domingo, 31 de maio de 2009

Florianópolis sem Copa. E agora?

Quando Florianópolis lançou sua candidatura a uma das sedes da Copa de 2014, junto com o projeto de um novo estádio vieram também as promessas de uma nova cidade. A capital catarinense ganharia viadutos, ampliação do aeroporto, metrô de superfície, transporte marítimo, melhoria da rede hoteleira, saneamento básico e até um túnel subaquático, de acordo com a última manifestação do prefeito Dário Berger. Que por sinal ainda nem cumpriu sua promessa do período eleitoral, a de começar o trevo da Seta tão logo fosse confirmada sua permanência na Prefeitura. Enfim, a Copa mudaria a cara da cidade, traria mais conforto aos seus moradores, tirando de Florianópolis, por exemplo, a desonrosa segunda colocação no quesito pior mobilidade do mundo, cujo título pertence à tailandesa Phulka. As perguntas que ficam após o congresso da FIFA em Nassau-Bahamas: Florianópolis ganhará alguma coisa, mesmo eliminada da Copa? Algumas das promessas serão cumpridas? Quem sabe o secretário da Cultura, Turismo e Esporte, Gilmar Knaesel, cuja presença em Nassau era imprescindível, tenha uma resposta, para pelo menos uma das suas áreas de atuação.

Só para refrescar a memória do povo em geral, reproduzo a lista das 12 cidades escolhidas e anunciadas de acordo com o alfabeto brasileiro, segundo explicou Jospeh Blater, o presidente da FIFA: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo Tudo de acordo como a revista Placar, os colunistas Cacau Menezes e Ancelmo Góis anunciaram antes do congresso de Nassau.

sábado, 30 de maio de 2009

O leitor, o Figueirense e a Copa

Sem tirar nem por, reproduzo comentário do leitor Carlos Cotesias sobre dois assuntos importantes para a comunidade: Figueirense e Copa do Mundo. Em um e outro caso a presença do cinismo dos dirigentes esportivos e das autoridades.

“Estou lendo em seu blog as mazelas do Figueirense. Faltou acrescentar que o Fernandes renovou contrato e foi impedido de dar entrevistas... E agora o assessor não é mais o Teles o que mostra que o culpado não era ele. O senhor já notou a baixa qualidade dos textos do site? Pelo que sei o assessor de imprensa (Gustavo) nem é jornalista...
Quanto sua oportuna nota sobre a Copa do Mundo, acrescento:

COPA DO MUNDO

Continuamos sendo o "zero" da 101 e vamos ver jogos da Copa do Mundo em Porto Alegre ou Curitiba. Pior, certamente nem local de treinamento seremos. Joinville está bem mais próximo (cerca de 100 km) de Curitiba, enquanto estamos à trezentos. Com um belo estádio e bons hotéis, a cidade pode ser um centro de treinamento. É só se mexer.
Como queríamos ser sede da Copa se temos tantos problemas administrativos e técnicos? Para tua análise:

1 - ESTÁDIO:

Qual a garantia que a FIFA tem para o estádio? A nova construção exige a demolição do ginásio de esportes Carlos Alberto Campos (tem que passar pela Câmara Municipal e pode levar tempo); a permuta com a empresa de ônibus (certamente a área estaria supervalorizada e é um acerto privado); o entorno do estádio teria várias desapropriações (casas, estabelecimentos comerciais, etc) e isso não se faz em um ano; para começar a obra, o Figueirense teria que construir outro estádio num terreno doado por prefeitura de São José, Palhoça ou Biguaçu. Outro processo moroso.

2 - INFRAESTRUTURA

Você sabe que o problema de transporte é fundamental. Então vejamos:
a) Quantos anos tem o aeroporto (temos que ter um novo)? Quantos anos tem a Ressacada ? E por acaso já concluiram a ligação centro-aeroporto?
b) Quanto tempo faz que estão recuperando a Ponte Hercílio Luz? E agora querem fazer metrô de superfície em três anos...
c) A ponte Colombo Salles tem mais de 30 anos e até hoje não terminaram suas passarelas para pedestres...
d) E a Beira Mar continental deveria estar pronta quando?
e) E a ligação centro canasvieras etc vai ter sua duplicação concluída quando?
f)Tem mais... querem ter a Argentina como aliada. Primeiro, não sabemos se a Argentina viria para cá...depois, não custa lembrar que em janeiro e fevereiro, a cidade explora os argentinos que agora queremos como aliados.
g) Foram pedir ajuda para o Leoz (Conmebol) e o presidente Grondona (Federação Argentina) e tornaram público? À quem daquela comitiva os dois conheciam?
Se você parar para pensar...tem muito mais, mas isso é o suficiente para justificar nossa troca por Natal.

Aliás é só comparar uma das nossas praias com Ponta Negra (RN). Ganhamos no que Deus nos deu, mas perdemos no que o homem fez.”

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Acabou-se o que era doce


Não deu de Pinochio, mascote da nossa candidatura, vamos de Sherlock para tentar descobrir o que aconteceu.

Várias capitais brasileiras, entre elas Porto Alegre, Salvador, Curitiba e Natal, têm grandes festas programadas para este domingo, quando serão anunciadas em Nassau-Bahamas, as sedes para a Copa de 2014. Em Florianópolis reina o silêncio absoluto e constrangedor. Acabou a vitrine, o otimismo não passou do discurso. O colunista Ancelmo Góis publicou e o César Valente já reproduziu no seu blog a relação das 12 cidades sedes. E eu to indo junto. Apesar das tentativas das autoridades locais e até do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, de jogar fumaça sobre o assunto, o colunista Cacau Menezes antecipou e garantiu a informação no distante 17 de maio. O que me preocupa não é a confirmação do que já se desconfiava e muitos já sabiam, mas o futuro da cidade. Talvez por isso o prefeito Dário ande pra cá e pra lá, como um caixeiro viajante, anunciando obras por toda Florianópolis. Até um túnel submarino o homem inventou. Já comprei minha roupa de escafandrista, daquelas para mergulhos em grandes profundidades. Bem, comecei este lero-lero por causa da tal lista. Aqui está ela, com todas as regiões do país contempladas. Do sul só faltou Florianópolis: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre (mais um viaduto na vida da nossa cidade), Curitiba, Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal.


Sonho de uma noite outonal


Eu acredito no judiciário brasileiro. Juro. Aqueles homens vestidos de modo anacrônico, de linguajar empolado e “notório saber jurídico”, aplicam diariamente os preceitos que norteiam a justiça. Imagino assim que o cidadão brasileiro está protegido, senhor dos seus direitos, seja qual for a sua condição social na abrangência delegada por esse contexto. A cidadania plena estabelecida pela Constituição nos é garantida com o mínimo para uma vida digna. Temos educação, saúde, segurança e emprego. Somos um povo saudável e feliz, protegido pelo exercício pleno da democracia e do funcionamento harmônico dos três poderes. A base para esta pirâmide de felicidade e equilíbrio social está na justiça, igual para todos, uma realidade desta nação.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Chamem os Caça-Fantasmas



O tempo passa, o tempo voa, o Figueirense não aprende a se comunicar e continua cada vez pior, acumulando episódios muito estranhos nos vestiários. Primeiro foi aquela brincadeira de mau gosto do vestido cor de rosa em um treino, punição ao jogador de pior desempenho. O técnico Roberto Fernandes jura até hoje que a travessura não foi iniciativa sua. Há pouco aconteceu a troca “involuntária” de camisas. Lucas, que já tinha cartão amarelo, voltou para o segundo tempo do jogo contra o ABC em Natal com outro número às costas. Novamente ninguém, muito menos o treinador, apareceu como responsável. Ficou como obra de um funcionário distraído. Nesse caso o tiro saiu pela culatra porque a malandragem foi denunciada pelo quarto árbitro e o jogador acabou expulso. Para encerrar a série “não tenho nada a ver com isso”, a escalação do time que enfrentaria o Ceará apareceu para a imprensa somente 15 minutos antes de o jogo começar. E com o nome completo dos atletas, sem os apelidos. Despiste para o adversário? Além de ser um desrespeito aos repórteres – principalmente aos cearenses - e ao torcedor, é uma infração ao regulamento das competições da CBF. De novo faltou a “assinatura” do autor desta bobagem. Tem fantasma frequentando o vestiário do Figueirense e pelo jeito já atrapalhando o desempenho do time.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

O professor tem razão, mas...


