Papai Noel este ano só de trator |
(A não ser que ele troque de veículo)
Faz seis meses que levanto da cama na madrugada, de segunda a sexta-feira, para tirar o carro de casa e levá-lo para a rua de trás porque a minha está em obras. Ou deveria estar. Um dia sim, dois não, às vezes uma semana inteira, moradores da Manoel Isidoro Augusto, Rio Tavares, convivem com o que delicadamente vou chamar de atividade irregular. E ilegal, pelos últimos acontecimentos.
As placas da obra já estão cercadas de mato, denunciando o prazo ultrapassado em muito. A partir de junho o empreiteiro tinha 90 dias para concluir o trabalho. Entramos dezembro e tudo indica que vamos atravessar o Natal e fim de ano com pouco mais de 200 metros inconclusos. Agora os operários estão dedicados a atender particulares, isso mesmo, trabalhando para alguns moradores que, não se sabe como, engambelaram alguém na Secretaria de Obras da Prefeitura do ex-alcaide Dário.
O empreiteiro aumentou o número de trabalhadores com homens da sua confiança, os que fazem “bicos” para moradores mais espertos, enquanto o coitado que sobrou da outra turma, nos dias de ócio vive andando pela rua como um zumbi. Para piorar ele foi intimado a cavar com picareta a areia da própria rua para assentar as lajotas. A caçamba, por economia, não traz mais esse tipo de material, imprescindível para que daqui a pouco não dê chabú na lajotagem. Como já deu.
O resultado, óbvio, além da demora, é o pior possível. Uma fiscalização séria da Prefeitura recomendaria mais agilidade, a recuperação de vários trechos prontos (valeria esperar mais um pouco) e colocaria tudo em ordem, inclusive enquadrando esse empreiteiro picareta. Mas é querer demais de uma Secretaria entregue às traças, à vadiagem, e disposta a encerrar 2012 sem enxugar as mãos.
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