terça-feira, 8 de junho de 2021

MUITO BARULHO POR NADA

 Murilo José Flores Lino, "o narrador da camisa amarela", Mário Jorge Lobo Zagallo, o "velho Lobo", Raul, ex-goleiro do Cruzeiro. Estou citando os três, distanciados pela origem, mas muito próximos pelo amor à cor amarela e às suas profissões. Murilo José, como era mais conhecido, não ia para as cabines, seu local de trabalho, sem uma camisa amarela. Zagallo sempre se referia a ela carinhosamente como a "amarelinha", exigindo respeito pela cor como ficou conhecida na seleção brasileira. Raul lançou a camisa amarela para os goleiros.

Hoje tenho dúvidas se teriam tanto orgulho pelo uniforme número um dos penta campeões mundiais. Depois que Tite e os jogadores da atual seleção ensaiaram um boicote à Copa América e voltaram atrás de orelhas murchas e rabo entre as pernas, o amor e o respeito pelo que representa vestir a camisa amarela desbotaram. Lembrei do Murilo - deixou herdeiros no amor à profissão, os manos Carlos Eduardo e André - do Zagallo e do Raul, pesando nisso. Fiz com eles a figura e a imagem da adoração pelo amarelo da bandeira e da camisa que tantas glórias trouxe para o nosso futebol.

Infelizmente a Copa América está aí, com Tite e seus pupilos "sem lenço e sem documento" e sem o respeito que nossa seleção mereceu em outros tempos. Foi muito barulho por nada, resultando no máximo em um documento de protesto pela intempestividade da Copa América em solo brasileiro. Como cereja deste bolo abatumado que a CBF nos serviu, assistimos envergonhados o afastamento do quarto presidente da entidade, o Caboclo, por assédio sexual e moral. Os três anteriores - Marin, Teixeira e Marco Polo - saíram por corrupção e foram banidos do futebol.

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