"Foi comovente ver, ontem, a entrevista com o grande ginasta Diego Hipólito onde comunicava, entre outras , estar a 10 meses sem receber salário, custando a obter um novo patrocinador, simplesmente por falta de divulgação para os sucessos. Somente no último domingo obteve duas medalhas de ouro em uma etapa da Copa do Mundo de Ginástica na Europa e, simplesmente, a imprensa brasileira não divulgou. Em SC a situação não é diferente, pois o grande time de vôlei masculino da Unisul encerrou as atividades por falta de divulgação, acontecendo o mesmo com o time de vôlei feminino de Brusque, sem falar no remo de Florianópolis, a volta a Ilha de revezamento com 350 equipes, mais de 3 mil atletas, muitos estrangeiros e grande parte fora de SC, e a imprensa praticamente ignorou esse grande evento e, para terminar, dia 31 de maio teremos o Ironman, sem dúvida alguma, o 2º evento esportivo mais importante do Brasil, só perdendo para a Fórmula 1, e onde está a divulgação? Se esse evento fosse em um outro país, ao longo do ano, a população estaria sendo comunicada, fazendo parte do seu calendário oficial, a exemplo das grandes maratonas".


Captei do blog do colega Roberto Alves esta carta carregada de ressentimento transcrita aqui “ipsis líteris”. O texto é do professor Hélio Moritz, homem do atletismo e muito ligado às atividades esportivas por toda Santa Catarina. Suas queixas são procedentes, mas incompletas. A turma do indevidamente chamado “esporte amador” tem muito mais do que reclamar, e não só da falta de cobertura da grande mídia, mas principalmente da inexistência de uma política estadual para o esporte e de critérios saudáveis para a distribuição de recursos públicos, entre eles os oriundos do Fundesporte. E outra coisa, professor: suas queixas ganhariam mais amplitude não fossem reservadas apenas a alguns canais de comunicação. E também teriam mais credibilidade se alguns dos reclamantes de hoje não vivessem desde ontem à sombra de algumas figuras deste e de outros governos estaduais.

domingo, 24 de maio de 2009

Separatismo


Fui beber, como faço sempre, na fonte do NEI DUCLÓS, e arrastei pra cá este seu texto maravilhoso.

Costumam fazer enquetes sobre um novo país, formado apenas pelos estados do Sul, com expressivos índices de aprovação. Algumas pesquisas incluem São Paulo e só mesmo o desconhecimento mútuo poderia juntar paulistas e a indiada da fronteira. Parece que a idéia do separatismo ganha força à medida que cresce a decepção com essa coisa que nos cobra tanto imposto e que só serve para alimentar corruptos, defender direitos humanos de bandidos, encher os bolsos dos vagabundos com as esmolas do governo, liberar assassinos confessos, entre outros expedientes, como o índice pluviométrico de crimes.


Eu também vou aderir a idéia do separatismo. Acho bom que São Paulo seja incorporado às margens do rio Uruguai. Ou que a araucária seja o símbolo da região do Ibicuí. Seria maravilhoso que o chapéu de caubói do interior paulista fosse adotado em Itaqui, ou que as esporas fossem usadas no Bexiga. Teríamos um país de Primeiro Mundo, mas não seria o ideal. Sugiro algumas pequenas mudanças na idéia original, sem querer desfazer as bases dessa genial solução para todos os nossos problemas.


Esquecem de incluir Minas e seria de muito bom tom convidar não o Aecinho, mas Milton Nascimento. Seríamos compatriotas do Clube da Esquina, já pensou? Haveria problema em comer carne de búfalo xucro dos sertões mineiros, mas meus olhos faíscam só em pensar numa potência, com Minas sendo o famoso “plus a mais”, invenção suprema da linguística tautológica.


Mas assim mesmo o separatismo, que não daria bola para esses botocudos horrendos que habitam as outras regiões, não seria assim de última geração se não comportasse ou convidasse o Rio de Janeiro.Ah, o Rio do Tom, do Chico, do Cartola, do Vinícius. Bom lugar para uma capital, não é mesmo? Assim teríamos a bossa unida a Carlos Drummond de Andrade, as garotas de Ipanema tomando mate, o Pão de Açúcar sendo símbolo de uma nação que não se restringiria ao Itaimbezinho ou à praia da Joaquina.


O Rio traria o charme necessário, mas a emenda não ficaria completa se não fosse incluído o Espírito Santo, que é o mar de Minas e praticamente uma continuação do Rio. E para não perder a pose e incrementar ainda mais o separatismo de Primeiríssimo Mundo, anexaríamos a Bahia, com Salvador e tudo. Já pensou? Combinar Jayme Caetano Braun e Caetano Veloso? O Recôncavo e a região dos Lagos? Pelotas e Feira de Santana?


O mundo se deslumbraria com esse lugar maravilhoso que criaríamos com nosso furor separatista. E para assombrar mais ainda os gringos, teríamos a manha de incluir no projeto o Nordeste inteiro, pois é de lá que vem as olindas, os mamulengos, os arrecifes, a Paraíba , o Luiz Gonzaga e toda aquela riqueza infinitamente fantástica que faria a glória de um novo membro das Nações Unidas. E já que tem muita gente de olho na mata, anexaríamos a Amazônia, com Amapá, Roraima, Manaus, Ver-o-Peso e tudo o mais.


E sendo assim, ainda, de quebra, colocaríamos no novo mapa os dois Mato Grosso, mais Goiás e Tocantins. Pronto. Estaria assim feito o carreto. Uma nação orgulhosa, à parte, que começaria tudo de novo e teria em praça pública seus grandes heróis, como o Andrada da Independência, que não deixou os ingleses comprarem a ilha de Santa Catarina, mais Caxias, Osório, Zumbi, princesa Isabel, Dom Pedro II e todos os cidadadãos que deram seu sangue para nos separar de franceses, holandeses, castelhanos, portugueses.


Proponho que batizem o novo território de Brasil. Soa bem. E quando a gente ouvir o hino que escolhermos para ele, não só levaríamos a mão no peito e cantaríamos a letra inteirinha, do Virandô ao Berço Esplêndido. Mas também choraríamos de emoção, pela honra de pertencer a um legado de tanta luta e tanta grandeza. E quando alguém quisesse vir com idéia de desmembrar o novo território, que chamaríamos de Pátria Amada, não teríamos dúvidas. Pegaríamos em armas.


