntos domésticos, e sem saber o que aconteceu no TJD à noite, com a tentativa do Criciúma em anular a punição que tirou o mando de campo da partida decisiva, é mais coisa ruim pra se mexer. Apareceram defensores de uma espécie de pena seletiva, ou seja, pode punir desde que não alcance a final de campeonato como agora, empurrando a perda do mando de campo para o início do Catarinão de 2008. Então rasguem a legislação esportiva, o Estatuto do Torcedor e todos os códigos e leis que existirem por aí e que ameacem baderneiros de punição. Vamos fazer um circo à romana, com a torcida virando o dedão para baixo, determinando que o adversário seja abatido. Vale soco, pontapé, tiro, punhalada, o que for. E salve-se quem puder nas arquibancadas.
Convite para hoje à tarde na Assembléia Legislativa anuncia a presença do Ministro do Esporte, Orlando Silva, e do seu fiel escudeiro e ex-diretor geral da Fesporte, agora Secretário Nacional do Esporte Escolar, João Ghizoni. Os dois, na ilustre companhia da vereadora comunista Ângela Albino, vão anunciar a implantação em Santa Catarina, através do Instituto Contato, uma ONG do PC do B, de 100 núcleos do projeto Segundo Tempo, criado pelo Governo Federal através do Ministério do Esporte para o atendimento de crianças carentes de 7 a 17 anos com o lazer e a prática esportiva no contra-turno da escola. Segundo diz a cartilha, é a inclusão social através do esporte.
LARANJADA 2
Como o discurso é bonito e a grana repassada é altíssima (supera os cinco milhões de reais) cabe colocar o seguinte. O projeto já existia em Santa Catarina (como é que vão implantá-lo?), sob responsabilidade da Fesporte na gestão Ghizoni. Ao deixarem a instituição por causa das eleições em meados de 2006, Ghizoni e seus companheiros de diretoria (e do PC do B), com maior ou menor poder de decisão, levaram junto o projeto. Antes tiveram números e resultados contestados pelo diretor geral que assumira a Fesporte, Edmar de Oliveira Pinto, e que não podia renovar o convênio sem fechar a conta com o Ministério do Esporte. Interessados em manter o controle do Segundo Tempo o jeito foi transferir o convênio para uma ONG, coincidentemente dirigida pelos mesmos assessores de Ghizoni na Fesporte. E aí está o projeto, são e salvo, nas mãos do partido (o mesmo do Ministro) e do Instituto Contato, que ainda conseguiu a parceria do Besc e da Eletrosul. Por último vale dizer que o site do Contato não informa valores deste convênio, das parcerias, muito menos os nomes de quem dirige esta ONG.
ALGO DE PODRE
Por essas e muitas outras, e com o governo paralisado há quatro meses, embora todos esperassem a simples continuidade administrativa (um desastre por si só), o futuro para o esporte em Santa Catarina é cada vez mais nebuloso. De concreto se sabe que nada de bom foi feito até aqui na gestão esportiva, dividida entre uma secretaria de estado politiqueira e ineficiente, e uma fundação abandonada à própria sorte. Um bando de abnegados vai empurrando com a barriga para não ter que apagar a luz e passar a tranca. É triste ver instituições esportivas entregues aos negócios da política, a governantes que se intitulam “homens do desporto”, enquanto gente verdadeiramente comprometida com os interesses do esporte segue imobilizada, de braços cruzados a espera de soluções que não virão nunca. O tempo passa, o tempo voa, os recursos humanos e financeiros escorrem pelo ralo, e a farsa continua, premiando oportunistas sempre de caneta em punho, assinando convênios, distribuindo cheques, favores e muitos, muitos ginásios de esporte
À ROMANA
O futebol, todo mundo sabe, não escapa a esse furdunço. Ontem foi um dia cheio para o nosso esporte preferido, com Copa do Brasil, Libertadores, decisões estaduais e pelo mundo. Certamente a quarta-feira não passou em branco da lama no futebol. Para ficar somente nos assuntos domésticos, e sem saber o que aconteceu no TJD à noite, com a tentativa do Criciúma em anular a punição que tirou o mando de campo da partida decisiva, é mais coisa ruim pra se mexer. Apareceram defensores de uma espécie de pena seletiva, ou seja, pode punir desde que não alcance a final de campeonato como agora, empurrando a perda do mando de campo para o início do Catarinão de 2008. Então rasguem a legislação esportiva, o Estatuto do Torcedor e todos os códigos e leis que existirem por aí e que ameacem baderneiros de punição. Vamos fazer um circo à romana, com a torcida virando o dedão para baixo, determinando que o adversário seja abatido. Vale soco, pontapé, tiro, punhalada, o que for. E salve-se quem puder nas arquibancadas.
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