RETORNO - Imagem desta edição: Batalha dos Guararapes, quadro de Vitor Meirelles. Foi quando essa impossibilidade teórica, o Brasil, começou a existir de fato. Os holandeses, que hoje nos adoram, segundo testemunho de Daniduc, que mora em Amsterdam, gostam de lembrar que foram expulsos daqui a pau. O que eles não perdoam são os alemães, que invadiram a Holanda na Segunda Guerra. Eis a diferença. O país que se defende, mora no coração até dos adversários. O que invade é odiado em qualquer parte do mundo.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Hora errada, lugar errado


Em convocações anteriores, quando não havia o paralelismo de competições importantes como Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, Dunga deixou de lado jogadores que atuam no Brasil, preferindo sempre a turma da Europa. Agora desfalcou Grêmio, Cruzeiro, Corinthians e Internacional envolvidos em decisões, ao mesmo tempo em que se dividem com os jogos difíceis do Campeonato Brasileiro. Evidente que Vitor, Nilmar, Ramires e André Santos merecem estar na seleção, mas em outra hora. Afinal, se Dunga nunca deu bola para as críticas às suas experiências exóticas, por que não deixar para mais tarde a idéia de bancar o politicamente correto? Logo depois de divulgar sua lista e de sua sempre bem humorada entrevista o técnico da seleção decidiu fazer hora extra em Florianópolis. Aqui participará da abertura do Brasileiro de Showbol, evento bancado por nós e que vai correr toda Santa Catarina pela bagatela de R$ 1.700.000,00. Ainda sobrou tempo para dar uns pitacos na reunião cuja pauta é a Copa de 2014 e suas sedes.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

As semelhanças entre Dunga e Loroza

Acabei de ver e ouvir o Dunga na sua coletiva pós-convocação para as eliminatórias e Copa das Confederações. O homem nasceu brigado com o mundo, cada resposta é um tijolo dirigido ao entrevistador. Não gosta de dar explicações. De tão irritado ele acaba perdendo a linha de raciocínio. Nem vale a pena analisar sua lista que tira cinco jogadores dos clubes envolvidos com Copa do Brasil e Libertadores. Em outras oportunidades quando a situação era bem mais tranquila só valia convocar os “europeus”. Incoerência, birra, sabe lá o quê mais move esse tanque de guerra, esse peso pesado do futebol brasileiro.

Por sinal é a única diferença entre o técnico da seleção brasileira e o bem humorado ator Sérgio Loroza, que agora vive a se desculpar pelo comercial que botou nas alturas o transporte coletivo de Florianópolis. Diz que foi enganado, não sabia que a verdade era outra. Aí estão as semelhanças entre Dunga e Loroza. Um decidiu avalizar um projeto faraônico, o showbol por toda Santa Catarina e que vai custar uma fortuna em tempos tão bicudos como os de agora e de tantas carências. Ignoram a realidade dos flagelados de novembro que têm seus donativos pungados e não sabem onde foi parar o dinheiro arrecadado para ajudá-los. Os pobres continuam nus e na rua da amargura. E o governo do estado, nada. O outro, bonachão, simpático e tão famoso quanto, deixa-se enganar pela máfia que domina os dois lados do balcão do transporte público da Capital. Dunga, como Loroza, vai dizer que não sabe de nada. Está aqui de alegre, porque gosta de bater uma bolinha. Como entender que um homem que dá parte do seu tempo e disponibiliza recursos próprios para um projeto social que atende crianças carentes numa vila da Grande Porto Alegre, empresta seu nome e prestígio para picaretagens e gastança do dinheiro púbico? Como diz aquele teatral comentarista de rádio e tevê, tratem os dois de se informar, vão ler um livro.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

CBF desmente DC e colunista



O site da Confederação Brasileira de Futebol (http://www.cbfnews.com.br/) divulgou nota no final da tarde da terça-feira desmentindo informações do colunista Cacau Menezes e matéria do Diário Catarinense sobre o fato de Florianópolis ter sido preterida como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014. Segundo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o anúncio oficial da FIFA sobre a definição das 12 sedes brasileiras será feito somente dia 31 de maio em Nassau.


19/05/2009 às 18:15
Presidente da CBF faz esclarecimento sobre notícia publicada no jornal Diário Catarinense
CBF NEWS

O presidente Ricardo Teixeira esclarece que não tem procedimento a notícia publicada pelo jornal "Diário Catarinense" em sua edição desta terça-feira, dia 19 de maio, na coluna Cacau Menezes, com o título "O Furo", segundo a qual Florianópolis está "fora da Copa de 2014".
Vale ressaltar que o presidente Ricardo Teixeira sequer teve conhecimento dos motivos abordados na nota, como justificativa para a exclusão de Florianópolis, entre eles o fato de o governador de Santa Catarina ter jantado com "os presidentes das federações de futebol da Argentina e Sul-Americana atrás de apoio".
Finalizando, o presidente Ricardo Teixeira reafirma que a escolha das 12 cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014, a ser feita no dia 31 de maio, em Nassau, é de responsabilidade da FIFA.
ATUALIZANDO
Até aí nada de novo. Uma informação não elimina a outra. Mesmo porque a nota da CBF apenas desdiz sem provar nada em contrário. Independente do que vier pela frente o certo é que a população de Florianópolis aguarda pelas melhorias prometidas para a cidade, com Copa ou sem Copa.

terça-feira, 19 de maio de 2009

O que será de Floripa?


Tem um passarinho que costuma fazer sobrevôos ao lado de uma das janelas do meu apartamento para deixar recadinhos e lembretes. O último diz respeito a Copa do Mundo de 2014 e o fato de Florianópolis ter sido preterida como uma das sedes, conforme Cacau Menezes anunciou em sua coluna do Diário Catarinense. Quero dizer que não posso ouvir falar em Copa no Brasil enquanto não forem esclarecidos os gastos dos últimos Jogos Pan Americanos realizados em 2007 no Rio de Janeiro. Aquela esbórnia com o dinheiro público e o legado de elefantes brancos continuam sob o tapete, junto com outras sujeiras produzidas pelos dirigentes esportivos. Pois o meu passarinho confidente acha que perdemos a Copa para Natal e com isso Florianópolis perde também cerca de 500 milhões de dólares, empregos diretos e indiretos e outras mumunhas. Sem contar que ficaremos abaixo de muitas capitais do nordeste em matéria de estádios. Ora, ora, meu passarinho desgostoso, pior que isso é ver nossa bela cidade carente de infraestrutura para o turista e seus cidadãos. Ou seja, tudo o que foi prometido caso a Copa viesse pra cá foi pro espaço. Continuaremos sem aeroporto decente, sem metrô de superfície, sem transporte marítimo, com ruas esburacadas, sem hospitais, sem segurança e sem outros serviços básicos que a população merece e não tem. E com a duplicação da BR-101 sul se arrastando. No duro, no duro, uma sede da Copa em Florianópolis daria conta de tudo isso?

Mais gols contra da justiça esportiva

O título acima não é meu, é do Juca Kfouri, um dos ícones da crônica esportiva brasileira, para o seu comentário sobre as últimas decisões da nossa justiça esportiva. Que me desculpem os amigos que tenho no TJD da casa, mas faço minhas as palavras do Juca. Como ele, não entendo o que se passa na cabeça dos julgadores daqui e de fora.

“O torcedor de futebol, a cada julgamento, tem mais motivo para não acreditar na dita justiça esportiva.

Ontem (segunda-feira) foi julgado, no tribunal paulista, o jogador Diego Souza, do Palmeiras, que deu um show de descontrole ao voltar a campo para agredir o zagueiro Domingos, do Santos, nas semifinais do Paulistinha.

Ele não só pegou apenas oito jogos de suspensão como, ainda, por cima, só vai cumpri-los, se cumprir, no Paulistinha do ano que vem.

Já o o tribunal superior, no Rio, na semana passada, suspendeu o jogador Dentinho, do Corinthians, corretamente, por três jogos, porque ele deu uma cotovelada num adversário.
No mesmo dia, o mesmo tribunal, no entanto, absolveu o jogador Fred, do Fluminense, que deu um tapa no rosto de outro adversário.

Ou seja, um caso típico daquela justiça que é igual para todos, mas mais igual para alguns.
A tradição bacharelesca do Brasil impede que se faça aqui o que se faz em países mais adiantados quando se trata de justiça no esporte: o rito sumário.

Por meio do qual uma cotovelada pode até ser considerada mais grave que um tapa, mas um tapa jamais será sinônimo de impunidade.”

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Uma Copa para salvar o Brasil

A jornalista do Diário Catarinense, Simone Kafruni, assinou reportagem na edição desta segunda-feira relatando todas as dificuldades vividas pela indústria do turismo no Brasil. Surpreendentemente alguém escreveu alguma coisa mais de acordo com a realidade, afastando o oba-oba, foco até então do noticiário sobre o WTTC, congresso para poucos que foi realizado no Costão do Santinho, sub sede do governo Luiz Henrique. Na abertura da matéria, reproduzida abaixo, com base no relatório do Fórum Econômico Mundial, está escrito o que não foi abordado em nenhum momento por promotores e patrocinadores do evento. Lá pelas tantas, claro, aparece a panacéia para todos os males do nosso turismo, a redenção do país, a Copa do Mundo de 2014. Quem acredita nisso?


Muitas pedras no caminho


“O potencial turístico brasileiro foi bastante repetido durante o 9º Congresso do Conselho Mundial de Viagem e Turismo (WTTC). Mas partiu do Fórum Econômico Mundial a avaliação mais incisiva dos planos acalentados pelo país de se tornar um destino internacional de peso.
O Brasil é o pior dos emergentes na priorização do turismo como atividade econômica, o último dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) na qualidade de infraestrutura de transportes e o 91º lugar entre 133 países na competitividade dos preços praticados pelo setor.
O último dia do congresso não começou bem para o Brasil. No tradicional café da manhã que promove no WTTC, o Fórum avaliou o desenvolvimento do turismo do país com base no Relatório de Competitividade em Viagem e Turismo 2009, divulgado em março. Apresentado pela diretora da Indústria de Aviação, Viagem e Turismo do Fórum, Thea Chiesa, o estudo aponta muitas falhas no Brasil, principalmente na área de segurança pública e infraestrutura aeroportuária e rodoviária.
– O transporte aéreo do Brasil é insuficiente para atender uma demanda crescente de turismo. A qualidade das rodovias também é a pior dentre os países emergentes. O setor precisa de investimentos urgentes – ressaltou Ivan de Souza, presidente do Booz&Co na América do Sul, empresa parceira na realização do estudo.
O relatório mostra ainda que os preços do turismo no Brasil não são competitivos e estão na média dos praticados em destinos como Espanha, Estados Unidos e Portugal, e que é preciso forçar uma reaproximação com a realidade do país. Conforme Souza, o nível do turismo receptivo também foi considerado muito baixo.
– Apesar dos desafios que o país tem pela frente nas questões logísticas e de segurança pública, existem muitas oportunidades e a Copa do Mundo de 2014 pode ser um fator catalisador de investimentos em infraestrutura para resolver os principais problemas nos próximos anos. E isso se faz necessário porque o crescimento do turismo no Brasil vai se dar mais rapidamente do que em toda a América Latina (...)”

Que venha o Coritiba

(Ao fundo o árbitro amarelão de Flamengo x Avaí na foto de Júlio Guimarães - Lancepress)

O Avaí fez bonito no Maracanã, junto com sua torcida que marcou presença nas arquibancadas em número expressivo. A vitória diante do Flamengo só não aconteceu por causa da arbitragem ruim e caseira do alagoano Francisco Nascimento e da imprecisão de Caio e Lima nos arremates. Mais treinamentos para esses dois e um pouco de reflexão de Silas na hora de escalar o time. Lima só precisa arrumar a pontaria para ganhar a posição de Muriqui. Nas duas laterais o problema continua: nem Ferdinando nem Uendel dão conta do recado. Só defendem. O Coritiba, próximo adversário, ainda não marcou ponto, tem jogo nesta terça-feira contra a Ponte Preta pela Copa do Brasil, e pode chegar aos frangalhos na Ressacada para enfrentar o Avaí, pronto para ser batido até com facilidade.

Que venha a Portuguesa



Rafael Coelho já marcou quatro gols e lidera a artilharia da série B. Não é por acaso. É um ótimo atacante, pois tem velocidade, é oportunista e por isso sabe aproveitar muito bem as chances criadas, além de contribuir com cruzamentos e tabelas. O Figueirense não deixou barato e em dois jogos já marcou seis gols e sofreu apenas um. Em Natal o placar só não foi maior graças à péssima arbitragem de um cidadão chamado Mayron Frederico. Méritos pelo bom rendimento do time para o técnico Roberto Fernandes, invicto desde que chegou a Florianópolis e principal responsável pela arrumação da casa que estava uma bagunça. O bom time da Portuguesa vem ao Orlando Scarpelli, um excelente teste para conferir o poderio ofensivo do Figueirense com Rafael Coelho, cria da casa e deixado de lado pelos técnicos que antecederam Fernandes.

Tudo como dantes


Saudada pelos especialistas como a melhor dos últimos tempos, a temporada atual da Fórmula l por enquanto é uma decepção, apenas repetindo as anteriores. Tem piloto ganhando quatro provas em cinco, Barrichello reclamando do mundo, nunca dele próprio, e um monte de lambança da cartolagem que comanda esse circo. São os mocinhos de ocasião enfrentando os vilões de sempre.

Detalhes tão pequenos

Imperdoável o erro de vestiário que deixou o Figueirense com um jogador a menos todo o segundo tempo por causa da expulsão de Lucas que voltou ao campo com camisa de número diferente.

– Na segunda rodada da série A só o Santo André venceu fora de casa, fazendo 4 a 2 no Coritiba, próximo adversário do Avaí.

– A CBF imita a Federação Catarinense na sua escala de árbitros, botando na roda muita gente ruim. Os jogos de Avaí e Figueirense, Atlético x Grêmio e São Paulo x Atlético PR foram os piores exemplos do fim de semana.

– Pela manhã, em entrevista à Rádio Gaúcha, Luxemburgo menosprezou o time e as conquistas do Inter. À tarde levou o troco no Beira Rio com o 2 a 0 para uma formação mista que Tite mandou a campo.

– A imprensa carioca considerou um fiasco o empate de 0 a 0 do Flamengo com o Avaí. Como sofre esse Cuca !!!

– A série A ta boa demais: tem quatro jogões em média por rodada.

– É cedo, são apenas duas rodadas, mas Campinense, América RN, Fortaleza e ABC são meus candidatos ao rebaixamento na série B, por coincidência os quatro últimos na tabela.

- Oitenta mil pessoas no show do Roberto Carlos. Foi a manchete da segunda-feira. Aonde aconteceu este show?

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Dinheiro vai, dinheiro vem


O último a sair apaga a luz. É isto que está acontecendo com o voleibol dito catarinense. Em dois meses as meninas da Brasil Telecom/Brusque e os rapazes da Unisul/Tigre/Joinville fecharam as portas de suas equipes e foram embora a procura de outros hospedeiros. Quanto tempo vai demorar para novos comunicados sobre o fim de empreendimentos semelhantes? Difícil saber. Depende para onde soprarem os ventos da economia e dos interesses a que estão vinculados os recursos dos eventuais investidores ou patrocinadores.
Enquanto o esporte de rendimento abrigando modalidades olímpicas passa o chapéu junto à iniciativa privada, o poder público despeja milhões de reais em projetos das mais variadas procedências e finalidades dúbias. Onde estão as políticas públicas voltadas para o esporte, onde vão parar os recursos oriundos da renúncia fiscal? Continuamos vivendo de lampejos de algum dirigente mais inspirado, de interesses localizados de um ou outro município com maior poder econômico e vocação esportiva. Tem sido assim através dos tempos e não há perspectiva de mudanças a médio ou longo prazo. De imediato só o vai e vem de projetos sem sustentação duradoura e que terminam ali adiante, ao primeiro sinal de problemas de caixa.

O resultado da impunidade


Itajaí vive o pesadelo do fracasso rotineiro no segmento esportivo que mais mexe com a comunidade, o futebol. Lourival, jogador do distante Tocantis, contratado pelo Marcílio Dias, e abandonado na cidade, luta para receber três meses de salários atrasados, recursos que deveriam estar na sua conta bancária para o sustento da mulher e três filhos pequenos. Ao mesmo tempo o clube anuncia a chegada de reforços para a disputa da série C do Campeonato Brasileiro. Com que roupa? Exemplos como estes existem no país inteiro e não há tribunal que puna com rigor – afastamento de qualquer atividade esportiva, por exemplo – os responsáveis por essa prática muito comum no futebol brasileiro. Passa o ano, ficam as dívidas, e na próxima temporada os devedores impunes estarão de novo regularmente inscritos para as competições oficiais.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Livre pensar


O futebol é assunto que permite todo o tipo de teoria sem prazo de validade. Como acontece agora no Avaí com a interminável discussão sobre a dependência que o time tem de Marquinhos. Os defensores desta tese garantem que o futebol avaiano sem o loiro camisa dez muda do dia pra noite. Outra parte retruca com o fato de o Avaí ter enfrentado jogos decisivos e se dado bem sem ele. A polêmica agora invade o Campeonato Brasileiro com o time encarando a série A. Passou o Atlético Mineiro, agora vem o Flamengo no Maracanã, campo fértil para a produção de novas idéias sobre a importância do Marquinhos. Até alguns companheiros de equipe já aderiram à controvérsia. Fique a vontade, caro leitor, prefiro acompanhar de fora como mediador. A única coisa que me intriga é como um jogador com as qualidades de Marquinhos não deu certo nos grandes clubes por onde passou.
(foto Ricardo Duarte DC)

Paz


As transmissões de tevê têm mostrado muitas mulheres e crianças nas arquibancadas, sintoma de que em matéria de comportamento das torcidas estamos mudando para melhor, abrindo caminho para o retorno das famílias ao futebol. É preciso tratar com rigor (sem pancadaria) e eliminar aquela meia dúzia de imbecis que gosta de levar a violência para os estádios.

terça-feira, 12 de maio de 2009

O vôlei da Unisul também já foi


Recebi e-mail nervoso de um amigo e jornalista sempre atento aos assuntos do esporte. Pede sigilo e faz questionamentos que fiz há muito tempo no blog e na minha coluna no DIARINHO. As televisões não gostam de mostrar o nome de patrocinadores, escondem as marcas de quem contribui de alguma maneira com o futebol e outras modalidades. Trocam o nome do patrocinador pelo da cidade, no caso dos times de vôlei e outras modalidades de quadra. No futebol, durante as entrevistas coletivas, fecham as câmeras sobre o rosto dos entrevistados, evitando bonés, camisas e fundos com a identificação das marcas. A última vítima de quadra é o voleibol da Unisul, que em nota oficial explica sua decisão de acabar com o time de vôlei porque seus patrocinadores desistiram do projeto por falta de exposição na mídia. A Rede Globo se defende em nota oficial alegando que essa postura faz o público entender que existe uma fronteira entre a linha editorial e a comercial, eliminando o risco de qualquer tipo de comprometimento dos seus narradores, repórteres e comentaristas.


O protesto do leitor:

“Li que a Unisul fechou o time de vôlei de Joinville alegando que a Globo não citava o nome do clube e sim da cidade. A Globo distribuiu uma nota sobre o assunto. Faço a seguinte pergunta: Ferrari é nome de um clube ou de uma marca de automóvel? Por que nas transmissões de Fórmula 1 a Globo abre as câmeras e nos outros esportes praticados no Brasil ela manda fechar para não aparecer o nome dos patrocinadores? Ela é parceira, quer grandes clubes, mas omite o nome dos patrocinadores que ajudam a sustentar os espetáculos transmitidos na maioria das vezes a um custo muito baixo. O Clube dos Treze não se manifesta enquanto a Unisul foi corajosa, mas agora vai ser queimada pela Globo.”
O outro lado

Concordo e discordo. Tem também – e é muito comum – a situação de projetos bastante conhecidos que se instalam nas cidades, se apropriam de equipamentos esportivos (ginásios e outras instalações), recebem recursos do município e, de repente, na medida em que seus interesses apontam para outro lado, simplesmente desmontam o circo e vão embora. São os dois lados dessa ainda novidade no esporte brasileiro chamada patrocínio e que envolve muitas modalidades olímpicas. No caso dos esportes individuais a situação fica esquisita quando, ao falar ou escrever, o jornalista é obrigado a agregar ao nome do atleta uma lista imensa de colaboradores (patrocinadores). O certo é que em tudo isso há um fundo de verdade e muita coisa pra ser discutida até aparecer uma luz no fim do túnel evitando esse abre e fecha, esse monta e desmonta de equipes em todo o país.
A NOTA DA UNISUL
A UNISUL informa que está suspendendo o projeto que iniciou, há 10 anos, quando trouxe uma equipe de voleibol masculino para Santa Catarina, colocando o estado em lugar de destaque no ranking nacional do esporte.

Entretanto, o projeto vai além da valorização do voleibol profissional, pois continuará na sua missão social de contribuir para a inserção de novas gerações carentes nessa modalidade de esporte, o que vem sendo realizado, com sucesso, em 30 cidades do Estado, onde são mantidos 5.200 alunos, na faixa etária de 10 a 17 anos.

Para não comprometer a sua principal missão, pautada no ensino, pesquisa e extensão, a UNISUL sempre contou com o patrocínio de empresas privadas e dos governos estadual e de municípios.

Ultimamente, a UNISUL, para manter uma equipe competitiva, aceitou reduzir o seu nome no uniforme dos atletas e até em placas publicitárias, e preferiu silenciar-se diante da decisão da emissora de televisão, exclusiva na retransmissão dos jogos, de omitir o seu nome na identificação da equipe. Além disso, de cinco jogos exibidos ao vivo em 2008, apenas um mereceu transmissão simultânea este ano na emissora aberta, o que contribuiu à desistência de patrocinadores, que não renovaram os seus contratos ou que propuseram a redução de valores para a nova temporada.

Este conjunto de fatos impeliu a UNISUL a suspender o projeto da equipe de voleibol masculino para 2009/2010, sob pena de comprometer as atividades que justificam a sua existência.

A UNISUL assegura a continuação dos demais projetos, que compreendem a equipe de Futsal, que participa da Liga nacional em nome da cidade de Tubarão; as 69 escolinhas de formação esportiva, localizadas em 30 cidades, reunindo 5.200 alunos entre 10 e 17 anos; as equipes profissionais de natação e judô; bolsas de estudos a mais de 100 atletas amadores e profissionais.

Da mesma forma, a UNISUL orgulha-se de cumprir a sua missão, de investir cerca de 20% dos seus recursos orçamentários em serviços gratuitos à população, tanto na área da saúde, quanto na jurídica, esporte e outras. Somente em Tubarão, 30% da população é assistida gratuitamente, todos os meses, pela nossa Universidade.

Diante da decisão de suspender o projeto de voleibol, a UNISUL agradece:

# à comunidade de Joinville, por ter sediado com carinho e vibração a equipe de voleibol Tigre/Unisul/Joinville nos últimos dois anos, bem como a todos os torcedores da equipe espalhados pelo estado catarinense, país e exterior;
# à imprensa, pela cobertura e visibilidade sempre dada ao projeto;

# a todos os profissionais que participaram, dentro e fora das quadras, da equipe da UNISUL, simbolizadas na pessoa de Giovane Gávio, um dos maiores ídolos do voleibol mundial, treinador e coordenador do projeto nas últimas três temporadas;

# à comunidade acadêmica da UNISUL, composta por alunos, professores, coordenadores, colaboradores e gestores, que compreenderam a importância e apoiaram o patrocínio à equipe como instrumento de fortalecimento da imagem institucional.
Finalmente, a UNISUL faz um apelo à Confederação Nacional de Vôlei no sentido de repensar as estratégias de marketing da Superliga, visando a favorecer as equipes em seus esforços de buscar apoio imprescindível à sua sobrevivência. Uma das sugestões é condicionar à emissora que transmite com exclusividade os jogos, a exigência de mencionar os nomes verdadeiros das equipes, considerando que a televisão não pode se omitir no seu papel de ajudar a fortalecer uma modalidade do esporte que cresceu e se fortaleceu graças à abnegação e destemor de seus atletas e dirigentes.
A NOTA DA GLOBO

Os critérios que orientam as decisões das equipes de Jornalismo e de Esportes da Globo, de citar e exibir marcas, atendem a uma finalidade: ajudar o público a reconhecer a existência de fronteiras entre editorial e comercial, além, é óbvio, de resguardar, legitimamente, o modelo de viabilização da TV aberta, cujo sustento deve advir exclusivamente da comercialização dos intervalos e de outros formatos comerciais.
Do ponto de vista editorial, a citação indiscriminada de marcas comerciais por parte de narradores, comentaristas e repórteres poderia induzir o público a erro de julgamento quanto a independência, isenção e integridade que estes profissionais obrigatoriamente devem manter com relação a equipes e eventos esportivos. Por isso, mesmo considerando que o mercado esportivo evoluiu muito nas últimas duas décadas, a TV Globo nunca abriu mão deste princípio editorial, sem, entretanto, deixar de cumprir o dever de informar.
A Globo considera que a visibilidade natural proporcionada aos patrocinadores de equipes e eventos, em transmissões e reportagens, por si só agrega valor às marcas e gera ganhos de imagem para as empresas investidoras no esporte, dado o imenso alcance de público da televisão aberta.Além do propósito de apoiar o esporte, o expediente de utilizar marcas comerciais para dar nome às equipes e patrocinar ostensivamente projetos esportivos visa, evidentemente, à obtenção da chamada “mídia espontânea” – as empresas querem a citação gratuita das suas marcas, evitando adquirir espaço comercial para expor seus produtos ou serviços.
É curioso que, justamente no momento em que o mundo atravessa grave crise econômica, empresas aleguem que vão encerrar projetos esportivos porque suas marcas não são citadas. Ainda que estes projetos esportivos tenham recebido durante anos — às vezes décadas — o mesmo tratamento atual, o que prova terem sido vitoriosos e assegurado retorno para os patrocinadores que a eles se associaram.A eventual frustração de empresas patrocinadoras por não terem conseguido, na Globo, a chamada “mídia espontânea”, na intensidade pretendida, reforça nossa convicção quanto ao acerto de nossas políticas.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Agora é assim


O Sportv, canal fechado detentor dos direitos de televisionamento das duas principais séries do Brasileiro, decidiu dar uma aliviada no regionalismo exacerbado que vinha tomando conta de algumas transmissões. Pelo menos nesta primeira rodada e nos principais jogos fora do Rio e de São Paulo a emissora escalou comentaristas da casa para acompanhar os “locais”. Determinados narradores e repórteres também deveriam ser enquadrados. Desde que rádios, jornais e tevês optaram por trabalhar vestindo a camisa das torcidas de suas respectivas cidades, cuidando do futebol apenas como entretenimento, perdemos a maior qualidade do velho e bom jornalismo, a isenção.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

O divã do "Imperador"


A camisa comemorativa à volta do "Imperador"

Quero nome e endereço do médico que em menos de 30 dias curou a depressão do Adriano. Vai ser competente assim lá no Rio de Janeiro. De tão triste, Adriano refugou um contrato milionário com a Inter de Milão e veio se esconder em uma favela carioca, rodeado dos amigos de infância, mingauzinho da mamãe, coisa e tal. Conseguiu sensibilizar até o irascível Mourinho, um treinador que não costuma sorrir a toa para seus comandados. O clube milanês, penalizado com as atribulações emocionais do seu craque, acertou com o empresário do jogador, Gilmar Rinaldi, uma rescisão sem perdas e danos. Afinal, a urgência para a volta ao Brasil era grande. Só não contavam os solidários com as aflições do Adriano, que em menos de um mês desde que anunciou seu momentâneo afastamento do futebol, ele já estivesse de clube e contrato novos, disposto a encarar treinos, concentrações, viagens e tudo o mais que a profissão exige e que o incomodava na Itália. Ah, o que não faz um bom divã na Cidade Maravilhosa. A torcida do Flamengo sensibilizada agradece, os organizadores das baladas cariocas, também.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Liberdade de expressão, não de movimentação


O César Valente pescou pra mim a nota abaixo no site da rádio Jovem Pan-São Paulo. Antecipo que estou de acordo, claro, com a igualdade de direitos, mas sou contrário à costumeira invasão de repórteres ao campo de jogo. A CBF e federações já deveriam ter regulamentado com rigor o acesso ao gramado para evitar que os que estão verdadeiramente trabalhando acabem misturados e confundidos com um bando de penetras que muitas vezes está ali com a permissão dos próprios clubes mandantes. O Maracanã, templo do futebol brasileiro, é o grande palco desta bagunça. Nos países onde existe mais organização e nas partidas sob jurisdição da Confederação Sul-Americana não existe tanta liberalidade. A presença de repórteres além dos limites das quatro linhas não é permitida e, em alguns casos, a proibição estende-se à entrada em campo.

“Os jornalistas esportivos da Jovem Pan conseguiram na Justiça o direito de entrevistar jogadores no campo durante as partidas do Brasileirão 2009. A Jovem Pan entrou na Justiça contra a decisão da CBF de só permitir o trabalho de repórteres da empresa que detém os direitos de imagem do evento porque entende que restrições que privilegiavam as emissoras de TV que transmitem os campeonatos ferem a liberdade de expressão. O Juiz Luiz Bethovem Gifoni Ferreira, da 18ª vara civel de São Paulo, concedeu liminar autorizando que os repórteres da Jovem Pan façam entrevista nos campo durante os jogos do campeonato brasileiro, respeitando o limite de cinco minutos antes do apito inicial. A decisão é semelhante da adotada pelo juiz Carlos Henrique Abrahão, da quadragésima segunda vara civel de São Paulo que autorizava os jornalistas a entrevistar os jogadores no Campeonato Paulista. Esta é uma importante vitória: o direito à informação e a garantia do exercício profissional.”


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ana Maria Braga Repórter


Não, eu ainda não estou variando nem chamando Jesus de Genésio, como popularmente se identificam malucos e bêbados. Quero apenas registrar a grande inovação do jornalismo brasileiro, incluam-se aí jornal, rádio e tv, todos transformando suas programações em grandes revistas de variedades com espaço para moda, culinária e saúde. São muitas, muitas mesmo, as entrevistas com estilistas, chefes de cozinha, doceiras e médicos, com inúmeras variações sobre os mesmos temas. Tem para todos os gostos e necessidades. Investigação, denúncias, reportagens sérias que atendam os anseios da comunidade, isso agora é com a Ana Maria Braga, nas manhãs alegres e coloridas da Globo. O programa até hoje se chama “Mais Você”, mas pelo jeito, logo, logo deve trocar de nome, descaracterizado que está em função do rumo que tomou nos últimos meses. Que tal a sugestão do título lá de cima. Está de acordo com a seriedade que tomou conta do horário reservado, até então, para aquela turma que fica em casa com tempo para aprender novas receitas e as últimas novidades nos cuidados com a pele.


A Ana e sua equipe de uma hora para outra resolveram se interessar, por exemplo, pela situação dos ainda desabrigados de Blumenau e região, vítimas das enchentes de novembro. Cerca de 1.500 pessoas permanecem em abrigos improvisados a espera da prometida reconstrução de suas casas. O que não aconteceu até agora, segundo apuraram a Ana e seus repórteres, graças ao jogo de empurra e à burocracia dos órgãos federais e estaduais. Os veículos de comunicação aqui da bela e santa terrinha ignoram o problema. Optaram por pautas mais amenas que não encham olhos e ouvidos de leitores, radio ouvintes e telespectadores com abordagens muito chocantes e que eventualmente venham a desagradar autoridades locais. Afinal, estamos em época do WTTC – parece nome de competição de surfe – esse brinquedo baratinho comprado para distrair nossas autoridades que não têm nada de relevante com que se preocupar, a não ser com o turismo, mesmo que à custa do assassinato da galinha dos ovos de ouro. Parece que os sem teto de Blumenau não estão até agora precisando de ajuda, que nossos hospitais gozam de plena saúde, a exemplo do sistema prisional – faz tempo que ninguém dá uma escapadinha -, e que a seca não ameaça nossa agro indústria. E por aí vai. Como ta tudo bem, ta tudo dominado, deixa essas bobagens de atendimento àquela gente que perdeu tudo com as enchentes para o jornalismo que mudou de pauta e vai bisbilhotar em Blumenau. Ainda mais agora que o clima endoidou de vez com a seca do sul e o aguaceiro no nordeste. É muita encrenca de uma vez só. É melhor a Ana e sua intrépida troupe tomarem conta destes assuntos desagradáveis.

A preferência pelos perdedores


Pinochio, criação do carpinteiro Gepeto com a colaboração dos programadores de futebol pela tv - para ilustrar a série "Penso, logo existo", coisa de um filósofo chamado Descartes, pego em flagrante quando tentava enganar colorados ávidos por ver o seu time contra os pernambucanos do Náutico.


Ou porque o jogo do Inter não terá TV

Captei essa maravilha de texto no site clicesportes da RBS. Meu raciocínio secou pela falta de chuva que atinge Santa Catarina ou devo entender mesmo que, para ter seus jogos televisionados, o Inter não pode seguir ganhando e goleando?



"Pensemos, por um instante, pela lógica televisiva. A Libertadores é competição da Globo, que liberou San Martín x Grêmio para o Rio Grande do Sul, leia-se RBS TV. Para São Paulo, o sinal aberto da Globo terá Corinthians x Atlético-PR. Para o Rio, Fortaleza x Flamengo. Os canais Sportv também transmitirão os jogos de Flamengo e de Corinthians. Repare: os times de maior torcida do país precisam vencer suas partidas na Copa do Brasil. Ronaldo e Cia levaram 3 a 2 do Atlético-PR na Arena da Baixada e o tricampeão carioca só empatou em 0 a 0 com o Fortaleza no Rio de Janeiro. Não são os jogos de maior interesse nacional da rodada?Em tempo: o pay-per-view não tem permissão para transmitir Copa do Brasil.
E a TVCOM só pode abrir o sinal para Inter x Náutico com autorização da Globo. Para atender aos colorados, a RBS TV fará o seguinte: à medida que saírem gols no Beira-Rio, eles serão imediatamente reproduzidos durante San Martín x Grêmio. Vale o mesmo para Corinthians e Flamengo, futuros adversários do Inter na Copa do Brasil. No intervalo, será a vez do compacto com os melhores momentos. Quando acabar o jogo do Inter, entra no ar o teipe completo na TV COM. Se o Inter não estivesse voando baixo, marcando gols para todos os gostos e, sobretudo, passando por cima dos adversários, haveria risco contra o Náutico, hoje à noite. Mas o 3 a 0 com futebol superior nos Aflitos garantiu a vaga por antecipação. Claro que o torcedor quer sempre ver o seu time na TV, mas o jogo perdeu interesse em termos de classificação. É por esta reunião de fatores que Inter x Náutico não será transmitido. É o típico problema bom: culpa do Inter, que transformou o jogo da volta em uma espécie de amistoso por conta do show nos Aflitos." (Por Diogo Olivier - Zero Hora Porto Alegre)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Polícia para quem não precisa


Esperei a segunda-feira para ver e rever com calma – se é possível ter calma assistindo um quase assassinato - as imagens da agressão sofrida por um torcedor da Chapecoense fora do estádio. Policiais do Pelotão de Patrulhamento Tático, com o reforço de companheiros que vestiam a farda convencional, soquearam, chutaram e bateram com cassetetes em um adolescente indefeso. Só pararam de bater com a vítima ensangüentada caída no chão. Como justificativa para esta ação insana o tenente coronel Nilton Ramlow, responsável pelo policiamento na Ressacada, disse que o agredido “ficou muito alterado” depois de enfrentar seguranças do Avaí e os próprios policiais militares. As imagens são chocantes, não se justificam, e lembram incidente semelhante ocorrido uma semana antes no estádio Índio Condá, da Chapecoense. Naquela oportunidade a vítima foi um torcedor do Avaí, arrastado para a rua a socos, pontapés e cacetadas. São reações desproporcionais de homens fardados responsáveis pela ordem nos estádios e que para tanto devem receber treinamento especial. Não consigo imaginar algum tipo de orientação que determine agressões a pessoas indefesas ao invés da imobilização simples e natural nesses casos. Concluo que o treino não condiz com a missão destes policiais, ou ele é muito mal ministrado. Ou pior: os escolhidos pela corporação não têm a mínima condição de arcar com tamanha responsabilidade. A resposta prosaica que a população ouve da PM é sobre a abertura de um inquérito que não será concluído antes de 40 dias, perfeito para cair na gaveta do esquecimento. Eu tenho medo dessa polícia.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

O ouro olímpico vai para quem?



Do "Coturno Noturno", o blog do Coronel


Lula, hoje, no Café com o Presidente:


"Portanto, faltam apenas 20% para a gente realizar as Olimpíadas. O Brasil quer, o povo quer, o estado do Rio quer, a cidade do Rio de Janeiro quer e nós temos o direito."
E os 20% do Lula estão orçados em U$ 10 bilhões. Se U$ 10 bilhões são 20%, o governo está pensando em gastar U$ 50 bilhões. É preciso repetir, repetir, repetir: as contas do Pan ainda não foram fechadas junto ao TCU, até hoje. O TCU intimou os envolvidos a oferecerem explicações em 90 dias, há quase um ano e até hoje, nada. As contas do Pan começaram com R$ 800 milhões e acabaram com R$ 4,2 bilhões. Lula também afirmou: "Nós já fizemos um PAN e foi o melhor PAN de toda a história do PAN". Como é que um projeto que estoura em cinco vezes o orçamento pode ser elogiado? Será que a oposição não exige explicações do governo petista por causa do César Maia, ex-governador do Rio durante a competição e pai de Rodrigo Maia, presidente dos Democratas? Que medo a oposição tem de mexer nesta caixa preta? E a imprensa? Isto não daria uma bela capa de Veja?
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Para que tenhamos idéia do descalabro que é torrar U$ 10 bilhões para promover os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, o Brasil faturou em todo 2008 apenas U$ 5,8 bilhões na conta de turismo. O Rio, por sua vez, teve um faturamento de pouco mais de U$ 1 bilhão, recebendo cerca de 960 mil turistas estrangeiros. Os Jogos Olímpicos não atrairão um adicional maior do que 50 mil turistas do exterior, que vão deixar no máximo U$ 100 milhões na cidade, para um investimento de U$ 10 bilhões. O Brasil não tem renda para sustentar o uso das instalações esportivas criadas, não conseguirá atrair competições internacionais que poderiam, ao longo dos anos, pagar o investimento feito em estádios e arenas. Assim como existe uma indústria do turismo também existe uma indústria do esporte. O Brasil não faz parte dela, basta ver o fiasco mercadológico das finais de campeonatos estaduais, no dia de ontem. Tudo estará sucateado em dois anos, como muitas das instalações do Pan já estão. O único resultado que teremos com esta falcatrua será o surgimento de alguns milionários a mais, que levarão o ouro olímpico extraído dos cofres públicos

Fecha o pano ligeiro


Delfim, nosso papagaio de pirata, ao lado do capitão Marquinhos (foto Ricardo Duarte-RBS)

Bem que a RBS, grupo que deu nome aos troféus entregues aos campeões e vices, tentou organizar um pouco aquela bagunça de todo o ano na premiação. Até que apareceu o único personagem negativo do espetáculo, o presidente da Federação Delfim Peixoto, travestido de segurança e guarda de trânsito, gesticulando muito para afastar da sua frente quem pudesse impedir que ele figurasse nas fotos. Sem entender o seu papel - a entidade que preside é que deveria organizar a solenidade -, o homem entrou em cena e tentou aparecer mais que os donos da festa, quase transformando em comédia o último ato do tenso drama que envolveu Avaí e Chapecoense durante o ano inteiro.

domingo, 3 de maio de 2009

Um domingo espetacular e seus personagens



O futebol escreveu boas histórias em um domingo cheio de decisões e de muita emoção nos gramados e arquibancadas. Começo pelos assuntos domésticos, com a histórica e inesperada goleada de 6 a 1 – 3 a 1 no tempo normal, 3 a 0 na prorrogação - do Avaí sobre a Chapecoense, resultado que garantiu um título esperado há exatos onze anos, dez meses e onze dias. Ressalte-se que o Avaí jogou com um a menos desde o primeiro tempo. João Nilson Zunino, o presidente avaiano, passou das faixas pedindo sua saída, ao endeusamento tão comum no passionalismo da torcida, a mesma que o criticou durante anos de sua gestão sem conquistas. A redenção veio com o acesso à série A do Brasileiro e este título estadual. A ironia dos torcedores do Figueirense expressada na frase “fica Zunino”, agora perdeu todo o sentido. O técnico Silas também deu sua resposta aos críticos das últimas semanas em razão de derrotas perigosas e as opções excêntricas em algumas escalações. O time jogou uma final quase perfeita para arrasar o adversário em jogo limpo, sem violência e com arbitragem nota oito do quase aposentado Luis Orlando. Não ganhou dez por causa de um lance no primeiro tempo quando poderia ter expulsado um jogador da Chapecoense e na jogada seguinte mandou pro vestiário o volante Marcos Vinícius, do Avaí. O grande personagem, contudo, foi o talentoso Marquinhos, de futebol excelente e atitudes dúbias que o deixavam sob suspeita de “arranjos” para fugir das decisões. Deu sua reposta em campo com uma atuação irretocável e dois gols. Acabou como craque do jogo e eleito o melhor do campeonato.

Fora daqui aconteceu a consagração corintiana com o treinador Mano Menezes e a recuperação do Ronaldo, fazendo um campeão paulista invicto. No Rio de Janeiro o tristonho e melancólico Cuca alegrou a si e aos flamenguistas, escapando de mais um vice ao superar o Botafogo na decisão por pênaltis. Os mineiros do Cruzeiro vibraram com o título conquistado sobre o Atlético, mais um sucesso do técnico Adilson Batista, revelado por aqui na sua passagem por Figueirense e Avaí.

São os meus personagens deste domingo pleno de futebol e decisões emocionantes.(Marquinhos do Avaí na foto de Ricardo Duarte/RBS)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Música familiar




O César Valente, como todo pai coruja que se preza, está divulgando o primeiro disco do Gilbertos Come Bacon, “grupo (conjunto, banda, aglomerado?)” do qual André Valente (seu filho do meio) faz parte, tocando trumpete, baixo, acordeão, escalet e themerin (não sei o que é isso). Legal é que o primeiro CD da turma já sai em promoção, por apenas R$ 19,90. No seu blog - http://www.deolhonacapital.com.br/ - o César ensina como comprar, nos permite ouvir uma faixa do CD e aproveita a chance para fazer um apelo. Como ele mesmo diz, o pessoal não tem por trás – acredito eu nem pela frente – nenhuma estrutura familiar e nem tem pai rico. Só pra lembrar quem ainda não se tocou, o César é jornalista.